Raquel Montero

Raquel Montero

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Uma opção de respeito pela vida


Tortilla vegetariana


Ingredientes:
8 batatas
1 pimentão vermelho
1 cebola grande
4 ovos de uma galinha que vive livre de gaiolas, de ter seus bicos serrados, de hormônios, remédios e de qualquer outro sofrimento
salsinha
pimenta (de qualquer espécie)
sal
azeitonas (muitas)


Como fazer;
Corte as batatas em fatias para fritá-las. Após fatiá-las, coloque-as para fritar em óleo já quente.
Também fatie o pimentão, a cebola e as azeitonas e reserve.
Coloque os 04 ovos numa tigela e acrescente o pimentão, a cebola, as azeitonas, o sal, a salsinha e a pimenta. Misture tudo muito bem.
Quando as batatas já estiverem fritas, retire-as do óleo e coloque-as em outra frigideira. Em cima das batatas jogue a mistura dos ovos com os demais ingredientes e deixe cozinhar em fogo baixo. Assim que virar uma omelete, vire para o outro lado a massa que está na frigideira e deixe cozinhar por mais 5 minutos. Após, retire da frigideira e se delicie. Este pode ser o prato principal ou acompanhar o prato principal.

Se os ovos não forem como falei, melhor não fazer e não comer ovo que seja de outra forma, e falando "outra forma" quero dizer "produto de sofrimento".
Eu parei de cozinhar e comer várias opções alimentícias quando tive conhecimento do sofrimento que existe em alguns alimentos derivados dos animais. O ovo é um desses alimentos.
Para que o ovo chegue até nossas casas ou até os restaurantes as galinhas passam por práticas de tortura. Essas práticas, as mais conhecidas, consistem em deixar as galinhas presas em gaiolas tão pequenas que não permitem nem que suas asas se abram. Essas gaiolas ficam em recintos fechados, longe do sol e do ambiente natural. O bico da galinha é serrado para que ela não cisque mais, e assim se habitue a comer a ração desnutrida que lhe é servida nas gaiolas. E com essa ração a galinha não se desenvolve naturalmente, já que a ração é pobre de nutrientes, e é ai que surge lugar para os hormônios de crescimento e antibióticos. Os hormônios fazem com que um pintinho vire um galo ou uma galinha em questão de 3 meses, quando de maneira natural ele demoraria anos para virar o frango que se vende nos açougues.
E assim vive a galinha e o galo. Apesar de ser uma vida curta, de apenas 3 meses, é uma vida de sofrimento e tristeza. E todo esse sofrimento repercute não só nos olhos das aves, mas em tudo que ela produz, os ovos, por conseguinte. Daí aquele que come os ovos assim produzidos, absorve todo esse sofrimento num alimento carregado de dor, tristeza, tortura. Eu tenho certeza que isso tudo não faz mal só para as aves. Eu tenho certeza que todo esse sofrimento é sopesado na digestão daqueles que comem os derivados dessa cadeia perniciosa. Daí a indigestão, problemas de saúde, más sensações, etc. Não tem como ficar bem se aproveitando de uma situação como essa.
E tem mais, os ovos que eu acabei de usar para fazer a tortilla, que são de galinhas criadas livres em um sítio caseiro, não cheiram mal, não impregnam de maneira desagradável o ambiente e aquilo que é tocado pelos ovos comumente comercializados. Essa é mais uma faceta da exteriorização do sofrimento da galinha; o mal cheiro dos ovos. O cheiro desagradável do sofrimento...
Tem ainda os malefícios que as granjas causam ao meio ambiente, na poluição do solo, do ar, dos lençóis freáticos, no desperdício da água, etc.
Se você quiser saber um pouco mais desses malefícios e do estilo de vida vegetariano/vegano, assista o novo documentário da nobre ativista Nina Rosa. Depois do emblemático documentário A carne é fraca, ela fez vários outros de igual qualidade, é o mais recente é A engrenagem, o qual já indico o link aqui http://youtu.be/KmIprNpcd94 e o vídeo abaixo.
Bom apetite e boas reflexões sobre o documentário.
Raquel Bencsik Montero




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