Raquel Montero

Raquel Montero

domingo, 29 de junho de 2014



2008... ...Comissão de Direitos Humanos da OAB

2008 foi o ano que comecei a exercer a advocacia, logo após o Exame da OAB. Neste primeiro ano de advocacia fui nomeada pela OAB de Ribeirão Preto, sob a presidência do aguerrido advogado Dr. Jorge Marcos Souza, como membro de sua mais importante Comissão, a Comissão de Direitos Humanos da OAB.
Eu almejava estar nessa Comissão desde os tempos de estudante, e já nos tempos de estudante eu busquei estar mais próxima dela acompanhando alguns de seus trabalhos. E no momento em que fui nomeada como membro oficial da Comissão, senti uma mistura de honra com mais responsabilidade. Agora eu estaria agindo também como representante da OAB na defesa dos direitos humanos. Teria mais um instrumento para defesa, e o instrumento que me foi atribuído trazia junto com ele uma carga histórica das honrosas funções atribuídas pela lei à OAB, exatamente e principalmente, concernente à função da OAB na defesa do regime democrático, dos direitos humanos, da Constituição, da justiça social, do aperfeiçoamento da cultura, da boa aplicação das leis, da rápida administração da justiça.
Foi uma fértil oportunidade para novas experiências e mais aprendizados. Estar indo em lugares e repartições como representante da OAB abre portas para podermos defender melhor as denúncias que são apresentadas pela sociedade à entidade, porém, por outro lado, as portas que são abertas nos revelam situações que desejaríamos que não existissem de verdade. É um contato mais cru da própria denúncia. Foi terrível vivenciar certas situações que tive que vivenciar ao fiscalizar a denúncia recebida. Mas foi também assim que me fortaleci. O que não nos mata, nos fortalece, como disse Nietzsche.

Raquel Montero

Encontro de planejamento em São Paulo

Sexta-feira, dia 27 de junho de 2014, ocorreu mais um encontro em São Paulo para atividades de planejamento das eleições deste ano. Nas fotos, Padilha, o Presidente do Diretório do PT de Suzano, e para fechar as atividades com beleza e harmonia, um registro do final da tarde em Araras.




quarta-feira, 25 de junho de 2014

Comida é corpo. Cultura é alma.


Muito embora a região sudeste e sul possuam o menor grau de exclusão nos equipamentos culturais, ficando em vantagem com relação às regiões norte e nordeste, que possuem o maior grau de exclusão nesses equipamentos, isso não deixa o Estado de São Paulo em uma situação confortável. Ainda há muito que melhorar para dizermos que temos um estado que proporciona cultura para seu povo.

Um estado bem planejado olha para todos os aspectos que formam a vida em sociedade, de maneira que, não olhando para algum de seus aspectos o estado desequilibra e não é só o lado desfavorecido que perece, mas sim, toda a sociedade que sofre as consequências das mazelas praticadas em desfavor dos membros dessa mesma sociedade.

Dessa forma, olhar e valorizar a cultura no Estado de São Paulo é mais que um dever dos gestores públicos, é uma necessidade que, por sua vez, demonstra não só cumprimento do dever, mas respeito do agente público com o povo de seu estado.

Cultura também faz parte da vida e dos direitos sociais. A comida alimenta o corpo, a cultura alimenta a alma, e uma não dispensa a outra, ao contrário, se completam num harmônico equilíbrio.

Valorizando a Cultura, contribui-se para o desenvolvimento das pessoas e da educação. Se a educação forma dentro de um padrão de ensino, que nos padroniza, a cultura vem para nos libertar dos padrões de uma maneira reflexiva.

A arte através de suas diversas linguagens, caminha a favor da formação da sensibilidade e do senso crítico do indivíduo, capaz de provocar questionamentos a respeito da condição humana e de se confrontar com sua própria identidade e realidade. Porém, nem todo cidadão brasileiro tem acesso a essa experiência. Pesquisa realizada em 2010 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) revela o grande abismo cultural existente no país, onde cerca de 54% dos brasileiros nunca foram ao cinema. Os entrevistados sinalizaram que os maiores empecilhos são pouco tempo livre, salas mal localizadas e, principalmente, preços muito altos.

