Fotos: Paulo Honório
Sábado, 08/06/2013, foi
dia de reunião e confraternização com a comunidade que vive na favela João Pessoa, localizada às margens do
Aeroporto Leite Lopes (LL), em Ribeirão Preto.
Fomos fazer um balanço
dos últimos acontecimentos que envolvem esta comunidade. E agora estes acontecimentos se tratam de duas
grandes conquistas que encerram duas grandes etapas complexas, ou seja, as duas
ações civis públicas ajuizadas pelo Ministério Público de São Paulo, sendo uma para impedir a ampliação do aeroporto LL,
dentro do contexto de irregularidades em que os Governos municipal e estadual
querem ampliá-lo, outra para assegurar moradia digna para as quase três centenas
de famílias que vivem nas comunidades de favelas João Pessoa e Vila Brasil,
buscando também assegurar que nenhuma reintegração de posse ocorra no lugar
ocupado por essas famílias enquanto não houver outro lugar, com moradia digna e
todos os demais direitos sociais, para levá-las (veja mais http://raquelbencsikmontero.blogspot.com.br/2013/05/aeroporto-moradia-e-acoes-judiciais.html).
E assim estamos
trabalhando o sonho de moradia digna para todas as pessoas, para que moradia não
seja privilégio de alguns. Para alguns esse sonho é utopia, para nós é
absolutamente realizável. E na caminhada em busca desse sonho, que muitos
consideram utopia, alcançamos muitas conquistas concretas, entre as quais, as já
citadas acima, mas existe ainda uma outra conquista, que se refere a algo que
nenhum juiz poderá tirar e que a ação do tempo poderá destruir. Trata-se do
fortalecimento da comunidade, notadamente dos representantes eleitos pela
comunidade para representá-la neste movimento perante as reuniões e audiências
públicas que tivemos com o Governo e entidades públicas.
Essas mesmas pessoas (cinco),
outrora tão inseguras e inibidas, agora requisitam o microfone nas audiências públicas
para contestar fatos e reivindicar direitos com a segurança daquele que sabe
que o quer e tem a certeza do direito que tem e da absoluta possibilidade de
ter acesso a ele. Isso é a própria colheita do fruto doce que tem origem em raízes
amargas e duras.
E diante de todas essas
conquistas, todas as pedras e obstáculos que encontramos no caminho, que não
foram poucos, transformaram-se em instrumentos de lapidação para nosso próprio
fortalecimento.
A caminhada continua, e
agora, com mais força, seja porque estamos mais fortalecidos, seja porque
conhecemos melhor o caminho. Vamo que vamo!
Raquel Montero
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