Raquel Montero

Raquel Montero

terça-feira, 31 de julho de 2012

E a reunião sobre os resíduos sólidos aconteceu

E a reunião sobre os resíduos sólidos aconteceu...


http://www.jornaldaclube.com.br/videos/6603/plano-municipal-de-resÍduos-sÓlidos-voltou-a-ser-debatido

Seguimos com mais debates. Aguardem o desfecho dessa história e fiquem na torcida para que o melhor aconteça. Será um ganho coletivo muito grande. Torçam!

Raquel Bencsik Montero

A expectativa da reunião sobre os resíduos sólidos de Ribeirão Preto

A expectativa da reunião sobre os resíduos sólidos de Ribeirão Preto...

http://www.jornaldaclube.com.br/videos/6586/plano-municipal-de-resÍduos-sÓlidos

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Nota de repúdio

Jornal "Tribuna" em 27/07/2012:




Vários movimentos sociais de Ribeirão, entre eles o Panelaço, protocoloram no dia 26/07, propostas sobre a Lei de Resíduos Sólidos e Limpeza Urbana de Ribeirão. No protesto realizado no dia  06/07 na Prefeitura, ficou acordado, segundo compromisso assumido pela Prefeita Darcy Vera e divulgado pela imprensa, que os movimentos sociais iriam apresentar suas respectivas propostas sobre os resíduos sólidos e, em uma audiência pública, Prefeitura, Ministério Público, COMDEMA e sociedade civil definiriam, conjuntamente os termos da política dos resíduos sólidos para Ribeirão.

Os movimentos sociais cumpriram com a parte que lhes competia, agora, aguardamos pela audiência pública para, democraticamente, concluirmos a pendência. Esperamos que a Prefeita cumpra com o compromisso que assumiu, realizando a audiência pública em horário acessível a todos, notadamente, após o horário comercial, e acate os anseios expressados pela sociedade nas propostas apresentadas. 

E nesse sentido já aproveitamos para repudiar a reunião marcada pela Prefeita com o Ministério Público, a ser realizada no dia 31/07, das 09hrs às 12hrs, conforme divulgado no Facebook da Prefeita. Muito embora essa reunião ainda não seja a audiência pública seria mais uma oportunidade de debatermos em conjunto a situação, mas impossível fazer isso dentro do horário estabelecido, por isso o nosso repúdio à essa reunião que não contou com a opinião dos movimentos sociais para ser marcada, sendo uma inverdade o que disse a Prefeita em seu Facebook, ou seja, que os movimentos sociais estarão presentes, eis que alguns deles não poderão comparecer. Estariam todos presentes sim se a reunião fosse acessível, mas o próprio horário já impede a acessibilidade de todos, inclusive dos cooperados da única Cooperativa de Ribeirão, que são, salientamos, protagonistas dessa situação, e, dessa forma, imprescindível deveria ser considerada a presença deles.

Assim, fica aqui o nosso repúdio à esse desrespeito que não pode ser acatado pela sociedade sob pena de ser reiterado como algo normal pelos agentes públicos, e os movimentos sociais que poderão comparecer irão para reivindicar, mais uma vez, democracia nas decisões e repúdio à ausência dela.

Raquel Bencsik Montero
Nota publicada no Facebook do Movimento Panelaço

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Protesto sobre o PIC



     E ontem a Prefeitura de Ribeirão Preto recebeu mais uma protesto, agora sobre a cultura de Ribeirão, que como foi manifestado na Carta feita pelos movimentos sociais e divulgada para convidar a população para o protesto (http://raquelbencsikmontero.blogspot.com.br/2012/07/ato-publico-em-defesa-do-programa-de.html ), está desamparada em meio a tantos entraves e demoras.