Ainda de acordo com o IPEA, o desenvolvimento cultural depende do contexto urbano em que a população é inserida e a dificuldade de acesso a equipamentos culturais é apontada como um dos principais obstáculos à democratização da cultura.

Mas temos que mudar essa realidade se realmente reconhecemos a importância da cultura e seu caráter imprescindível para o desenvolvimento humano. Minhas propostas para essa mudanças seriam;


·        fomentar a implementação do programa do governo federal, Vale Cultura, em todo o Estado de São Paulo;
·        ampliar o acesso da população à cultura, por meio de equipamentos e ações, a partir de sua descentralização no território;
·        construir, reformar e requalificar equipamentos culturais;
·        construir, reformar e requalificar pontos e centros culturais;
·        alcançar um calendário anual de programações culturais que abranjam todo o território do estado;

·        criar, fomentar e fortalecer programas de incentivo a cultura e aos artistas.

Raquel Montero

Entrega do PAC 2 em Ribeirão

Ontem à tarde teve mais uma entrega do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), do governo federal, agora em Ribeirão Preto. Foram entregues 59 caminhões caçamba para 59 municípios do interior paulista. Nunca um programa chegou tão perto dos municípios e da realidade da população. O Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, esteve presente, assim como os deputados federais, Arlindo Chinaglia e Newton Lima, representantes de movimentos sociais ligados à agricultura e prefeitos beneficiados com os equipamentos.


Deputada Federal Alindo Chinaglia


Deputado Federal Newton Lima



Prefeito de Patrocínio Paulista, Marcos Ferreira



domingo, 22 de junho de 2014

Encontro em Bebedouro

  Fotos do nosso encontro de hoje, pela manhã, em Bebedouro. Dentre outros moradores da cidade, conversarmos com um membro do sindicato dos correios, um membro do sindicato dos servidores municipais, vereador Freitas, o Presidente do Diretório municipal do PT, Laureci. Bebedouro também quer que o Brasil continue crescendo como vem crescendo. Bebedouro também quer mudar o Estado de São Paulo pra melhor, pra transformar São Paulo na capital nacional da justiça social.


  




sexta-feira, 20 de junho de 2014

2008... ...escolhas e renúncias



 Assim que me tornei advogada também me dediquei a algumas carreiras públicas, e mais para frente viria a ser aprovada mediante concurso para ingresso no Ministério Público do Estado de São Paulo, mas que, por razões ideológicas, eu viria a me decidir por não tomar posse.

Em nenhum momento fui trabalhar como advogada empregada em escritório de advocacia, mesmo essa opção, no início da carreira, trazendo mais estabilidade do que mantendo-se como autônoma, porque eu já sabia que haveria ali situações que eu não concordaria em ter que defender, como é o caso típico da defesa de bancos. Os primeiros casos que tive, atendi em casa, porque eu não tinha condições financeiras de montar um escritório. Foi mais difícil assim, mas foi assim que pude manter minha coerência com as lutas sociais e autonomia para não ter que defender o que era indefensável.

Em nenhum momento também, me inscrevi no convênio da Assistência Judiciária com a OAB, mesmo essa opção sendo mais uma fonte de renda importante, principalmente para o início da advocacia. Esse convênio paga valores aviltantes para os advogados conveniados, fazendo com que a própria defesa da pessoa necessitada de um advogado conveniado à Assistência Judiciária fique prejudicada, já que sem a devida valorização o profissional não pode dispor da mesma estrutura em que fosse devidamente valorizado. Sempre pensei que fazer parte desse convênio seria contribuir para sua existência precária, e que o certo era, como continuo achando que é, boicotá-lo, para que o Governador passe, assim, a valorizar o direito das pessoas necessitadas a uma a assistência jurídica de qualidade, tal qual como prevista na Constituição Federal. Essa foi mais uma luta travada , inclusive com proposta levada ao anterior Presidente da OAB de Ribeirão Preto.

