Raquel Montero

Raquel Montero

domingo, 24 de junho de 2012

Policarpo Quaresma




É quase num relance de tempo que a lenda se constrói,
e ao fim dessa modinha termina a saga de um herói.
De cada vã passagem o artista faz sua imagem.
A vida é vaga, mas bela saga que na memória o tempo não destrói,
por isso que essa história virou exemplo de ouro e glória na tela da lembrança.
Lima Barreto deixa acesa a chama da esperança.
O seu romance agora virou poema, virou cinema, e o sonho nunca vai morrer no peito de quem viu o herói do povo do Brasil.

(Música do filme “O triste fim de Policarpo Quaresma”)

Exemplos bons sempre existiu e sempre irá existir, fazendo acreditar que sempre é possível fazer mais e melhor e que as pedras no caminho servem à própria construção. Para quem tem olhos de ver e vontade para fazer, olhe em volta e veja quanta gente boa fazendo tanta coisa boa. O tempo é de trabalho e o pensamento de esperança. Viva!

Raquel Bencsik Montero

2 comentários:

  1. Olá, Raquel! Parabéns pela iniciativa e pelo brilhante post. Sem dúvidas Lima Barreto, além de ter sido grande escritor, foi também um grande homem! Com um pensamento à frente de seu tempo, denunciou através do brilhantismo de suas ideias e de sua escrita, uma sociedade brasileira prostituída por valores estrangeiros em detrimento do nacional. Era o que ele próprio chamava de "imbecilidade triunfante". Que bom que ainda existem pessoas que não pensam e nem se comportam pela "média dos comuns"! Se os que se enquadram fora dessa margem são tachados de loucos, que sejamos então "doidos varridos", mas com uma consciência melhor e mais justa, diferente dessas que o nosso sistema implementa na cabeça e no comportamento doente da humanidade. Como diz o próprio Major Quaresma no filme: "O dever da inteligência deve ser surpreender sempre, meus amigos! Sempre..."

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  2. Olá Farizeu (Farizeu, é seu nome?)!
    Muito obrigada pelo comentário que muito me felicitou.
    Lima Barreto, assim como tantos outros nobres exemplos, onde incluo com muita admiração Graciliano Ramos, foi sagaz escritor que com sensibilidade e sabedoria soube não só transcrever a realidade em forma de romances e dramas, mas, principalmente, tocar a alma humana de maneira a despertá-la ou aprofundá-la para as mazelas e belezas da vida. E nesse sentido, todo leitor que soube captar essa concepção também demonstrou sensibilidade e vontade de transformação, renovação. Mostrou, enfim, vontade de não ser conivente com o que entende errado e injusto, e, ao mesmo tempo, de ser partícipe ou protogonista do que julga ser correto e justo. Assim imaginei ser você, ao ler o que expressou. Acalora-me de o mundo contar com pessoas assim. Não só o parabenizo pelos pensamentos e sentimentos como o agradeço por pensar e sentir assim.

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