O alvo foi o Programa de Incentivo à Cultura (PIC) de Ribeirão Preto mas, paralelamente, também se falou do Conselho Municipal da Cultura de Ribeirão Preto.
Artistas, movimentos sociais e coletivos compareceram para, cada um, dar sua contribuição à causa que é coletiva. A contribuição de cada um gera a união que promove mais força.
O protesto nem havia começado oficialmente e representantes do Governo já haviam se manifestado para chamar os manifestantes para uma reunião dentro do Palácio do Rio Branco. Tanto atraso para ouvir os artistas e dar posse ao Conselho da Cultura e agora, diante do protesto, a vontade pelo diálogo se estabelece tão rápido por parte da Prefeitura. Contraditório né?
Mas aquele era o momento de protestar, mais uma vez, protestar. E após algum tempo de manifestação em frente à Prefeitura, subimos para o Palácio e lá formos recebidos por representantes do Governo, sendo estes, o Secretário de Governo Jamil Lopes de Albuquerque, o Chefe da Casa Civil Lair Luchesi, a Secretária Substituta da Cultura Érica Amendola, e demais integrantes do Governo e da Secretaria da Cultura.
Os desabafos expressos na Carta, que se traduzem também como reivindicações, críticas e requerimentos, foram reiteradas na conversa com o Governo. E ai o que se viu foi algo muito triste.
Sentimos resistência no comprometimento com definições, resoluções e acordos. Muitas vezes essa resistência manifestada com ironia e desrespeito aos manifestantes que tiveram que intervir pedindo respeito, seriedade e comprometimento. Veja, chegamos ao absurdo de ter que pedir respeito.
O Conselho da Cultura foi colocado em discussão também já que era impossível não manifestar a indignação relacionada ao disparate que afeta o Conselho Municipal da Cultura de Ribeirão. Há sete meses os novos conselheiros esperam tomar posse dos respectivos mandatos de conselheiros do Conselho Municipal da Cultura. Quanta atenção à cultura de Ribeirão...
E a pendência do Conselho de Cultura é algo simples que pode ser resolvido, está dependendo tão somente de vontade política. Simples assim. Mas veja que isso demonstra mais uma vez como anda a vontade política em Ribeirão, bem como a atenção à cultura de Ribeirão.
Mas apesar dos obstáculos o momento foi proveitoso e assim como tudo na vida, deixou ganho positivo. O protesto reuniu pessoas que foram buscar algo positivo para a coletividade e mostrou, para as próprias pessoas e para o Governo, que se para alguns a cultura não é valorizada, para outros ela é mais que valorizada, ela é defendida.
Também, o protesto denunciou e através da mídia deu ampla publicidade, as incoerências e falhas da Administração Pública, mostrando o que vêm sendo feito da cultura em Ribeirão para todos que tenham interesse em saber.
Por fim, a pauta de reivindicações foi feita: pagamento em dia da primeira e segunda parcela do PIC para não prejudicar os trabalhos e os artistas; início de um grupo de discussão para transformar o PIC em lei com dotação orçamentária própria e uma reunia específica para, enfim, dar posse aos conselheiros do Conselho da Cultura.
Assim a próxima reunião for marcada para o dia 31/07/2012, às 14hrs na Casa da Cultura.
Se você se preocupa com a cultura da sua cidade, deve comparecer e dar sua contribuição. Esse é um grande momento inclusive porque pudemos ver que, sozinhos, os administradores públicos atuais não estão conseguindo organizar a cultura em Ribeirão, e a “Virada Cultural” é uma constatação dessa assertiva, e a sociedade civil, por sua vez, mostrou, ao contrário, que está sabendo fazer isso muito bem, a exemplo do “Se Vira Ribeirão”.
O problema é que os agentes públicos recebem dinheiro para fazerem seus trabalhos, já os munícipes que colaboram voluntariamente, não recebem dinheiro por isso, o que demonstra uma grande desproporção. Mas isso é também um outro aspecto a se pensar conjugadamente à toda essa conjuntura, ou seja, talvez seja o momento de substituirmos os atuais agentes públicos por outros que consigam fazer o que estes não estão conseguindo ou não querem fazer.

Jornal "Tribuna" em 27/07/2012:


Raquel Bencsik Montero

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Comida é corpo, cultura é alma



Uma cidade bem planejada olha para todos os aspectos que formam a vida em sociedade, de maneira que, não olhando para algum de seus aspectos a cidade desequilibra e não é só o lado desfavorecido que perece, mas sim, toda a sociedade que sofre as consequências das mazelas praticadas em desfavor dos membros dessa mesma sociedade.
Dessa forma, olhar e valorizar os artistas de Ribeirão Preto é mais que um dever dos gestores públicos, é uma necessidade que, por sua vez, demonstra não só cumprimento do dever, mas respeito do agente público com todos os artistas de Ribeirão e, por conseguinte, por toda a sociedade.
Prefeita, cultura também faz parte da vida e dos direitos sociais. A comida alimenta o corpo, a cultura alimenta a alma, e uma não dispensa a outra, ao contrário, se completam num harmônico equilíbrio. E é para que esse equilíbrio se estabeleça que protestaremos.
Compareça hoje, às 16hrs, na Prefeitura de Ribeirão Preto para participar de mais um ato de cidadania! 
Raquel Bencsik Montero

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ato público em defesa do Programa de Incentivo à Cultura

Foto: Devido ao descaso do Poder Público local, será realizado nesta quinta-feira um "Ato público em defesa do Programa de Incentivo à Cultura"! Precisamos de mais seriedade na gestão da Cultura em nossa cidade para que os grupos culturais e suas respectivas comunidades não fiquem à deriva, sempre aguardando o interesse político para que haja um mínimo de apoio. O Movimento Panelaço apóia a verdadeira Cultura e estará presente para fazer valer mais esta luta!




Carta aberta sobre o Programa de Incentivo à Cultura.

O Programa de Incentivo à Cultura de Ribeirão Preto (PIC) nasceu em 2009, quando a Secretaria Municipal da Cultura e a sociedade civil, por meio do Conselho Municipal de Cultura, discutiam formas de execução das metas contidas no Plano Municipal de Cultura.

No Plano, constava a proposta de aumento do orçamento municipal destinado à Cultura, proposta esta que não foi aceita pela Prefeitura Municipal. Como contraproposta, foi oferecida uma verba com destinação específica para projetos culturais, no valor de R$ 200.000,00, no primeiro ano, aumentados para R$ 400.000,00 e R$ 800.000,00 nos dois anos seguintes. Essa nova proposta recebeu o nome de PIC, constituindo-se enquanto uma ferramenta de fomento à cultura, por meio da qual artistas e agentes culturais de Ribeirão Preto tiveram acesso a verbas públicas de forma DEMOCRÁTICA.