Durante a faculdade fui guardando dinheiro para poder ir me mantendo diante de dificuldades como essas, em que eu já havia vislumbrado que iriam ocorrer. Preservar nossa autonomia e liberdade, às vezes, é uma tarefa árdua, exige escolhas e renúncias, firmeza e determinação, mas sempre pensei que é assim também que escolhemos acessar os sentimentos que nos trazem paz de espírito, coerência com a ideologia que defendemos e alegria em viver.


Raquel Montero  

quarta-feira, 18 de junho de 2014

2004, 2005, 2006, 2007... ...lição dada, lição aprendida



Em 2007, quando eu terminei a faculdade de Direito, o sentimento de uma missão cumprida veio, e com ele os músculos do corpo descansaram. Foram anos em que o tempo nunca parecia ser suficiente, sempre faltava mais tempo para comer, dormir, trabalhar, estudar, se divertir. Os dias do último ano também se tornaram momentos para recapitular o que até ali havia sido vivido e construído e reflexão em como dar continuidade coerente à construção feita.

Dentre as opções que a carreira jurídica oferece a certeza pela escolha por uma das opções não tardou, veio a galope. Eu continuava querendo ser uma contribuição para transformações sociais e continuava enxergando no Direito um forte instrumento para isso. Assim, com a última prova da faculdade fiz a primeira fase do Exame da OAB, e, em 2008, com o resultado da segunda fase do Exame, me tornei advogada e comecei a executar por mim mesma o tão forte instrumento que almejei há anos atrás.

Foi um momento de reencontro com muito outros momentos que eu já havia vivido. Foi o momento de executar a lição dada de tantas formas pelo passado. Com 23 anos senti uma responsabilidade que trouxe muitas alegrias. Mas, assim como as ondas do mar, os momentos de pico cedem espaço para momentos baixos, que trazem também novos momentos difíceis. A vida sempre traz provas para testar nossa sabedoria, e, sobretudo, em que acreditamos. Assim, eu também fui testada. E o que ficou destes testes foi mais fortalecimento no que eu já acreditava e mais sonhos. De um sonho concretizado eu idealizei outros sonhos na defesa da justiça a que me comprometi no caminho que escolhi, e que é o objetivo do Direito, exatamente como disse Pablo Neruda; "a cada manhã da minha vida trago do sonho outro sonho".


