Raquel Montero

Raquel Montero

domingo, 3 de junho de 2012

O mundo de Sofia e o aniversário do Régis


O mundo de Sofia é um livro capcioso, com indagações pertinentes que levam a reflexões complexas.
O filme do livro ficou muito bom, mas o livro, propriamente, sempre ganha.
Eu assistir ao filme agora, não foi por acaso. Aliás, não acredito no acaso.
Assistir ao filme me lembrou o livro O mundo de Sofia que li há uns treze anos atrás, quando pedi ao Régis que escolhesse um livro para eu ler, e ele trouxe O mundo de Sofia.
Isso foi bem próximo de quando ele me ensinou a digitar no teclado do computador usando todos os dedos, sem precisar ir numa escola para isso.
E falando em escola, quando eu reclamei da professora de História, que deixou de dar aula para só ficar reclamando da vida, foi ele que procurou pela professora e pela diretora da escola para pedir explicações do comportamento de citada professora, ensinando tanto a mim como àquela professora, que não bastava só ficar reclamando.
Em outra escola, agora a graduação do curso de Direito, foi ele que me ensinou a não ficar na dependência do que os professores falavam, devendo eu mesma pesquisar minhas dúvidas. Ele dizia: lê, lê, lê e me fez acreditar que podemos ser autodidatas.
Nesse tempo também, da faculdade, que foi o tempo em que mais precisei de dinheiro, foi ele que me mostrou que mais importante do que o dinheiro naquele momento, era o saber, e que com a aquisição do saber todo resto, realmente importante, viria.
Com isso renunciei a muitas coisas, pessoais e materiais, que, sinceramente, não foram fáceis, mas, se por um lado renunciei, por outro, ganhei muito, e o tempo decorrente de anos, me mostrou depois que na verdade só ganhei muito.
Ganhei prazer incomensurável do Direito, do social, da advocacia e da compreensão de como tudo isso atrelado pode contribuir para uma vida melhor para todos.
Foi ele também que me alertou para não fazer bobagens injustificáveis, porque isso além de ser tolo poderia prejudicar meu histórico de vida e me impedir de fazer o mais do que justificável, o necessário e relevante.
Foi ele que me apresentou tantas músicas e bandas e me fez perceber a boa música do rock e ai, alguns anos depois, até tentou me ensinar bateria, batendo as baquetas nas almofadas, mas não deu muito certo, não por culpa dele, mas porque eu e o instrumento não ajudamos.
E foi para ele que eu escrevi na minha monografia da graduação do curso de Direito, que tanta influência ele exerceu; “por diversas vezes suas palavras foram como luzes no meu caminho”.
Confirmo, assim, mais uma vez, que o acaso não existe. Assistir O mundo de Sofia agora, no aniversário dele, me fez lembrar de todos esses acontecimentos e pensar que no aniversário dele quem de fato ganha o presente sou eu e todas aquelas pessoas a quem ele pôde e pode contribuir da mesma forma, com suas contundentes e agregadoras intervenções que podem provocar revoluções.
Feliz aniversário meu irmão! Feliz novo ano!
Raquel Bencsik Montero

Um comentário:

  1. Sua fé, sua lealdade, sua alegria e sua simplicidade são contagiantes e, elas sim, estão promovendo revoluções. Você é uma das personagens principais do momento histórico mais vibrante que já vi acontecer em nossa cidade. Por tudo isso, a sua conduta também é fonte de inspiração para mim. Foi sempre um prazer compartilhar contigo o pouco que tenho; fez eu me sentir mais conectado à vida. Obrigado!

    ResponderExcluir