MANIFESTAÇÃO
28/01/2014
- terça-feira - às 16hrs
concentração
na Esplanada do Teatro Pedro II, após, Prefeitura de Ribeirão Preto
Quando um
governo não quer dialogar e insiste em desrespeitar direitos
humanos, é o momento de protestar.
Há alguns
meses estamos esperando que a Prefeitura indique uma área para a
construção de dezenas de moradias populares em Ribeirão Preto. Ela
só precisava indicar a área. O Movimento
Pró Moradia e Cidadania
já conseguiu há tempos a doação, por parte do Governo federal, de
uma grande área para construção de moradias, e a verba será
disponibilizada através de programa Minha
Casa Minha Vida - Entidades. Portanto,
só faltava a Prefeitura indicar uma área para permutar com a área
cedida pelo Governo federal, eis que reivindicamos que as moradias
sejam construídas em locais já contemplados com infraestrutura
necessária para o exercício de direitos. Reuniões foram feitas,
requerimentos protocolados, mas a Prefeita não indicou a área.
Reivindicamos
que o Conselho Municipal de Moradia Popular (CMMP) retomasse suas
reuniões, já que, desde a última reunião, em 27/08/2013, não
houve mais convocações por parte do presidente do CMMP, senhor
Silvio Geraldo Martins Filho.
Sendo o
CMMP uma instância de deliberação de políticas habitacionais para
Ribeirão Preto, a ausência de reuniões impede e retarda as
deliberações e, por conseguinte, prejudica o progresso e execução
das medidas públicas destinadas a tratar da temática habitacional
do município, buscando atender assim ao direito social à moradia de
todas as pessoas. Reuniões foram feitas, requerimentos protocolados,
mas o Presidente do CMMP, que representa o Governo municipal no CMMP,
não convocou reuniões.
Indagamos,
por mais de uma vez, os
motivos pelos quais apenas parte de uma comunidade de favela
localizada ao lado do aeroporto Leite Lopes, favela João
Pessoa, foi
removida para moradias populares e a outra parte (maioria), continua
na favela, sendo que as razões que justificaram a remoção abrangem
toda a comunidade.
A
comunidade João
Pessoa, juntamente
com outro núcleo de favela, a Vila
Brasil, ambas
localizadas no entorno do Aeroporto Leite Lopes, passaram
recentemente pelo processo de congelamento realizado pela Prefeitura
Municipal, conforme portarias 001 e 002 de 12/04/2013, publicadas no
Diário Oficial do Município (DOM) na mesma data, sendo tratadas de
maneira conjunta uma vez que estão na mesma situação de risco.
Em
03/07/2013, foi publicado no DOM, edital de convocação, no qual
eram contemplados moradores da comunidade João
Pessoa
para ocupação dos imóveis construídos pela CDHU, denominados
Ribeirão
Preto I/J.
Contudo, diferentemente do edital de convocação dos moradores da
Vila
Brasil,
em que 121 famílias foram contempladas, apenas 48 famílias da
comunidade João
Pessoa
foram incluídas nesta oportunidade, além de outras 21 famílias que
não fizeram parte do congelamento realizado em abril (DOM
12/04/2013).
Apesar de
ambas as comunidades estarem na mesma situação, a Prefeitura
Municipal contemplou apenas o núcleo da comunidade Vila
Brasil e
parte (minoria) da comunidade João
Pessoa (52
famílias), com
remoção do local e assentamento em conjunto habitacional, e a
maioria (cerca de 80 famílias), permaneceram na favela. Reuniões
foram feitas, requerimentos protocolados, mas a Prefeita não
respondeu à indagação.
Por outro
lado, os removidos para conjunto habitacional recém construído,
aguardam vagas em creches e escolas no novo local em que estão
morando, bairro Jardim Eugênio Mendes Lopes, bem como aguardam mais
transporte público, médicos no Posto de Saúde do bairro, consertos
estruturais nos apartamentos que acabaram de lhes serem entregues e
segurança para reprimir o tráfico de drogas que insiste em fazer do
conjunto habitacional mais um "ponto" de venda. Reuniões
foram feitas com assistente social da Prefeitura e com a Secretária
Municipal da Educação, mas, enfim, o ano letivo começará dia
27/01/2014, e as crianças e jovens da localidade ainda não
conseguiram suas vagas nas escolas do bairro.
Foi muito
desrespeito, muitas ofensas a direitos, muita omissão e má ação
deste Governo municipal, de maneira que, o diálogo e o cumprimento
de deveres foi desprestigiado pelo Governo. E diante de tal
conjuntura uma manifestação se torna imperiosa. Manifestar para
reivindicar, por mais esta via, que os direitos das pessoas sejam
respeitados, e, também, manifestar para denunciar e escancarar como
o Governo Dárcy Vera está tratando os direitos das pessoas,
principalmente dos menos favorecidos financeiramente.
Se você
também fica indignado diante de injustiças, junte-se à
manifestação. Juntos podemos muito mais.
Assinam:
Movimento Pró Moradia e Cidadania; Movimento Social de
Autogestão Habitacional (GAHRP); Núcleo de Assessoria Jurídica
Popular da Faculdade de Direito da USP (NAJURP); Comunidade João
Pessoa; Comunidade “Rua México”; Luciano Marcelino –
Conselheiro do CMMP pelas Associações de Moradores; Paulo Sérgio
Honório – Conselheiro do CMMP pelos Movimentos Sociais
Nenhum comentário:
Postar um comentário