Raquel Montero   

terça-feira, 17 de junho de 2014

Matéria do jornal A Cidade sobre candidaturas

Câmara já tem cinco nomes carimbados para as eleições

PMDB, PT, PR, PCdoB e PROS já definiriam seus postulantes em convenção

17/06/2014 - 09:03
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Milena Aurea / A Cidade
Zanferdini (esq.) e Léo Oliveira (dir.) disputarão pelo PMDB uma vaga na Assembleia (foto: Milena Aurea / A Cidade)
Cinco vereadores de Ribeirão Preto já são candidatos a deputado estadual nas eleições de outubro. 
As candidaturas foram oficializadas pelos respectivos partidos políticos, no último fim de semana, durante convenção estadual.
Estreando na disputa a uma cadeira na Assembleia Legislativa estão André Luiz da Silva (PCdoB), Giló (PR) e Samuel Zanferdini (PMDB). Jorge Parada (PT) e Léo Oliveira (PMDB) postulam a vaga pela segunda eleição consecutiva.
Mais três vereadores devem se juntar ao grupo até 30 de junho quando termina o prazo das convenções.
O presidente da Câmara, Walter Gomes, pediu mais 15 dias ao PR para decidir se disputará uma cadeira de deputado federal.
“Em primeiro lugar vem minha saúde e os trabalhos como chefe do Legislativo. Apesar da insistência do partido, são 99% de chances de não disputar”, declarou Walter, que operou a coluna há cerca de 70 dias.
Porém, Giló voltou da convenção da capital com “a missão de convencê-lo”.
“Não vou fechar dobradinha com ninguém até que o Walter defina”, frisou Giló, emendando que pedirá apoio político à sogra, a prefeita Dárcy Vera (PSD).
E emendou: “Ela é forte liderança regional, quem ela apoiar terá vantagem”. E enquanto alguns têm privilégios, outros podem sofrer com divisões internas. PMDB e PT lançaram mais de um postulante para a mesma disputa: Léo x Zanferdini e Parada x a advogada Raquel Montero.
Se na opinião de alguns o eleitorado local é suficiente para eleger vários candidatos, para outros o número de postulantes é “desserviço à comunidade”.
“Tem quem disputa sem a mínima chance de ganhar e prejudica a cidade”, criticou Léo, que teve 87,6 mil votos, em 2010, e ficou como suplente à federal.
F.L.Piton / A Cidade
Giló (esq.) e André Luiz da Silva estarão na disputa (foto: F.L. Piton / A Cidade)
Candidatos ficam no cargo
Dos cinco candidatos oficializados só Léo Oliveira (PMDB) não descarta a possibilidade de se licenciar da Câmara para se dedicar à campanha eleitoral. 
No caso, a vaga seria ocupada, no período, pelo suplente Coraucci Netto (PSD). 
Os demais postulantes pretendem conciliar a disputa com as ações no Legislativo. “O trabalho diário não muda, só é necessário cautela ao usar a TV Câmara e a tribuna para não dar conotação política”, enfatizou Samuel Zanferdini.
O cientista político Maximiliano Martin Vicente defende o licenciamento.
“São situações incompatíveis. O correto é o afastamento, caso contrário separar as duas coisas é impossível”, avaliou Martin.
Baleia disputa à federal
Além da formalização dos cinco vereadores, também foi oficializada, no último fim de semana, a candidatura do deputado estadual Baleia Rossi (PMDB) na disputa por uma cadeira na Câmara dos Deputados. 
O peemedebista buscará votos em cerca de 80 cidades da macrorregião. Em Ribeirão Preto, Baleia fará dobradinha com Samuel Zanferdini e Léo Oliveira.
“Além de dar oportunidade de novas lideranças ocuparem a Assembleia, como deputado federal terei novas perspectivas de trabalho, poderei fazer pela nossa cidade e região, e ainda poderei contribuir com debates nacionais”, frisou Baleia, que está no terceiro mandato de estadual e foi vereador três vezes.

Matéria do jornal A Cidade, na edição do dia 17/06/2014. 

Encontro Estadual

Fotos de ontem no nosso encontro estadual que referendou as pré-candidaturas para as eleições de 2014. O dia na capital estava frio, nublado e com garoa, mas dentro do Ginásio da Portuguesa a energia da multidão que encheu o Ginásio não só acalorou os corpos, como também trouxe no ar as vibrações de uma nova estação, onde concretizaremos as mudanças que queremos no nosso estado. A mesma energia fortaleceu as forças que querem que o Brasil continue crescendo e se desenvolvendo como vem crescendo e se desenvolvendo nos últimos onze anos de Brasil.










sexta-feira, 13 de junho de 2014

2003... ...o início de uma outra fase



Os meus 18 anos iniciaram uma outra fase da minha vida, que me proporcionou grandes aprendizados para que eu pudesse crescer emocional, espiritual e profissionalmente. Tudo na minha vida havia se voltado para absorver ao máximo aqueles cinco anos da faculdade. Eu desejava profundamente estar ali e aprender tudo que aqueles novos livros e novos professores podiam me ensinar. E aprendi muito com eles, assim como com a convivência que tive com as novas amizades que nesse tempo fiz. A universidade mostra, na prática, como ela é muito mais que um espaço de formação técnica, ela é uma grande oportunidade de convivência com a diversidade.

Naquela fase novas decisões tiveram que ser feitas. Muito embora ter o tempo da faculdade só para estudar fosse o ideal, por necessidade, eu tinha que continuar trabalhando e não poderia só ficar estudando. Dentre as opções de emprego escolhi aquelas em que eu pudesse conciliar uma fonte de renda com meus ideais.