No entanto, ao mesmo tempo em que ganhamos uma ferramenta para fomentar a produção cultural local, ganhamos também uma grande dor de cabeça. Tudo é muito bonito até o momento em que a Prefeitura Municipal precisa executar os pagamentos dos projetos aprovados que, em seus três anos, nunca foram feitos em dia, atrasando o andamento dos projetos e prejudicando artistas.

Para complicar a situação, em cada projeto feito para o PIC, temos que criar um cronograma de execução, com prazos determinados para término. O cronograma tem que ser cumprido porque a prestação de contas tem que ser feita em dia, por conta das tramitações da Secretaria Municipal da Fazenda. Cumprir o cronograma aprovado não seria nenhum problema se o repasse da verba fosse feito em dia. Como isso geralmente não acontece, os contemplados pelo PIC precisam desenvolver seus projetos a qualquer custo, às vezes, inclusive, comprometendo a execução dos projetos assim como comprometendo financeiramente os próprios proponentes, já que não receberam os recursos necessários mas precisam cumprir os prazos.

Essa situação agrava-se a cada ano. No PIC/2012, os projetos deveriam ser executados entre março e novembro de 2012. Passados cinco meses da aprovação, mais da metade do prazo de execução, a maioria dos projetos ainda não recebeu o repasse da 1ª. parcela. Isso se torna mais estarrecedor quando sabemos que a verba para custeio dos projetos está prevista no orçamento municipal de 2012.

Entendemos que o atraso não é um problema do PIC, mas sim um problema de gestão pública. Se verba já está prevista, por que não são efetuados os repasses? Isso nos leva a entender que, em meio há tantos pagamentos a serem feitos pela Secretaria Municipal da Fazenda, aqueles destinados ao fomento cultural têm sido deixado de lado. Essa postura reflete o desrespeito que a Prefeitura Municipal demonstra, neste ano, em relação à Cultura, indo na contramão de todo o trabalho desenvolvido anteriormente. Cancelamento da Virada Cultural, lentidão em dar posse ao Conselho Municipal da Cultura e, agora, atraso do pagamento do PIC, que só faz desacreditar o programa.

Precisamos, mais uma vez, nos mobilizar contra o desrespeito exercido em relação às nossas ações culturais. Não podemos deixar a Prefeitura Municipal fugir de seu compromisso e responsabilidade. Precisamos defender o PIC e, mais do que isso, lutar por sua continuidade, transformando-o em lei municipal, com dotação orçamentária própria!

Entendemos que essa não é uma luta apenas dos premiados no PIC deste ano, mas de toda classe artística local. Não sabemos se, no próximo ano, teremos nova edição do programa, mesmo este sendo considerado a principal ferramenta de democratização do financiamento à cultura em Ribeirão Preto. O PIC deve continuar e cada vez mais ser ampliado para implementar ações de artistas e fazedores de cultura!

Estamos colocando esse assunto em discussão para que todos entendam a importância de discutir e defender o PIC e, sobretudo, de lutar por RESPEITO à cultura em nossa cidade.

Ribeirão Preto, 20 de julho de 2012.

Associação Amigos do Memorial da Classe Operária – UGT
Coletivo Fuligem de comunicação e arte
Associação Cultural e Ecológica Pau Brasil
Flavia Carnot – ME
Nathalia Fernandes da Silva – Produção Teatral-ME
Renata Aquino Defina - sapateadora
Espaço Cult – Arte e Cultura
Associação de Cultura e Arte de Ribeirão Preto
Marcos Amorim - Educomunicador e produtor cultural
Luciana Rodrigues - produtora cultural
Ricardo Coimbra - professor de filosofia
Bruno Barbosa - músico
Duda Lazarini - músico
Leandro Cunha - músico
Marcelo Toledo - músico
Fernando Pachioni - músico
Flávio Racy - ator
Cia A DitaCuja
Casa das Artes
Leser MC
Cia Teatral Tertulia
Vanessa Padilha – atriz
Movimento Panelaço

