O mundo de Sofia é um livro capcioso, com indagações pertinentes
que levam a reflexões complexas.
O filme do livro ficou
muito bom, mas o livro, propriamente, sempre ganha.
Eu assistir ao filme
agora, não foi por acaso. Aliás, não acredito no acaso.
Assistir ao filme me
lembrou o livro O mundo de Sofia que
li há uns treze anos atrás, quando pedi ao Régis que escolhesse um livro para
eu ler, e ele trouxe O mundo de Sofia.
Isso foi bem próximo de
quando ele me ensinou a digitar no teclado do computador usando todos os dedos,
sem precisar ir numa escola para isso.
E falando em escola,
quando eu reclamei da professora de História, que deixou de dar aula para só
ficar reclamando da vida, foi ele que procurou pela professora e pela diretora
da escola para pedir explicações do comportamento de citada professora,
ensinando tanto a mim como àquela professora, que não bastava só ficar
reclamando.
Em outra escola, agora
a graduação do curso de Direito, foi ele que me ensinou a não ficar na dependência
do que os professores falavam, devendo eu mesma pesquisar minhas dúvidas. Ele dizia:
lê, lê, lê e me fez acreditar que
podemos ser autodidatas.
Nesse tempo também, da
faculdade, que foi o tempo em que mais precisei de dinheiro, foi ele que me
mostrou que mais importante do que o dinheiro naquele momento, era o saber, e
que com a aquisição do saber todo resto, realmente importante, viria.
Com isso renunciei a
muitas coisas, pessoais e materiais, que, sinceramente, não foram fáceis, mas,
se por um lado renunciei, por outro, ganhei muito, e o tempo decorrente de
anos, me mostrou depois que na verdade só ganhei muito.
Ganhei prazer
incomensurável do Direito, do social, da advocacia e da compreensão de como
tudo isso atrelado pode contribuir para uma vida melhor para todos.
Foi ele também que me
alertou para não fazer bobagens injustificáveis, porque isso além de ser tolo
poderia prejudicar meu histórico de vida e me impedir de fazer o mais do que
justificável, o necessário e relevante.
Foi ele que me
apresentou tantas músicas e bandas e me fez perceber a boa música do rock e ai,
alguns anos depois, até tentou me ensinar bateria, batendo as baquetas nas
almofadas, mas não deu muito certo, não por culpa dele, mas porque eu e o
instrumento não ajudamos.
E foi para ele que eu
escrevi na minha monografia da graduação do curso de Direito, que tanta influência
ele exerceu; “por diversas vezes suas
palavras foram como luzes no meu caminho”.
Confirmo, assim, mais
uma vez, que o acaso não existe. Assistir O
mundo de Sofia agora, no aniversário dele, me fez lembrar de todos esses
acontecimentos e pensar que no aniversário dele quem de fato ganha o presente
sou eu e todas aquelas pessoas a quem ele pôde e pode contribuir da mesma
forma, com suas contundentes e agregadoras intervenções que podem provocar
revoluções.
Feliz aniversário meu
irmão! Feliz novo ano!
Raquel Bencsik Montero
Sua fé, sua lealdade, sua alegria e sua simplicidade são contagiantes e, elas sim, estão promovendo revoluções. Você é uma das personagens principais do momento histórico mais vibrante que já vi acontecer em nossa cidade. Por tudo isso, a sua conduta também é fonte de inspiração para mim. Foi sempre um prazer compartilhar contigo o pouco que tenho; fez eu me sentir mais conectado à vida. Obrigado!
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