E assim, fui trabalhar na Procuradoria do INSS, na Defensoria Pública do Estado de São Paulo e no Ministério Público Federal. Todas essas, instituições que têm por lei a função de defender o interesse público, o interesse do povo. Não foi a escolha mais fácil porque certas opções de emprego me trariam mais dinheiro, porém, as opções mais lucrativas em termos financeiros não alimentariam meus ideais, e eu não queria deixar de alimentá-los. Na conciliação de necessidades e sonhos que fiz também fui aprovada em concurso de bolsa para iniciação científica, o que me permitiu saber mais sobre os fundamentos da sanção penal, de sociologia e da origem da criminalidade.

Nessas instituições vive experiências preciosas de aprendizado. Foi muito além da mera aplicação da lei. Cada problema que vivenciei nessas experiências me mostrou muito do que ainda tinha que ser consertado para que todos pudessem viver com dignidade, e cada momento bonito que presenciei me possibilitou alimento para a alma, me nutrindo a continuar acreditando nas mudanças.


  Raquel Montero

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Audiência para o Sistema Municipal de Juventude


Por mais uma vez o governo Dárcy Vera convocou uma audiência pública sem os devidos cuidados para tanto. Dessa vez referente à criação do Sistema Municipal de Juventude.

A pseudo audiência foi convocada para ser realizada no Cine Cauim. O lugar tem capacidade para 900 pessoas sentadas. Todos os lugares foram ocupados e ainda ficaram pessoas em pé. A quase totalidade dos jovens que estavam lá eram da Fundação de Educação para o Trabalho (FUNDET), órgão ligado à Prefeitura, porém, os mesmos não foram cientificados do objetivo da audiência, só foram mobilizados para estarem lá. A mesma mobilização, contudo, não ocorreu nas escolas e universidades de Ribeirão. Mais uma vez, uma audiência pública convocada sem ampla divulgação, sem explicação e em horário impróprio, às 15hrs da tarde de uma quarta-feira.







Se o ato que ali estava sendo praticado não fosse impedido, possivelmente teríamos caminhado para a aprovação de um texto de lei, produzido pelo Governo, com erros crassos, do qual é o mais contundente exemplo a ausência de função deliberativa para o Conselho Municipal da Juventude, ou seja, só querem que a juventude seja consultada, mas a mesma juventude não poderia deliberar sobre políticas públicas destinadas a ela. Teríamos uma audiência sem o devido debate precedido de divulgação de informações, para a criação do Sistema Municipal de Juventude.


   Porém, com mais informação ali difundida, não pelo Governo, mas por outros jovens, a juventude se uniu e não deixou essa afronta se concretizar. Impedimos a realização da suposta audiência e fizemos com que o Governo, ali representado pelo Chefe da Casa Civil, Lair Luchesi, cancelasse a audiência e se comprometesse, mediante ato formal registrado em uma ata, escrita a mão, convocar outra audiência, essa sim, com ampla divulgação e em horário pertinente, para a primeira quinzena de agosto. A ata foi escrita a mão porque não havia impressora, assim como também não havia microfone funcionando. E ainda assim queriam realizar audiência...

A juventude venceu!


Raquel Montero

Comitê do Plebiscito para Reforma Política



Dia 10 de junho de 2014 realizamos na Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto mais um encontro sobre o plebiscito para a reforma política.
Construa com a gente nos bairros, escolas, sindicatos, movimentos e locais de trabalho os Comitês para organizar o Plebiscito Popular para que de 01 à 07 de setembro possamos - ao devolver a palavra para povo brasileiro, para que seja ele a definir os rumos do país - ter milhões dizendo: Sim a uma Constituinte exclusiva e soberana que faça a reforma do sistema político de nosso país!


Raquel Montero

sábado, 7 de junho de 2014

2002... ...O caminho se faz ao caminhar



1999, 2000, 2001, 2002... ...O caminho se faz ao caminhar

Terminei o ensino médio alimentando ainda mais os ideais que eu vinha construindo. Fui uma estudante embalada por sonhos de uma vida melhor para todos, onde todos pudessem ter as mesmas oportunidades. Sempre acreditei que é possível mudar para melhor, que é possível todos terem as mesmas oportunidades e viverem de uma forma digna, com o melhor que a vida pode nos oferecer.