domingo, 22 de julho de 2012

A verdadeira igualdade




Já viram o céu de Ribeirão Preto hoje? Da periferia à zona sul é o mesmo céu azul lindo! Essa é a verdadeira igualdade...
...a mesma igualdade que proporciona escolas, médicos, hospitais, remédios, faculdades, transporte, moradia, previdência, lazer, cultura, meio ambiente ecologicamente equilibrado, alimentação, vestuário, renda, enfim, todos os direitos sociais existenciais há todos, com as mesmas oportunidades de acesso.
O sucesso em uma carreira, em um trabalho pode se dar de maneiras diferentes para cada pessoa e o dinheiro que cada um irá auferir com seu respectivo trabalho, de acordo com esse sucesso, pode variar muito, com uns ganhando mais e outros menos.
Isso não é indefensável desde que haja as mesmas oportunidades a todas as pessoas. Se todas tiveram as mesmas oportunidades, porém umas se esforçaram mais e por isso tiveram mais sucesso, não há contestação, há merecimento.
Por outro lado se não houver as mesmas oportunidades a todos, a desigualdade de renda e condições há de ser contestada porque atesta a existência de injustiça social e seria mais uma injustiça aceitar silente essa injustiça.
E nesse tom oportunidades iguais significam todas as crianças terem acesso à educação de qualidade, todos os adolescentes terem tido as mesmas condições para prestar o mesmo vestibular para concorrer a uma vaga em universidade pública, todos terem salários que lhe garantam poder usufruir de todos os direitos sociais constitucionais, todos os aposentados poderem realmente se aposentar e não ter que continuar trabalhando para sustentar suas famílias, todos terem segurança pública e assim sucessivamente a todos os demais acessos que caracterizam uma vida digna.
Igualdade de oportunidades deve existir em todos os lugares e para todos, e assim, em Ribeirão Preto também. No entanto, até hoje, 2012, não vimos essa igualdade em Ribeirão. Vimos sim ainda muita desigualdade numa cidade que tem um Produto interno Bruto (PIB) enorme, sendo considerado um dos maiores do Brasil.
Hodiernamente são recorrentes ações civis públicas pleiteando vagas em creches e escolas municipais, ações individuais requerendo medicamentos que não são fornecidos nos postos de saúde de Ribeirão, ações judiciais denunciando erros e negligências médicas, denúncias de ausência de acessibilidade às pessoas com deficiências físicas, notícias confirmadas pela realidade do aumento no número de favelas e déficit de moradia popular conjugadas com denúncias de desocupações forçadas de famílias que moram em favelas, sendo que essas desocupações já ocorreram em condições que desobedeceram totalmente as proteções que estabelece a legislação para as pessoas faveladas.
E tudo isso não precisaria existir, só existindo em razão da má administração pública conduzida pelos anteriores e atuais gestores públicos.
Enquanto o sol nasce e brilha para todos e o céu proporciona um oceano azul sob nossas cabeças atingindo todos sob todos os pontos cardeais, mostrando que todas as pessoas da cidade podem ser abrangidas pelos mesmos benefícios, não podemos aceitar as parcialidades que querem impor porque se a própria natureza nos mostra a igualdade é porque a igualdade é mais do que possível, ela é natural.

Raquel Bencsik Montero

domingo, 15 de julho de 2012

O novo Código Florestal


Em 1999 o deputado federal Sérgio Carvalho (PSDB/RO) apresentou o Projeto de Lei nº 1876/1999.
Citado projeto estabeleceu disciplina para áreas de preservação permanente, reserva legal, exploração florestal e outras providências. Ele, em suma, propôs a revogação do Código Florestal e a alteração da Lei nº 9.605 de 1.998.
Esse projeto de lei ficou conhecido como novo Código Florestal. Ele foi motivado pelo agronegócio e defendido no Congresso Nacional pelos parlamentares que acatam o lobby dos empresários e latifundiários que exploram o agronegócio. Esses parlamentares compõem a chamada “bancada ruralista” do Congresso Nacional, que, em síntese, representam o agronegócio e os interesses dele no Senado e na Câmara de Deputados.
O Código Florestal atual é conhecido como um dos mais evoluídos do mundo na proteção dos recursos naturais nas zonas urbanas e rurais. Ele disciplina o uso dos recursos naturais e do solo de maneira respeitosa com a natureza e inteligente com as necessidades mundanas.
As alterações propostas nesse projeto podem ser assim resumidas:
·         O projeto muda de maneira negativa a definição de “Áreas de Preservação Permanente (APP)”. Passa a considerar que os mangues e as veredas, alguns tipos de encostas e topos de morros não são mais APP´s, em outras palavras, o desmatamento foi liberado;
·         Diminui a largura das matas ciliares, que são as matas que protegem as nascentes, rios, lagos, lagoas, mangues;
·         Não exige a recuperação de APP´s e reservas legais que foram desmatadas até 2008;
·         Anistia os criminosos ambientais;
·         Propicia várias e flexíveis situações que poderão justificar novos desmatamentos de APP´s;
·         Acaba com grandes partes de áreas que eram protegidas pelo Código Florestal;
·         Reduz as áreas de reserva legal;
·         Permite que o desmatamento de um determinado lugar seja compensado em outro lugar, o que é prejudicial ao meio ambiente desmatado;

