Raquel Montero

Raquel Montero

sábado, 30 de dezembro de 2017

Feliz 2.018!




Feliz 2018!
 
Depois do golpe de Estado de 2.016, apesar de todo o meu otimismo e esperança de sempre, as coisas ficaram bem difíceis. Nunca senti minha esperança e meu otimismo tão abalados. A fome voltou no nosso país, direitos foram usurpados do povo trabalhador, as riquezas do Brasil foram entregues em jogos de barganha, conquistas sociais foram revogadas.
 
Mas o pior momento da vida ainda é um instante para melhorar. Foquei nisso e 2.017 foi um ano de muito trabalho no ofício que exerço, com amor e paixão, ao mesmo tempo. Amei ainda mais o que faço na tentativa de defender o Direito e a Justiça como instrumentos de transformação social que são, tentando fazer a minha parte para que os erros tão absurdos do Judiciário nos últimos tempos na política nacional não deturpassem a essência dessa instituição, do Direito e da Justiça. Que não deturpassem, enfim, os valores do Direito e da Justiça que eu mesma sempre acreditei.
 
Nessa trilha vivi conquistas que trouxeram felicidade e os sentimentos de que estou onde eu queria estar, fazendo o que gosto e o que acredito que tem ser feito. Estou feliz por isso, grata e cada vez mais realizada. Agradeço a vida e a todas as pessoas com quem compartilhei neste ano a grande experiência da convivência. E para 2.018 desejo que a grande virada seja a virada do povo contra o golpe de 2.016. Feliz Ano Novo!
 
Beijos,
 
Raquel 

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

SEM FOGOS, NEM BALÕES. FAÇA AMOR.

Foto: Reprodução


Tenho visto a sugestão para que se substitua os fogos da virada de ano por balões coloridos, em razão dos animais que sofrem com os fogos. Mas essa sugestão também não é legal.
 
Os balões, depois de soltos no ar voltarão na forma de lixo e poluição em ruas, telhados, rios, mares. Ai vai minha sugestão, então. Substitua os fogos e os balões por pensamentos e vibrações positivas. Essas, além de não causarem mal nenhum a nada e nenhum ser vivo, ainda tem, esta sim, a capacidade de gerar impactos transformadores na vida e no mundo. Uma outra sugestão é colocar em sacadas de apartamentos ou fachadas de casas cartazes com mensagens ou bandeiras com cores do que se está desejando para o próximo ano, tipo verde é "esperança", branco é "paz", etc.

Foto: Reprodução

E lembro que os fogos não fazem mal só aos animais e ao meio ambiente, que é poluído por eles, mas, também, às pessoas que ficam depressivas ao ouvi-los ou que tem sua depressão aprofundada por eles nesse momento. Uma rápida consulta sobre isso apontará inclusive o alto índice de suicídio nessa época do ano.
 
A melhor forma de desejar um feliz ano novo, e efetivamente esperar que o tenhamos, é viver e praticar o amor. E não vivemos o amor se não pensamos no outro ser vivo e na natureza que nos serve tanto.
 
Beijos,
Raquel 

Evento "Mulheres na Política"


Na última sexta-feira, 15/12/2017, fui convidada, como uma das dirigentes mulher do Diretório Municipal do PT de Ribeirão Preto, a fazer explanação em evento realizado pela Câmara Municipal de Ribeirão Preto para falar da participação de mulheres na política, assunto que também deu o nome ao evento.
 
O evento "Mulheres na Política" advém da Resolução Nº 79, de 20 de outubro de 2017, que foi proposta pelo Vereador Luciano Mega (PDT) e aprovada pelo Plenário da Câmara Municipal de Ribeirão Preto. 
 
O evento será uma agenda permanente da Câmara de Ribeirão, a ser repetido a cada um ou dois anos para colocar, com rotina e frequência, o assunto em pauta na Câmara, e tem como principais objetivos destacar o papel da mulher no cenário político municipal, estadual e nacional, ressaltar a baixa presença de mulheres em cargos eletivos e, principalmente, estimular a participação das mulheres nas eleições, para que, efetivamente, alcancem cargos no Poder Legislativo e no Poder Executivo, buscando maior equilíbrio na presença de mulheres e homens na política.
 
Dirigentes de vários partidos políticos participaram do evento, dentre os partidos o PDT, REDE, PSOL, PMDB, Podemos, DEM, PSDB, assim como a única vereadora de Ribeirão Preto, Gláucia Berenice (PSDB), vereadoras de outras cidades, representantes de entidades e de conselhos municipais.
 
