1999, 2000, 2001, 2002... ...O caminho se faz ao caminhar
Terminei o
ensino médio alimentando ainda mais os ideais que eu vinha construindo. Fui uma
estudante embalada por sonhos de uma vida melhor para todos, onde todos
pudessem ter as mesmas oportunidades. Sempre
acreditei que é possível mudar para melhor, que é possível todos terem as
mesmas oportunidades e viverem de uma forma digna, com o melhor que a vida pode
nos oferecer.
E assim, do
movimento estudantil, comecei a me engajar em outros movimentos sociais. Em
2002 fui dar evangelização numa creche no Parque Ribeirão Preto, periferia de
Ribeirão. Ali aprofundei a concepção sobre desigualdades sociais que havia
iniciado na escola. Vi muito do pouco que muitas pessoas tinham financeiramente,
e, ao mesmo tempo, como ventos de esperança, vi muito do muito que tantos podem
fazer para melhorar o todo.
Os ventos de
esperança que senti nessa experiência, que me faziam voltar para casa com mais
energia de fazer, contribuíram ainda para a decisão sobre o caminho a seguir
para minha formação profissional.
Do que
eu já havia vivido no movimento estudantil e nos movimentos sociais que comecei
a me engajar, já tinha a certeza de que eu não queria me conformar diante das
desigualdades sociais e que para tanto eu queria um instrumento que me habilitasse
a contribuir para as transformações necessárias para uma sociedade justa.
Foi assim que
escolhi fazer Direito, porque enxerguei no Direito um forte e poderoso
instrumento para transformações, e, dessa forma, o caminho para seguir meus
ideais. Através da lei vi que o operador do Direito pode fazer justiça. Ingressei
então, na universidade, em 2003, e ali um novo mundo de aprendizados começou,
foi como se eu estivesse juntando peças para um novo "eu", para, com
mais conhecimento e experiência, continuar a trilhar o caminho que eu já
acreditava tanto. Conciliei ali meus ideais com minha formação profissional.
Raquel Montero
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