Essas alterações são retrocessos na natureza, prejudicando a vida em todas as suas formas.
Por outro lado o interesse dos ruralistas é grande, o lobby dos ruralistas no Congresso Nacional é atroz, a corrupção está presente, e ai, na conjugação desses fatores tem-se espaço para os piores acontecimentos, como é a hipótese que verificamos nesse projeto de lei.
 Os ambientalistas, organizações e entidades, têm fortes e nobres argumentos, que prescindem de suborno, ganhando pela simples retórica, todavia, a fraqueza de caráter de alguns parlamentares permitem a vitória da corrupção em detrimento da ética.
Assim, o projeto de lei para alterar o Código Florestal foi votado na Câmara dos Deputados e por maioria de votos (veja aqui quem foram os deputados federais que votaram a favor do projeto de lei http://www.camara.gov.br/internet/votacao/mostraVotacao.asp?ideVotacao=4648&numLegislatura=54&codCasa=1&numSessaoLegislativa=1&indTipoSessaoLegislativa=O&numSessao=123&indTipoSessao=E&tipo=partido) foi aprovado na Câmara seguindo para o Senado.    
Quanto a essa votação e notadamente para Ribeirão Preto verifica-se que o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB), também candidato a prefeito pelo PSDB em Ribeirão Preto, votou a favor do projeto de lei.
No Senado o projeto recebeu alterações apoiadas pelo Governo e que garantia faixas mínimas de proteção e recomposição florestal
As alterações feitas pelo Senado foram votadas na Câmara dos Deputados, sendo que nessa votação o deputado federal Paulo Piau (PMDB) fez um relatório mantendo os retrocessos ao Código Florestal, indo, dessa forma, para a votação, o relatório do Senado que recebeu o apoio do Governo e que garantia faixas mínimas de proteção e recomposição florestal e o relatório do deputado Paulo Piau que anulou essas obrigações.
Por 274 votos a favor, 189 contrários e 02 abstenções a Câmara dos Deputados aprovou o relatório do deputado Paulo Piau que modifica o Código Florestal impondo sérios retrocessos à legislação ambiental brasileira.
Por fim o projeto foi para a Presidenta Dilma vetá-lo ou sancioná-lo. A Presidenta fez vetos pífios e sancionou a quase totalidade do projeto.
Uma lástima...
A defesa do meio ambiente foi promessa de campanha da Presidenta Dilma e agora, incoerente com o que prometeu a Presidenta acata esse monstro que vai devorar o que restou das nossas florestas.
Em 1.988 o Brasil fez uma Constituição que vigora até hoje onde estabeleceu o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo ao Poder Público e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações e agora, de maneira insana, os mandatários populares contrariam a mais alta lei do país, afrontando o pacto firmado e traindo seus mandantes, e tudo isso sob o enfoque de uma votação e de um procedimento democrático.
É certo que por ser antigo o Código Florestal precisava de algumas atualizações que o aprimorassem mas nada que parecesse com o que foi feito. É absolutamente possível conciliar o progresso do agronegócio com a conservação da natureza. E um dos instrumentos mais práticos para isso é o bom senso na ponderação de interesses e definição de ações.
A própria Constituição Federal preconiza o respeito a todos os direitos, sem estabelecer primazia de um sobre o outro ou prejuízo de um em razão do outro. São princípios constitucionais a “proporcionalidade” e “razoabilidade” que devem, por sua vez, estarem presentes em todos os atos e decisões dos agentes públicos.
É principio constitucional a dignidade da pessoa humana que deve, salienta-se, nortear todos os demais princípios da ordem jurídica, e a dignidade do ser humano está estreitamente ligada ao meio ambiente ecologicamente equilibrado de tal forma que o desrespeito ao meio ambiente é o desrespeito à própria dignidade da pessoa humana.
Não há proporcionalidade, razoabilidade e dignidade no projeto aprovado. Há sim, desproporcionalidade, irrazoabilidade e indignidade numa similitude de aberração.
E não precisa pensar muito para concluir a tragédia assinada. Se a lei está diminuindo a proteção à natureza é lógico que é funesta e por isso não pode ser aprovada e se aprovada é, é por outras razões que não o interesse ambiental e o interesse da coletividade.
Às vezes a verdade pode ser difícil de ser percebida de imediato e demanda certo tempo. Outras vezes ela não deixa margem a dúbias interpretações e é o que é, como é a hipótese em questão. Aqueles que não querem afirmá-la inventam argumentos, mas esses argumentos podem ser qualquer coisa, menos verdade e quem os inventa e os defende pode estar sob várias influências, menos sob a boa intenção e a honestidade.
E nesse contexto está também o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB) a quem destaco novamente porque sou munícipe de Ribeirão Preto e ele é candidato a prefeito desta cidade. Um candidato a prefeito que compactuou com a destruição da natureza quando votou a favor do novo Código Florestal. Esse é o candidato a prefeito do PSDB em Ribeirão Preto.

Raquel Bencsik Montero 

sábado, 14 de julho de 2012

Esfirra vegana


Esfirra vegana
Ingredientes para a massa:
2 copos de leite de soja
30 gramas ou 2 colheres de sopa de fermento (o mesmo fermento que se usa para fazer pão)
1 colher de sopa de açúcar
1 colher de sopa de sal
mais da metade de um copo de óleo
farinha de trigo ou integral


