Raquel Montero

Raquel Montero

terça-feira, 1 de abril de 2014

Autogestão, emancipação e mais moradias em Serrana


Domingo, 30 de março de 2014, foi um dia muito feliz para Serrana (SP). Foi o dia em que o movimento social de autogestão habitacional que atua na cidade se reuniu para divulgar para todos os participantes do movimento que será assinado o contrato para a construção de moradias populares no município por intermédio do sistema de autogestão habitacional financiado pelo programa Minha Cada Minha Vida - Entidades.
Movimentos sociais de moradia de Ribeirão Preto também estiveram presentes no ato para fortalecer essa iniciativa pioneira na região e que contribui de maneira muito positiva para as cidades e as pessoas que necessitam de moradia.
Autogestão habitacional é um projeto proveniente do programa Minha Casa Minha Vida - Entidades, criado durante o governo Lula, em 2009 e regulamentado em 2013. Tal programa destina verbas federais para construção de moradias populares a serem providas através de entidades criadas pelos próprios futuros moradores das casas. Nesse caso substitui-se o empresário construtor civil, pela entidade social que pode ser formada pelos próprios destinatários das futuras casas ou por outras pessoas nas quais os destinatários das casas podem se aproveitar da existência jurídica e legal da entidade formada por outras pessoas, substituindo-se, assim também, o lucro da empresa pelo valor mais baixo da moradia, já que ai as moradias não serão mais construídas pelas construtoras particulares, mas sim, através da entidade que não tem fins lucrativos, mas sociais.
É mais uma forma de se democratizar o acesso à moradia e de se emancipar os compromissários compradores.  Estes contratam, por eles mesmos, todo o serviço técnico para a construção das moradias, desde o projeto até a execução e entrega da obra. E o dinheiro para remunerar todos esses serviços está dentro da verba federal do programa, o qual serve para financiar a construção das moradias. E nesse financiamento as taxas de juros e outros dispêndios são imensamente menores do que as cobradas pelo empresário que comercializa as casas que constrói.

Portanto, se existe o programa e verbas federais que subsidiam o programa Minha Casa Minha Vida - Entidades, temos que nos apoderar deste benefício para que ele cumpra com a função social para o qual foi criado, isto é, ser um instrumento para contribuir para a democratização do acesso à moradia.

Grande conquista!


Raquel Montero

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