Raquel Montero

Raquel Montero

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Resposta da Câmara ao requerimento sobre a CPI da COHAB


A respeito do requerimento protocolado na Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto no dia 03/05/2012 sobre a CPI da COHAB, cuja íntegra do requerimento pode ser visto em postagem deste blog do dia 04/05/2012 sob o título “Requerimento sobre a CPI da COHAB”, a Câmara respondeu prontamente no dia 08/05/2012, consoante imagens da resposta anexadas abaixo.
 Em resumo a Câmara respondeu que não tinha que fornecer as informações solicitadas no requerimento eis que a CPI tem autonomia para agir de acordo com o que julgar necessário e assim não respondeu às perguntas feitas no requerimento, que se traduzem como as informações solicitadas à Câmara.
Que as CPI´s têm autonomia para agirem, é sabido. Isso está na própria lei federal de nº 1.579 de 1.952 , que disciplina as CPI´s.
A Lei nº 1.579/52 diz que as CPI´s podem tomar as providência que julgar necessárias. Ou seja, as providências a serem tomadas pelas CPI´s ficam a critério das próprias CPI´s.
Assim a CPI da COHAB tomou as providências que julgou necessárias e as providências que não tomou foi porque não julgou necessária. E é ai que está a incógnita.
Como a CPI da COHAB não julgou necessárias as providências elencadas no requerimento? Por que a CPI da COHAB não julgou necessário quebrar o sigilo dos dados telefônicos das investigadas no esquema de fraude no sorteio de casas da COHAB? Por que a CPI da COHAB não julgou necessário recorrer da decisão do juiz que negou a quebra do sigilo da comunicações telefônicas das investigadas?
Por parecer tão estranhas essas omissões o requerimento buscou entendê-las antes de julgá-las e por isso possibilitou, com o pedido de informações na Câmara, que os vereadores explicassem suas condutas e seus trabalhos na CPI da COHAB.
Contudo a Câmara não forneceu as explicações solicitadas. Respondeu ao requerimento dentro do prazo legal e motivou porque não forneceu as informações solicitadas, conforme justificativa descrita acima.
Nesse caso como houve motivação da negativa em fornecer as informações solicitadas e como essa motivação está amparada legalmente, não há recurso cabível para a situação.
Agora devemos torcer para que o Ministério Público supra todas essas omissões e que suas investigações venham a exaurir todas as possibilidades na busca da verdade real, de maneira a, ai sim, satisfazer à população que ficou frustrada com a conclusão da CPI da COHAB.
Mas se a CPI agiu legalmente diante do requerimento, democraticamente, já não podemos dizer o mesmo.
Responder ao requerimento seria uma atitude democrática, transparente e pública. Atitude absolutamente coerente à de um agente público.
E não responder as perguntas feitas no requerimento não só descaracterizou uma postura democrática, transparente e pública como corroborou as omissões levantadas no requerimento, eis que se elas não fossem verdadeiras teriam sido categoricamente rechaçadas, com as devidas explicações.
Muito embora fosse melhor que essas omissões não tivessem existido, sabendo delas, não se poderia furtar de denunciá-las. E dessa forma o requerimento cumpriu seu objetivo, qual seja, tornar pública as omissões da CPI da COHAB, para que todos, leigos ou desatentos, tivessem conhecimento do que faltou nos trabalhos da CPI da COHAB, e que, se feitos, poderia ter dado outro desfecho à investigação que, inclusive, foi paga com nosso dinheiro, já que somos nós que remuneramos nossos vereadores.
Os mais interessados no requerimento não éramos nós, povo, mas sim eles, vereadores, notadamente os vereadores que integraram a CPI da COHAB (Senhores Walter Gomes (PR), Evaldo Mendonça (PR), Jorge Parada (PT), Gilberto Abreu (PV), Samuel Zanferdini (PMDB), Bertinho Scandiuzzi (PSDB) e José Carlos de Oliveira (PSD)), uma vez que, ao responder as perguntas do requerimento poderiam ter dado suas explicações a respeito das omissões e estranhezas levantadas no requerimento e, dessa forma, afastar o que se entendeu como falhas da CPI da COHAB.
E a ausência de explicações, como dito, só confirmou a existência injustificada das omissões apontadas e o requerimento, com o valioso trabalho da imprensa, Jornal “A Cidade”, Jornal “Gazeta de Ribeirão”, Jornal “Tribuna” e SBT, publicizou, para conhecimento de todos, essas omissões, que na prática se caracterizam como falhas.
Cumprido o objetivo do requerimento, cumpre agora aos munícipes eleitores de Ribeirão Preto ponderarem sobre esse fato e essas omissões na hora de escolherem seus representantes nas próximas eleições, porque uma mandato eletivo só devemos confiar a quem de fato nos representa e para o povo trabalha.
Desejo boas reflexões e bons votos!
Raquel Bencsik Montero








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