Preparando a massa:
Aquecer o leite de soja até ficar morno, quando ficar morno dissolver nele o fermento. Dissolvido o fermento no leite joga-se esse líquido em uma tigela grande para colocar os demais ingredientes. Dai acrescenta o sal, o açúcar, o óleo e a farinha até dar o ponto (eu sempre misturo as duas farinhas, de trigo e integral).
A quantidade de farinha é aproximadamente 1k, e estará no ponto quando não estiver mais colando na mão. Quando chegar nesse ponto retira-se um pedacinho da massa, faz-se uma bolinha dela e coloca num copo com água. Cubra o recipiente onde esta a massa com um pano e quando a bolinha que estiver no copo com água subir, a massa está pronta para ir para o forno.
A massa rende 3 formas redondas padrão, de esfirra coberta e o dobro de formas se a esfirra for aberta.
Recheio:
Duas sugestões veganas de recheio;
  1. tofu com tomate seco;
  2. palmito.
    Na preparação do recheio de palmito, colocar numa panela 02 tomates picados, umas 15 azeitonas picadas, um vidro de palmito cortado em rodelas, uma lata de ervilha, salsinha picada, cebolinha picada, manjericão, pimenta e sal. Estando todos esses ingredientes na panela leve a panela ao fogo e vá mexendo, acrescente um copo de água com amido de milho dissolvido nesse água para enrijecer o recheio e dar “a liga”. Vá mexendo o recheio no fogo e acrescentando mais água com amido de milho dissolvido tanto para enrijecer o recheio como para aumentar o recheio. Essa quantidade de copos de água é de aproximadamente 02 copos de água.
Quando a bolinha da massa que estiver no copo subir abra a massa, coloque o recheio e coloque no forno para assar.
Uma delícia de opção alimentar e totalmente vegana, ou seja, sem produtos de origem animal.
O vegetarianismo e o veganismo não são só uma opção alimentar, mas, principalmente, são decisões éticas e filosóficas diante da vida.
Saiba mais sobre o assunto no eloquente documentário, “A carne é fraca” http://youtu.be/IKIBmppiIvM. Documentário de autoria de Nina Rosa, uma nobre ativista na defesa dos direitos dos animais.
O documentário tem informações científicas, filosóficas e sociológicas sobre o uso de animais e de alimentos derivados de animais na alimentação humana, mostrando o que a mídia convencional manipulada e manipuladora escondem das pessoas para favorecer a exploração maléfica dos animais para o consumo humano.
Essa exploração engendra verdadeiro holocausto dos animais não-humanos.
Assista e tire suas próprias conclusões, só não fique omisso diante dessa conjuntura, porque a omissão também contribui para a conservação do status quo perverso que permeia o assunto. A pessoa que mata o boi e aprisiona a galinha, não faz isso sozinha, mas sim com o apoio de todos os consumidores que adquirem o produto que eles estão vendendo. Se não tiver consumidor não haverá mais a crueldade que existe na comercialização de animais e seus derivados. Portanto, cada um de nós pode contribuir para destruir esse mal e, inclusive, com um simples e fácil instrumento: escolha.
Raquel Bencsik Montero 

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Felicidade


FELICIDADE

As coisas não nasceram para dar certo, somos nós é que fazemos as coisas acontecerem ou não.
Acredito que a gente tem que ter um foco a seguir, traçar metas, viver por elas ou morrer tentando. Jamais queimar etapas e saber reconhecer quando é sua hora.
O Acaso é uma grande armadilha e destrói os sonhos fracos de pessoas que se acham fortes.
Não passar do tempo nem chegar antes. Preparar o corpo, o espírito, estudar o tempo, o espaço. Não ser escravo de nenhum dos dois.
Observar as coisas que interferem no seu dia e na sua noite. E saber entender que há aqueles dias sem sol e sem estrelas e que a vida não deve parar só por isso.
Ser gentil com as pessoas e consigo mesmo. E gentileza não tem nada a ver com fraqueza, pois, assim como um bom espadachim, é preciso ter elegância para ferir seus adversários.
O que adianta uma boca grande e um coração pequeno? Nunca diz que faz, se não o faz.
Ame o teu ofício como uma religião, respeite suas convicções e as pratique de verdade, mesmo quando não tiver ninguém olhando. Milagres acontecem quando a gente vai à luta.
Pratique esportes como arremesso de olhar, beijo na boca, poema no ouvido dos outros, andar de mãos dadas com a pessoa amada, respirar o espaço alheio, abraçar sonhos impossíveis e elogios à distância. E, em hipótese alguma, tente chegar em primeiro. Chegar junto é melhor, até porque o universo não distribui medalhas nem troféus.
Respeite as crianças, todas, inclusive aquela esquecida na sua memória. Sem crianças não há razão alguma para se acreditar num mundo melhor.
As crianças não são o futuro, elas são o presente, e se ainda não aprendemos com isso, somos nós, os adultos, é que tiramos zero na escola.
Ser feliz não quer dizer que não devemos estar revoltados com as coisas injustas que estão ao nosso redor, muito pelo contrário, ter uma causa verdadeira é uma alegria que poucos podem ter.
Por isso, sorrir enquanto luta, é uma forma de confundir os inimigos. Principalmente os que habitam nossos corações. E jamais se sujeite a ser carcereiro do sorriso alheio. Não deixem que outras pessoas digam o que você deve ter, ou usar. Ter coisas é tão importante como não tê-las, mas é você quem deve decidir. Ter cartão de crédito é bom, porém, ter crédito nele tem um preço.
Esteja sempre disposto ao aprendizado, e não se esqueça que, quem já sabe tudo é porque não aprendeu nada. As ruas são excelentes professoras de filosofia, pratique andar sobre elas.
Tenha amigos. Se não tem, seja. Eles virão.
E não acreditem em poetas. São pessoas tristes que vendem alegria.