E assim, do movimento estudantil, comecei a me engajar em outros movimentos sociais. Em 2002 fui dar evangelização numa creche no Parque Ribeirão Preto, periferia de Ribeirão. Ali aprofundei a concepção sobre desigualdades sociais que havia iniciado na escola. Vi muito do pouco que muitas pessoas tinham financeiramente, e, ao mesmo tempo, como ventos de esperança, vi muito do muito que tantos podem fazer para melhorar o todo.

Os ventos de esperança que senti nessa experiência, que me faziam voltar para casa com mais energia de fazer, contribuíram ainda para a decisão sobre o caminho a seguir para minha formação profissional.

  Do que eu já havia vivido no movimento estudantil e nos movimentos sociais que comecei a me engajar, já tinha a certeza de que eu não queria me conformar diante das desigualdades sociais e que para tanto eu queria um instrumento que me habilitasse a contribuir para as transformações necessárias para uma sociedade justa.

Foi assim que escolhi fazer Direito, porque enxerguei no Direito um forte e poderoso instrumento para transformações, e, dessa forma, o caminho para seguir meus ideais. Através da lei vi que o operador do Direito pode fazer justiça. Ingressei então, na universidade, em 2003, e ali um novo mundo de aprendizados começou, foi como se eu estivesse juntando peças para um novo "eu", para, com mais conhecimento e experiência, continuar a trilhar o caminho que eu já acreditava tanto. Conciliei ali meus ideais com minha formação profissional.



Raquel Montero

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Mobilidade urbana para que as cidades não fiquem estacionadas


As cidades, principalmente das grandes metrópoles, como de São Paulo, não param de crescer. Ao mesmo tempo, a cidade parou... ...parou no trânsito de carros, que, contraditoriamente foram criados (os carros) para ganharmos mais tempo na cidade e assim sobrar mais tempo para fazermos mais coisas.

Mas perceba como tudo ficou trocado. Hoje, em muitas cidades, o uso dos carros faz com que as pessoas percam tempo no trânsito truncado das ruas e assim, tenham menos tempo para fazer mais coisas. Uma incoerência.

Mas não podia ser outro o resultado da ausência de organização no trânsito e na mobilidade urbana. Não é de hoje que as políticas públicas se voltam para o automóvel, e tão somente para ele, restando pouca, ou nada, de atenção para os demais meios de locomoção que podem ser utilizados nas cidades.

Os carros particulares, que transportam apenas 28% dos paulistanos, ocupam cerca de 80% do espaço das vias. Enquanto isso, os ônibus de linha e fretados, que transportam 68% da população, ocupam somente 8% desse espaço.

Esses números só confirmam que, na verdade, a “má vontade” de nossos gestores sempre se voltou ao transporte coletivo e quem sempre usufruiu de “tratamento VIP” foram os carros, afinal, o transporte por ônibus em nosso país sempre foi considerado “coisa de pobre” e, como tal, nunca precisou ser eficiente, muito menos confortável.

Enquanto não se investe em meios coletivos de transporte e em meios alternativos aos automotores, se tem uma estrutura capenga nesses meios, sem investimento e isso se torna um grande estímulo para que as pessoas busquem carros ou motos, alimentando esse consumo.

Por um lado muita gente lucrando com a precariedade, por outro lado, muito mais gente ainda sendo prejudicada com a mesma precariedade.

A mobilidade urbana no Brasil não é um problema financeiro. Em 2.012 o governo Dilma anunciou verba de 32 bilhões para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da mobilidade urbana. O foco para os investimentos é a construção de metrôs, veículos leves sobre trilhos (VLT) e corredores de ônibus em cidades que possuem entre 250 mil a 700 mil habitantes.

O orçamento federal de 2.012 já previa uma verba de 2,1 bilhões de reais para obras de mobilidade urbana. Deste valor, até o final do ano passado, foram gastos pelos municípios apenas 64,8 milhões. Daí se conclui que não há ausência de dinheiro para investimento em mobilidade urbana, mas sim, ausência de prioridades.

