Raquel Montero

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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Programa Governo nos Bairros volta em 2016

   Depois de não cumprir com o programa em 2012 e matá-lo em 2013, a Prefeita Dárcy Vera ressucita o Governo nos Bairros para 2.016. Ilusão para a população.
   Essa foi minha opinião na entrevista que dei para o jornal A Cidade acerca da atitude da Prefeita; "O sentimento da população com o programa pode ser classificado como “desrespeito”, na avaliação de Raquel Montero, advogada dos representantes do Corpac (Conselhos Regionais de Participação Comunitária) da região Norte.
   “Acho que é um desrespeito. É rir das pessoas e querer iludi-las mais uma vez. Pela experiência que ficou do passado, quando uma porcentagem ínfima de obras foi feita, nada sairá do papel”, diz.


Veja a matéria abaixo na íntegra;



Programa Governo nos Bairros volta em 2016

Projeto interrompido em 2013 tem orçamento próprio para ano que vem


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Arte / A Cidade
Prefeitura reserva R$ 2 milhões para realizar obras indicadas pelos ribeirão-pretanos (Arte / A Cidade)
Depois de dois anos fora do orçamento, o programa Governo nos Bairros é ressuscitado pela administração Dárcy Vera (PSD) para 2016. Pelo menos, na teoria.
Isso porque, para que uma obra seja realizada no município, precisa estar prevista em orçamento. Porém, nem tudo que está previsto no orçamento acaba realizado pela prefeitura.
Questionada sobre a volta do programa, a prefeitura afirma que “está comprometida e trabalha, dentro das possibilidades, para realizar todas as obras ao longo da gestão deste governo” – praças devem ser priorizadas.
Segundo o projeto de lei orçamentária anual (LOA), que está em discussão na Câmara, o governo destinou R$ 2 milhões para o programa em 2016 – último ano do governo de Dárcy.
O valor é apenas 11% dos R$ 18 milhões que foram previstos para o programa em 2012 e 2013 – previstos já que, das 187 obras indicadas pela população em 2011 e 2012, 155 estão pendentes até hoje.
Para o cientista político Fábio Pacano, como o cobertor é curto, ou seja, a verba é pequena diante de tantas pendências, o governo deveria priorizar as obras de relevância social.
“Governar é tomar decisões, é ter coragem, é saber elencar prioridades. Neste caso, a prefeitura levar em consideração a questão do humanismo e fazer as obras que sejam importantes para que as pessoas carentes, principalmente, tenham um cotidiano mais digno”, avaliou Pacano.
Para o especialista, o fracasso do programa só pode ser motivado por má-fé ou incapacidade econômica e política da administração.
“Mesmo que de forma populista, neste programa, a prefeita foi dialogar com a sociedade, que agora quer uma satisfação, ela precisa dar uma resposta”, diz.
Já o especialista em marketing político Yuri Araújo diz que o programa é “muito bom”, mas que o ressurgimento pode causar “desconfiança”.
O sentimento da população com o programa pode ser classificado como “desrespeito”, na avaliação de Raquel Montero, advogada dos representantes do Corpac (Conselhos Regionais de Participação Comunitária) da região Norte.
“Acho que é um desrespeito. É rir das pessoas e querer iludi-las mais uma vez. Pela experiência que ficou do passado, quando uma porcentagem ínfima de obras foi feita, nada sairá do papel”, diz.
A pouca esperança da advogada é compartilhada pelo oposicionista Ricardo Silva (PDT), presidente da CEE (Comissão Especial de Estudos) da Câmara, que analisa e propõe sugestões ao Governo nos Bairros.
Programa é ‘muito bom’
Para o especialista em marketing político Yuri Félix Araújo, o modelo do programa Governo nos Bairros é “muito bom” e estimula o “exercício da cidadania”.
“Sem dúvida, esse programa é muito bom. O que mais precisamos no Brasil é que a população perceba que faz parte do governo, que não é mera coadjuvante e que, ao participar de projetos como este, está exercendo sua cidadania”, enfatizou o especialista.
Entretanto, Araújo lamenta que as finanças da prefeitura tenham inviabilizado seu sucesso. “O problema é que tudo depende de arrecadação”, frisou.
O especialista acredita que o fracasso do Governo nos Bairros coloque em “xeque” a credibilidade do projeto. “A prefeita tinha que zelar pela imagem do programa. Como a prefeitura não teve o planejamento necessário no passado, gera toda uma desconfiança agora e para o futuro”, ressaltou.
Para o especialista, as obras indicadas pela população devem ter prioridade sobre as demais. “A partir do momento em que a prefeita permite que a população participe, tem de atender as necessidades reais dos munícipes”, enfatizou.
O dilema de tirar as indicações do papel em 2016
Presidente da CEE (Comissão Especial de Estudos) da Câmara que analisa e propõe sugestões ao programa Governo nos Bairros, o vereador oposicionista Ricardo Silva (PDT) declarou que, pelo histórico, é difícil acreditar que a volta do projeto saia do papel.
“A esperança é a última que morre, mas o histórico não é bom e nem animador. Espero que o governo reveja sua conduta, vamos cobrar para que a prefeita cumpra tudo o que foi prometido”, ressalta Ricardo.
Apesar de classificar o programa como “maravilhoso”, Ricardo afirma que houve “incapacidade e excesso de politicagem” em sua execução por parte do governo Dárcy Vera (PSD).
A advogada dos representantes do Corpac da região Norte, Raquel Montero, defende que a verba do programa para 2016 deveria somar os R$ 36 milhões previstos em 2012 e 2013.
“Até porque uma parte ínfima foi gasta com as poucas obras que saíram do papel na época”, frisa.
O programa previa R$ 1 milhão por ano para cada uma das 18 sub-regiões em que a cidade foi dividida.
Praças devem ser priorizadas pelo governo
Construção de praças e academias ao ar livre devem ser priorizadas pelo programa Governo nos Bairros, em 2016. “Mais de 55% das obras que precisam ser realizadas são solicitações para construção de praças e academias ao ar livre. Essas obras foram priorizadas e estão programadas no orçamento”, disse a prefeitura por meio de nota.
As demais indicações, segundo o governo, foram separadas de acordo com o investimento. “Estamos buscando parceiras públicas e privadas. Um exemplo disso, que já está em andamento, é a parceria com o RibeirãoShopping para renovação da iluminação e revitalização do Parque das Lagoas do Jardim Nova Aliança”, diz. “O Governo fez levantamento junto à população e trabalha, dentro da viabilidade financeira, para atender as solicitações”, completa.

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