Sérgio Vaz (poeta e fundador da Cooperifa) 

sábado, 7 de julho de 2012

Protesto na Prefeitura consegue seu objetivo


Vídeo do "Jornal da Clube" em 07/07/2012:

http://www.jornaldaclube.com.br/videos/6263/associaÇÕes-e-entidades-de-classe-protestaram-na-prefeitura

Fotos do "G1" em 06/07/2012:



06/07/2012 foi dia de protesto na Prefeitura de Ribeirão Preto.
O motivo: reivindicação por respeito à natureza, à reciclagem, aos coletores de material reciclável, ao erário, ao interesse público, e a todas as questões sociais que permeiam a lei de resíduos sólidos e limpeza urbana de Ribeirão Preto, Lei Complementar nº 223/2012, recentemente aprovada pelo Município.
Da maneira como foi aprovada a lei padece de falhas técnicas, legislativas e sociais, que redundam na inconstitucionalidade da lei e sua ineficácia social.
Notadamente ressalta-se os seguintes aspectos tacanhos da lei:
·         prevê a manutenção dos aterros sanitários sem o uso de tecnologias avançadas já existente sobre o assunto;
·          não disciplina a questão da propriedade dos resíduos e as suas possibilidades econômicas e sociais;
·          restringe a participação popular nas deliberações sobre os resíduos;
·          não contempla o aval da Câmara de Vereadores nas deliberações acerca da política de resíduos sólidos, inclusive na contratação de empresas que prestarão o serviço;
·          não privilegia a inclusão social dos catadores de material reciclável.

Perceba que são questões graves e de profundo impacto no meio ambiente. Algo que não pode passar incólume pela sociedade.
Procurei saber se o Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMDEMA) de Ribeirão Preto concordou com essa lei e descobri mais uma tragédia da Administração Municipal, isto é, sobre o assunto o COMDEMA não foi ouvido uma única vez.
Uma Administração Municipal respeitosa deixa de ouvir seus Conselhos Municipais?
Inclusive participa do COMDEMA a Cooperativa Mãos Dadas de Ribeirão Preto. Importante cooperativa que realiza o nobre trabalho da reciclagem em Ribeirão Preto, através de seus vários cooperados. Por sua vez, então, essa cooperativa e os coletores de material reciclável não foram ouvidos também.
Analisou-se se foram feitas audiências públicas para ouvir a sociedade acerca da questão e descobriu-se que praticamente não foram feitas audiências públicas tendo em vista o horário indecente em que elas se realizaram: no meio da tarde... Como que o trabalhador vai em uma audiência assim ou será que uma audiência assim não é feita para o trabalhador?
Já foi mencionada em outra postagem deste blog http://raquelbencsikmontero.blogspot.com.br/2012/06/vamos-protestar-hoje-pelas-emendas-ao.html as emendas ao projeto dessa lei que a Câmara Municipal aprovou por unanimidade, fazendo corrigir as falhas apontadas acima. Contudo, como já explicado neste blog http://raquelbencsikmontero.blogspot.com.br/2012/06/nada-de-politicas-publicas-para-os.html a Prefeita vetou 13 das 18 emendas feitas pelo Legislativo e, após, na apreciação dos vetos feitos pela Prefeita os vereadores aliados à Prefeita, num enorme paradoxo, acataram os vetos. Quanta coerência e sensatez!
Dessa forma incongruente a lei foi aprovada.
Mas não agradou, ao contrário, indignou.
E a indignação é um forte combustível para as revoluções, que ocorrem de maneira poderosa e contagiante. Ah se os mandatários populares soubessem o quanto é melhor não instigar a indignação, ainda mais em ano eleitoral...
E assim a sociedade civil se organizou, com entidades, associações, coletivos, COMDEMA, e foram protestar pela melhora da lei.
Antes, a a Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (ACIRP), Centro das Indústrias de São Paulo (CIESP), e 12º Subseção da Seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)  já haviam protocolado documento na Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto questionando o acolhimento aos vetos da Prefeita pelo Legislativo.
O protesto da sociedade civil se deu ontem, 06/07/2012, às 16hrs na Prefeitura de Ribeirão Preto. Veja notícias acima e abaixo.
Cartazes, apitos, faixas, traje de lixo, expressaram a indignação e megafones a amplificaram.
Na tentativa de cessar o protesto representantes do Executivo Municipal procuraram por mim e outras integrantes do protesto para que fossemos a uma reunião dentro do Palácio do Rio Branco (Prefeitura).
Nenhum de nós foi de imediato. O momento era de protestar e o protesto tinha que acontecer para publicizar as falhas da Administração Municipal que deram ensejo ao próprio protesto. Ademais quem tinha que ter sido ouvido rápida e tempestivamente era o COMDEMA, porém, como dito, o COMDEMA não foi ouvido nenhuma vez para a elaboração da lei.
Após algum tempo de protesto subimos, todos os manifestantes e a imprensa, para dentro da Prefeitura.
Nossa proposta era clara: queremos que a sociedade seja ouvida numa audiência pública onde tenha voz e vez para deliberar sobre a política de resíduos sólidos e limpeza urbana de Ribeirão Preto de maneira a que as falhas, omissões e inconstitucionalidades da lei aprovada sejam corrigidas e sanadas positivamente de acordo com o consenso a que se chegar na audiência a ser realizada e que o edital de licitação para contratar a empresa que irá prestar o serviço concernente aos resíduos sólidos e limpeza urbana de Ribeirão Preto somente se produza após e de acordo com o consenso da audiência.
Os representantes da Prefeita Darcy Vera, no entanto, precisaram da própria Prefeita para resolver a situação, e ela foi até lá.
Com a chegada da Prefeita apresentamos a ela nossa proposta, que ela acatou, naquele momento e perante toda a imprensa, sem delongas. Proto, o protesto cumpriu seu objetivo. Atingimos mais uma vitória!
Agora os coletivos, as entidades, incluindo ai o Ministério Público de São Paulo, irão organizar uma data para a audiência o mais breve possível, informando o Executivo, para sua presença, dessa data.
Esse fato revela duas verdades, ou seja, além da conquista que obtivemos, o poder da cidadania e de como cada um de nós enquanto partícipes da sociedade podemos contribuir para o presente e futuro dessa mesma sociedade, sobretudo, alterando o processo.
Viva a cidadania! Viva ao exercício da cidadania que ensina não só os próprio cidadãos mas os poderes constituídos também.
Raquel Bencsik Montero