O evento foi filmado pela Câmara Municipal de Ribeirão, e pode ser assistido através do link https://www.youtube.com/watch?v=6_GhZiWrNPE&feature=share
Minha explanação no vídeo começa no tempo 01:31;24.  E minha segunda manifestação no evento está no tempo 02:11;34
 
Uma iniciativa muito positiva e construtiva. Parabéns ao vereadora Luciano Mega pela proposta e, à Câmara de Ribeirão por aprová-la.
 
Todas as fotos são da Câmara Municipal de Ribeirão Preto.
 
      Raquel Montero 










O cimento que mata

    O registro que faço agora se refere a uma publicação de fatos que registrei em fevereiro deste ano. Respectivamente; fotos 01, 02 e 03 tratam-se da calçada da Maçonaria de Ribeirão Preto, unidade do Jardim Irajá, as demais fotos tratam-se da calçada do Rotary de Ribeirão Preto, unidade do Jardim Irajá, ambas as entidades se colocam como defensoras da moral e dos bons costumes.







Registrei na época que, todavia, nas práticas de respeito à natureza seria um bom costume não cimentar em volta das palmeiras.
 
Semana passada, dezembro de 2.017, tirei novas fotos para registrar que o Rotary consertou as calçadas em volta das palmeiras, para deixar aberturas para terra, permeabilização de água e respiração. O cimento em volta delas machuca o tronco, impede ou atrapalha a natural expansão do tronco, priva as raízes do contato com o ar, água das chuvas e nutrientes vindos de matéria orgânica, impede a permeabilização de águas, e cuja permeabilização contribui para evitar enchentes. A chance da árvore adoecer e ficar susceptível a pragas é enorme e, consequentemente, de cair – inclusive sobre a casa ou carro do ‘cimentador’.
 
A Maçonaria, no entanto, ainda não agiu da mesma forma. Abaixo também coloquei as fotos que tirei semana passada, dezembro de 2017, já com os consertos citados realizados pelo Rotary.
 
           Raquel Montero 










quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Confraternização do CONSEG





Na data de ontem, 05 de dezembro de 2.017, foi feita uma confraternização no Conselho de Segurança Comunitária (CONSEG) da região oeste de Ribeirão Preto, que tem como presidenta o membro Maria Silvia Rutiligiano Roque.

A confraternização desse ano também foi preparada com o motivo especial de prestigiar o Sargento da Polícia Militar (PM), Itamar Silveira Moreira, que irá se aposentar este mês.

Nesse intuito, membros do CONSEG da região oeste organizaram a confraternização para também reconhecer os serviços prestados pelo Sargento Silveira e parabenizá-lo por sua aposentadoria. Tutores e membros de CONSEG´s de outras regiões da cidade também estiveram presentes para prestigiar o Sargento, assim como autoridades da cidade, sendo estas; o Capitão da PM, Marcelo Henrique Figueiredo, o delegado da Polícia Civil, Marcelo Velludo, a vereadora Gláucia Berenice, o assessor da Casa Civil,  Marcus Vinicius Moreira Carvalho. Também fui convidada, como assessora jurídica da Associação de Moradores do Portal do Alto, a fazer uma explanação para o Sargento  





Sargento Silveira é conhecido entre os membros dos CONSEG´s por ser um policial militar muito engajado nas atividades comunitárias da cidade, além de cumprir bem seu dever como policial militar.

Em minha manifestação falei sobre a diferença e a distância que, por vezes, existe entre o dever ou trabalho que deve ser realizado e o que efetivamente é cumprido ou realizado na prática.

Por vezes somos atendidos por profissionais ou funcionárias/funcionários, seja do setor público, seja da esfera privada, que não cumprem com seu trabalho, realizando um mau trabalho. Assim como também ocorre de sermos atendidos por profissionais ou funcionárias/funcionários que cumprem com seu dever, sem, contudo, muita dedicação. Simplesmente fazem o trabalho sem a preocupação de fazê-lo da melhor forma.




Mas, às vezes, também nos deparamos com aquelas pessoas que ao prestarem seu trabalho ou cumprirem com seu dever, tentam fazê-lo da melhor forma, com excelência.