E o que fazer então?

Especialistas em tráfego dizem que a saída é grandes investimentos em transporte público coletivo.

O transporte público coletivo deve contar com todas as comodidades que atraem as pessoas para o transporte particular, tais como ar condicionado, rapidez, insulfim no lugar da cortina, limpeza, número limitado de pessoas por coletivo, de maneira  a não lotá-los. Se o transporte público não oferece as mesmas condições que o transporte particular, ele perde na disputa.

Devemos fazer a defesa do passe livre para todos, para concretizar o acesso das pessoas à cidade e, por conseguinte, aos direitos que cada um faz jus, bem como, como medida indispensável para atrair as pessoas para o transporte público coletivo, ciclovias com bicicletários espalhados pela cidade e locais de trabalho preparados com vestiários em que os trabalhadores possam tomar banho, integram um sistema organizado e sustentável de transitar pela cidade.

Investimento e prioridade para transporte público coletivo (ônibus, metrôs, veículos leves sobre trilhos, etc). No tocante à agilidade do transporte público, ela vem com corredores só para ônibus nas vias e um sistema como o de radiofrequência utilizada nos pedágios, para que os ônibus não tenham que parar no semáforo vermelho, isto é, assim que o ônibus estiver se aproximando o sinal automaticamente ficaria verde para o ônibus passar, Plano Estadual de Mobilidade Urbana e Planos Municipais de Mobilidade Urbana, Conselho Estadual e Municipais de Mobilidade Urbana, integração das políticas de transporte público e uso e ocupação do solo, Plano Cicloviário. Assim poderemos de fato ter mobilidade urbana nas cidades.


Raquel Montero

segunda-feira, 2 de junho de 2014

15 anos atrás



Há quinze anos atrás eu queria mudar o mundo. Quinze anos depois eu continuo querendo.
Vou começar a fazer aqui um resgate de sensações, sentimentos e sonhos que vivi com tantas pessoas em 15 anos de militância.
Era inverno e início de mais uma greve dos professores da escola onde eu estudava. Sempre estudei em escola estadual pública, a primeira foi o Raul Peixoto, a segunda foi o Sebastião Fernandes Palma, que chamávamos de Vilão. Diante do anúncio de greve dos professores e com isso, já sabíamos, o atraso do nosso ano letivo e consequentemente do nosso aprendizado, escrevi uma carta para o Presidente da República manifestando minha indignação, na época tratava-se do Presidente Fernando Henrique Cardoso. Eu tinha 11 anos.
Mas foi com mais idade e mais consciência crítica que pude entender melhor as coisas. Estava então, no ensino médio, e, porém, muito embora alguns anos haviam passado, a escola não havia mudado em sua qualidade, ao contrário, só vinha piorando.



O governo havia anunciado que iria implantar o bem fundamentado programa de acompanhamento da progressão escolar, sob orientação do educador Paulo Freire, o programa Progressão Continuada, no entanto, na prática, o que fez foi aprovar automaticamente os alunos, implantando a funesta aprovação automática.

Eu fui uma das primeiras vítimas desse "modelo" e senti no intelecto e na alma a pobreza desse ensino. Presenciei alunos passando de uma série para outra sem ter aprendido as lições, déficit cada vez maior na qualidade das aulas, queda do estímulo dos professores, outrora tão mais animados em ministrar aulas. Foram violências que me recordo, sinto e sofro as consequências até hoje. E assim como eu, milhares de outras pessoas, numa sucessão que continua.

Foi ali, diante de tanta coisa errada, que iniciei minhas primeiras manifestações, buscando com meus colegas e professores uma educação de qualidade para todos, e ai, ora eram os professores fazendo greve e nós somávamos a eles, ora eram os alunos reivindicando melhores condições de ensino e os professores somavam com a gente.. Foi ali que comecei a tomar consciência política da necessidade de mudanças e do poder que cada um de nós carrega para influenciar nas mudanças.


Raquel Montero