Jornal "Tribuna" em 07/07/2012:










Jornal "Gazeta de Ribeirão" em 07/07/2012:






Jornal "A Cidade" em 07/07/2012;












06/07/2012 21h46 - Atualizado em 06/07/2012 21h46

Grupos protestam por revisão na lei de 




resíduos sólidos em Ribeirão, SP


Restrições a catadores de lixo e a uso de tecnologias foram questionadas.
Dárcy Vera (PSD) confirmou audiência pública, mas não definiu data.

Rodolfo TiengoDo G1 Ribeirão e Franca
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O manifestante Reinaldo Romero foi um dos 50 participantes de um protesto em frente à Prefeitura contra a lei de resíduos sólidos em Ribeirão Preto (Foto: Rodolfo Tiengo/ G1)O ambientalista Reinaldo Romero criticou atual lei de resíduos sólidos em Ribeirão (Foto: Rodolfo Tiengo/ G1)
Integrantes de diferentes entidades civis de Ribeirão Preto (SP) protestaram, na tarde desta sexta-feira (6), contra os vetos da prefeita Dárcy Vera (PSD) ao Plano Municipal de Resíduos Sólidos, lei aprovada este ano que estabelece as diretrizes para a destinação do lixo na cidade. Diante do protesto pela revisão do texto sancionado, a chefe do Executivo confirmou uma audiência pública para discutir o assunto, mas não marcou a data.

"As audiências públicas que foram realizadas antes foram uma enganação. Eu participei delas. A Prefeitura dispõe de um corpo técnico e já sabe do destino que deve ser dado a Ribeirão. A cidade libera 600 toneladas de lixo por dia e dispõe de apenas um caminhão de lixo para 14 bairros", disse Reinaldo Romero, 45, ambientalista da ONG Pau-Brasil, criticando a falta de coleta seletiva.
A realização de um novo debate sobre o plano de resíduos foi a principal reivindicação dos manifestantes, que se colocaram contra as restrições da prefeita a emendas apresentadas pelos vereadores à lei 223/12, que obrigavam o município a integrar catadores de lixo e a buscar novas tecnologias para reduzir o impacto ambiental dos resíduos.
Ele foi um dos 50 manifestantes que, após levantarem cartazes e reclamarem dos vetos na Praça Barão do Rio Branco, foram convidados por secretários municipais para discutir a questão no salão nobre da Prefeitura.
Manifestantes foram vestidas com sacos plásticos para pedir mudanças na gestão do lixo na cidade (Foto: Rodolfo Tiengo/ G1)Manifestantes vestiram sacos plásticos para pedir
revisão em lei (Foto: Rodolfo Tiengo/ G1)
A prefeita Dárcy Vera chegou durante a reunião e garantiu que uma audiência pública sobre os problemas ambientais no município será realizada antes da publicação do edital de contratação da empresa que ficará responsável pela limpeza urbana no ano que vem.
"A Prefeitura é obrigada a acatar o que vier da audiência pública", disse Dárcy, que colocou como condições a participação do Ministério Público, da Câmara, do Executivo e das entidades manifestantes.
Vetos do Executivo
Os 18 vetos da prefeita à lei 223/12 foram aprovados pelos vereadores no dia 21 de junho e se referem a emendas enviadas pelos próprios parlamentares ao Plano Municipal de Resíduos Sólidos, aprovado em maio deste ano.
As restrições do Executivo também permitem a contratação de serviços relacionados à limpeza pública pela Prefeitura sem aval da Câmara e limitam a participação de catadores de lixo reciclável informais no plano municipal.