Nesse sentido poderiam ser citados o motorista do transporte público que não só transporta pessoas, mas se preocupa em ser gentil, simpático, dirigir com o máximo de cuidado tendo em vista que está levando idosos, gestantes, crianças, que tem a preocupação de parar o ônibus com segurança, de desviar dos buracos, de se certificar se a pessoas estão subindo ou descendo do ônibus com segurança. Da mesma forma um policial militar que atende a uma ocorrência se preocupando em ser gentil, simpático, atencioso, tentar acalmar a pessoa, preencher o boletim de ocorrência com o máximo de detalhes possível, orientar da melhor forma quem está atendendo.

Cumprir com o dever, é cumprir com o dever. Cumprir com o dever buscando fazer com que seja da melhor forma, é fazer mais, é se dedicar. E se dedicar, em outras palavras, é colocar amor no que se está fazendo. E o amor faz a diferença, e é essa diferença que faz algo brilhar ou se destacar dos demais iguais. É o que reluz, o que brilha.

O amor constrói. O amor faz pontes. O contrário do amor ou a ausência dele, faz muros. O amor joga sementes que o tempo trata de reconhecer e fazer frutificar.

Falei, então, que foi o algo a mais que o Sargento Silveira tentou fazer, a sua dedicação, que fez com que ele estivesse sendo reconhecido naquele momento, e parabenizado. O amor que colocamos no que fazemos são sementes que semeamos no tempo, e que o tempo faz frutificar.


Que as sementes continuem a ser jogadas no novo caminho que o Sargento passará a trilhar em sua vida, e que a comemoração de ontem também tenha tido a energia propulsora para fazê-lo continuar essa marcha nessa nova fase de sua vida.

Raquel Montero

Fotos: Guilherme Moreira


segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Cada cabeça, uma...

Foto: Reprodução


Audiência trabalhista. Empresa de um lado, trabalhadora do outro lado, chamada na Justiça do Trabalho de "reclamante". Juíza pondera mas não chega a perguntar; "mas por que não ajuizou a ação logo que foi demitida da empresa estando grávida? Por que a ação foi ajuizada depois de alguns meses?"


Eu, advogada da trabalhadora, falo, mesmo sem ser perguntada; "A reclamante ajuizou a ação dentro do prazo para tanto, então, tinha direito de ajuizar quando ajuizou. Além disso, ao ser demitida, avisou a empresa que estava grávida."


A juíza: "Sim, mas poderia ter feito antes. Por que ela demorou tanto?" A pergunta dá a ideia de que era a trabalhadora que estava errada, e não a empresa, ao ser demitida grávida ou pela existência daquela ação trabalhista que foi feita para cobrar indenização pelo período de estabilidade decorrente da gravidez, e cuja estabilidade não foi respeitada pela empresa, ao demitir a trabalhadora estando ela grávida.


Eu; "Talvez porque após ser demitida estivesse desempregada, sem qualquer renda, não sabe ler nem escrever (e menciono vários documentos que juntei ao processo e que comprovam que ela os assinou apenas com a digital da mão), mora na periferia da cidade onde o acesso a diversos direitos são negados todos os dias a milhares de pessoas, a tarifa do transporte público de Ribeirão seja uma das mais caras do Brasil, é beneficiária do Bolsa Família (nesse momento levanto o cartão do Bolsa Família da trabalhadora e mostro para a juíza), o que já remete ela a uma condição de pobreza ou extrema pobreza para poder se beneficiar de tal benefício social, então, talvez ela tinha que escolher entre alimentar os dois filhos que já tinha e o que estava sendo gerado ao invés de gastar com quatro ônibus para chegar até o acesso a seus direitos. Talvez tenha sido por esses motivos, Excelência."


Falo olhando para a juíza e vejo sua face responder positivamente ao que falo, como se talvez ela nunca tivesse pensado daquela forma.


Após, iniciamos tratativas para um acordo. Parte da juíza a proposta de acordo, ao sinalizar uma condenação, que, porém, não sabemos de quanto seria. A empresa propõe parcelar. A juíza pergunta se dá para ser à vista o pagamento. Por fim, fechamos um bom acordo e parcelamos em algumas parcelas.


Momentos depois de fechar o acordo a juíza comenta; "Está difícil sair pagamentos à vista. Até o Santander outro dia parcelou." Eu faço algumas ponderações após esse comentário da juíza, no sentido de contestá-lo, mas a ponderação mais delicada que faço é dentro de mim mesma, pensando nas vidas que dependem da concepção de vida que tem outras pessoas.


Raquel Montero