Raquel Montero

Raquel Montero

domingo, 22 de julho de 2012

A verdadeira igualdade




Já viram o céu de Ribeirão Preto hoje? Da periferia à zona sul é o mesmo céu azul lindo! Essa é a verdadeira igualdade...
...a mesma igualdade que proporciona escolas, médicos, hospitais, remédios, faculdades, transporte, moradia, previdência, lazer, cultura, meio ambiente ecologicamente equilibrado, alimentação, vestuário, renda, enfim, todos os direitos sociais existenciais há todos, com as mesmas oportunidades de acesso.
O sucesso em uma carreira, em um trabalho pode se dar de maneiras diferentes para cada pessoa e o dinheiro que cada um irá auferir com seu respectivo trabalho, de acordo com esse sucesso, pode variar muito, com uns ganhando mais e outros menos.
Isso não é indefensável desde que haja as mesmas oportunidades a todas as pessoas. Se todas tiveram as mesmas oportunidades, porém umas se esforçaram mais e por isso tiveram mais sucesso, não há contestação, há merecimento.
Por outro lado se não houver as mesmas oportunidades a todos, a desigualdade de renda e condições há de ser contestada porque atesta a existência de injustiça social e seria mais uma injustiça aceitar silente essa injustiça.
E nesse tom oportunidades iguais significam todas as crianças terem acesso à educação de qualidade, todos os adolescentes terem tido as mesmas condições para prestar o mesmo vestibular para concorrer a uma vaga em universidade pública, todos terem salários que lhe garantam poder usufruir de todos os direitos sociais constitucionais, todos os aposentados poderem realmente se aposentar e não ter que continuar trabalhando para sustentar suas famílias, todos terem segurança pública e assim sucessivamente a todos os demais acessos que caracterizam uma vida digna.
Igualdade de oportunidades deve existir em todos os lugares e para todos, e assim, em Ribeirão Preto também. No entanto, até hoje, 2012, não vimos essa igualdade em Ribeirão. Vimos sim ainda muita desigualdade numa cidade que tem um Produto interno Bruto (PIB) enorme, sendo considerado um dos maiores do Brasil.
Hodiernamente são recorrentes ações civis públicas pleiteando vagas em creches e escolas municipais, ações individuais requerendo medicamentos que não são fornecidos nos postos de saúde de Ribeirão, ações judiciais denunciando erros e negligências médicas, denúncias de ausência de acessibilidade às pessoas com deficiências físicas, notícias confirmadas pela realidade do aumento no número de favelas e déficit de moradia popular conjugadas com denúncias de desocupações forçadas de famílias que moram em favelas, sendo que essas desocupações já ocorreram em condições que desobedeceram totalmente as proteções que estabelece a legislação para as pessoas faveladas.
E tudo isso não precisaria existir, só existindo em razão da má administração pública conduzida pelos anteriores e atuais gestores públicos.
Enquanto o sol nasce e brilha para todos e o céu proporciona um oceano azul sob nossas cabeças atingindo todos sob todos os pontos cardeais, mostrando que todas as pessoas da cidade podem ser abrangidas pelos mesmos benefícios, não podemos aceitar as parcialidades que querem impor porque se a própria natureza nos mostra a igualdade é porque a igualdade é mais do que possível, ela é natural.

Raquel Bencsik Montero

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