Reportagem sobre a 2º revisão do Plano Diretor de Ribeirão Preto;
Neste mês de outubro
temos várias datas importantes para comemorar; 25 da nossa Constituição
Federal, São Francisco de Assis, 46 anos da morte de Che Guevara, Nossa Senhora
Aparecida. Grandes seres e grandes datas.
Cada data me traz no
pensamento várias lembranças e fatos históricos. E nessa semana, em que
participei de duas reuniões sobre a 2º revisão do Plano Diretor, uma do Grupo
de Trabalho de membros da sociedade civil, em que estou como membro, e outra
realizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Ribeirão Preto, pensei
muito sobre o que disse Che Guevara; "o livre desenvolvimento de cada um é
condição para o livre desenvolvimento de todos". É exatamente isso. É
exatamente assim que deve ser.
Estamos num processo
muito importante para Ribeirão. O Plano Diretor do município, ao lado da Lei
Orgânica da cidade, é uma das mais importantes leis a reger nossas vidas dentro
da cidade. Com base no Plano Diretor serão feitas outras importantes leis do
município; Lei de Diretrizes Orçamentária, Lei Orçamentária Anual e Plano
Plurianual. Portanto, não estamos falando de uma lei de efeitos
insignificantes. Estamos sim falando de uma lei imprescindível e cujas regras
podem ou não trazer mais desenvolvimento para a cidade.
Nesse sentido, quanto
mais debatermos, refletirmos e estudarmos o Plano Diretor, melhor será para
todos nós, moradores de Ribeirão. Temos nós que participarmos de mais essa
esfera de inclusão, fazendo com que, efetivamente, todos sejam incluídos na
cidade, que todos tenham direito à cidade.
Não é uma discussão fácil
e nem simples, principalmente tendo em vista a maneira com que o atual Governo
municipal se preparou e preparou a sociedade para este procedimento. O prazo para
a revisão do Plano Diretor é de 10 anos e o Governo deixou para fazer esta
revisão no último ano desses 10 anos, ou seja, agora. E agora, também quer que
as pessoas, os vereadores e vereadoras, corram para opinar, participar e votar.
Por que deixar para os últimos momentos algo que poderia ter sido feito a pelo
menos dois anos antes e que traria a divulgação, esclarecimento, calma e cautela necessária para análise de
algo tão relevante para Ribeirão?
Essa pergunta ainda nos remete a algo que também
temos que nos esforçar para mudar. Se os problemas continuam os mesmos na gestão
pública, e verificamos na prática há muito tempo que eles são os mesmos, temos
que mudar então as ideias, os projetos, o planejamento ou até mesmo o gestor. Mudar
para melhorar. O que não se pode é continuar assistindo e vivenciado os velhos
problemas.
Sigo estudando este
importante e benéfico instrumento que vai reger nossas vidas por, possivelmente, os próximos
10 anos.
Raquel Montero
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