Na avaliação de
especialistas, uma segurança pública efetiva com a garantia de direitos humanos
deve ser a meta. É importante o amadurecimento do Estado Democrático de
Direito, de maneira que se supere um modelo de organização fundamentado em
práticas autoritárias.
Responder à
criminalidade com encarceramento em massa não é solução. Enquanto faltar
qualidade na educação e oportunidade de trabalho, sempre haverá saída para a
criminalidade e qualquer outra medida será mero paliativo.
É fundamental oferecer
serviços públicos básicos que evitem que as pessoas recorram à criminalidade.
Havendo essa oferta, ainda é necessário investimentos para que tenhamos uma
segurança pública que tenha condições de prevenir o crime. Porém, na prática,
não é nada disso que verificamos em São Paulo.
A Comissão de Direitos
Humanos da Organização das Nações Unidas recomendou que o Brasil deveria trabalhar
para extinguir a Polícia Militar. A instituição internacional ligou a PM a
práticas de tortura e reconheceu que a forma como atua é propícia para a
criação de “esquadrões da morte”.
Infelizmente essa é
nossa triste realidade. A sociedade desconfia dos nosso policiais, nossos
policiais estão despreparados, mal remunerados, mal assistidos e tratam o
cidadão de forma desrespeitosa.
Nesse tom há 1,5 mil
empresas de segurança privada no país, com 540 mil vigilantes particulares
legalizados trabalhando. Desde 2009 o número é superior ao de policiais
militares, com efetivo aproximado de 411 mil.
As pessoas querem ter
seu segurança particular porque não confiam na segurança pública. Mas isso é um
grande erro. Adianta pouco. Falta treinamento e capacitação aos vigilantes.
É o Estado quem deve
prover segurança pois no setor privado as pessoas estão trabalhando não necessariamente
pelo interesse público, dando margem a muitos erros em detrimento de todos nós.
Segurança pública valorizada, efetiva e com a
garantia dos direitos humanos deve ser a meta no estado de São Paulo.
Raquel Montero
Nenhum comentário:
Postar um comentário