Estamos fazendo publicações específicas sobre os diferentes temas tratados na nossa plataforma de propostas da candidatura a vereadora. Agora publicamos o sétimo tema, "Mobilidade Urbana". E assim, sucessivamente com os demais temas de competência das vereadoras, dos vereadores e do município. Torço que gostem! E qualquer sugestão ou crítica, fique a vontade para nos falar por aqui ou pelo e-mail raquelbmontero@gmail.com
Mobilidade
Urbana
Mais
investimentos em meios de transporte alternativos ao carro. Transporte público
coletivo de qualidade e acessível. Transporte público como direito social.
As cidades, principalmente das grandes metrópoles, como Ribeirão, não
param de crescer. Ao mesmo tempo, a cidade parou... ...parou no trânsito de
carros, que, contraditoriamente foram criados (os carros) para ganharmos mais
tempo na cidade e assim sobrar mais tempo para fazermos mais coisas.
Mas perceba como tudo ficou trocado. Hoje, em muitas cidades, o uso dos
carros faz com que as pessoas percam tempo no trânsito truncado das ruas e
assim, tenham menos tempo para fazer mais coisas. Uma incoerência.
Mas não podia ser outro o resultado da ausência de organização no
trânsito e na mobilidade urbana. Não é de hoje que as políticas públicas se
voltam para o automóvel, e tão somente para ele, restando pouca, ou nada, de
atenção para os demais meios de locomoção que podem ser utilizados nas cidades.
Os carros particulares, que transportam apenas 28% dos paulistanos,
ocupam cerca de 80% do espaço das vias. Enquanto isso, os ônibus de linha e
fretados, que transportam 68% da população, ocupam somente 8% desse espaço.
Esses números só confirmam que, na verdade, a “má vontade” de nossos
gestores sempre se voltou ao transporte coletivo e quem sempre usufruiu de
“tratamento VIP” foram os carros, afinal, o transporte por ônibus em nosso país
sempre foi considerado “coisa de pobre” e, como tal, nunca precisou ser
eficiente, muito menos confortável.
Enquanto não se investe em meios coletivos de transporte e em meios
alternativos aos automotores, se tem uma estrutura capenga nesses meios, sem
investimento e isso se torna um grande estímulo para que as pessoas busquem
carros ou motos, alimentando esse consumo.
Em Ribeirão se paga uma das maiores tarifas do transporte público do
Brasil. Por um lado muita gente lucrando com a precariedade, por outro lado,
muito mais gente ainda sendo prejudicada com a mesma precariedade.
A mobilidade urbana no Brasil não é um problema financeiro. Em 2.012 o
governo Dilma anunciou verba de 32 bilhões para o Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) da mobilidade urbana. O foco para os investimentos é a
construção de metrôs, veículos leves sobre trilhos (VLT) e corredores de ônibus
em cidades que possuem entre 250 mil a 700 mil habitantes.
O orçamento federal de 2.012 já previa uma verba de 2,1 bilhões de reais
para obras de mobilidade urbana. Destes, foram gastos apenas 64,8 milhões até
2013. Daí se conclui que não há ausência de dinheiro para investimento em
mobilidade urbana, mas sim, ausência de prioridades.
E o que fazer então?
Especialistas em tráfego dizem que a saída é grandes investimentos em
transporte público coletivo.
O transporte público coletivo deve contar com todas as comodidades que
atraem as pessoas para o transporte particular, tais como ar condicionado,
rapidez, insulfim no lugar
da cortina, limpeza, número limitado de pessoas por coletivo, de maneira
a não lotá-los. Se o transporte público não oferece as mesmas condições que o
transporte particular, ele perde na disputa. E sustentamos o mesmo
entendimento. E dessa forma propomos;
-
defesa do passe livre para todos, para concretizar o acesso das
pessoas à cidade e, por conseguinte, aos direitos que cada um faz jus, bem
como, como medida indispensável para atrair as pessoas para o transporte
público coletivo;
-
ciclovias com bicicletários espalhados pela cidade e locais de
trabalho preparados com vestiários em que os trabalhadores possam tomar banho,
integram um sistema organizado e sustentável de transitar pela cidade;
-
investimento e prioridade para transporte público coletivo
(ônibus, metrôs, veículos leves sobre trilhos, etc);
-
no tocante à agilidade do transporte público, ela vem com
corredores só para ônibus nas vias e um sistema como o de radiofrequência
utilizada nos pedágios, para que os ônibus não tenham que parar no semáforo
vermelho, isto é, assim que o ônibus estiver se aproximando o sinal
automaticamente ficaria verde para o ônibus passar;
-
respeito e observância a um Plano Municipal de Mobilidade Urbana e
Planos Municipais de Mobilidade Urbana;
-
Conselho Estadual e
Municipais de Mobilidade Urbana;
-
integração das políticas de transporte público e uso e ocupação do
solo;
-
Plano Cicloviário;
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