Raquel Montero

Raquel Montero

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Protesto contra criadouro de beagles


Do site "Vista-se" em 21/06/2012








Talvez nunca tenha havido uma menifestação tão grande na história dos direitos dos animais


Em abril, uma miltidão marchou em direção ao criadouro “Green Hill” e indaviu o local, salvando algumas dezenas de cães (veja aqui). Na ocasião, estimou-se que eram mil pessoas na manifestação. Mas, no último sábado (16), os italianos mostraram que realmente não vão parar até que o criadouro seja fechado pelas autoridades. Mais de 10 mil pessoas lotaram as ruas de Roma, vindas de diversas cidades do país em dezenas de ônibus fretados.
A manifestação foi organizada pelo movimento “Ocuppy Green Hill” (www.occupygreenhill.it) e por organizações contra a vivessecção (testes em animais vivos) do país.
Eles querem chamar a atenção do governo para o problema
Os manifestantes declararam para a imprensa que a intenção é chamar a atenção do governo italiano para que acabe com a vivessecção no país. O número surpreendentemente crescente de italianos que estão saindo de casa para gritar em favor dos animais apenas confirma o que diz um grande banner no site do movimento organizador: “Nós somos 99%. 99% da população repudia a vivessecção”.
Sobre o “Green Hill” e os testes em animais
Criadouros de Beagles e de outros animais existem para alimentar a indústria dos testes em animais, que movimenta bilhões de dólares por ano. Os laboratórios fazem testes de produtos químicos nestes animais para marcas de cosméticos e outros produtos conseguirem laudos de que aquele ingrediente ou fórmula não fará mal às pessoas. No entanto, é comprovado que diversos destes testes são desnecessários e ultrapassados. Quem precisa jogar ácido nos olhos de um coelho para saber que vai queimar? Existem testes alternativos que não usam animais e são muito mais eficazes.
Por quê Beagles?
Os cachorros da raça beagle estão entre os preferidos dos laboratórios que fazem testes em animais por seu porte pequeno e por serem muito mansos. Isso facilita o manuseio entre uma tortura e outra.
A chave está na mão do consumidor
Centenas de empresas já deixaram de solicitar testes em animais para averiguar a segurança de seus produtos por pressão de seus consumidores. Se a sociedade diz que não quer a vivessecção, a indústria se adapta. Não havendo mais a demanda de testes por parte das empresas, não há por que existirem criadouros como o “Green Hill”. Faça sua parte, diga às empresas que você não aceita produtos testados em animais, eles buscarão métodos alternativos.
Vídeo da manifestação (Youtube)


domingo, 17 de junho de 2012

Movimento Panelaço em TCC de Pós-Graduação em Jornalismo



Movimento Panelaço foi tema de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Pós-Graduação em Jornalismo de um aluno da Universidade Barão de Mauá de Ribeirão Preto.
A pesquisa analisou a relação entre a mídia e o Movimento Panelaço. Houve a apresentação de um vídeo e após um debate.
O TCC foi apresentado no dia 15/06/2012 às 19hrs na Universidade Barão de Mauá e contou com a presença de integrantes do Movimento Panelaço para debaterem o TCC. Isabela Araújo, José Elias Domingos, Matheus José e eu representamos o Movimento nesse evento, debatendo o tema e respondendo às perguntas dos autores do TCC e das pessoas que assistiram à apresentação. Bruna e Márcio Silva também estavam presentes pelo Movimento.
Esta foi mais uma oportunidade de falar de movimentos sociais, relação do Poder Público com a sociedade, cidadania, representação política, ativismo. Foi também assim, mais uma oportunidade do Panelaço convidar as pessoas para o debate político e o exercício da cidadania.
Raquel Bencsik Montero.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Projeto Meditação


Um dos objetivos da pena, como espécie de sanção penal, é a ressocialização do preso. Objetivo esse que, desde que foi estabelecido, muito pouco conseguiu concretizar. A reincidência comprova isso. Aliás, o que se conseguiu concretizar nesse sentido com a execução da pena em nosso sistema penal, foi por mérito do próprio condenado e não do sistema.

Muito distante está a realidade da execução penal da teoria que prega nossa legislação. A legislação penal tem uma bem elaborada disciplina de direitos e deveres, porém, nossos estabelecimentos penais e demais estruturas condizentes, esvaziam todo esse conteúdo, criando uma nova lei, a “lei do sistema”.

Essa “nova lei”, por sua vez, propicia todas as condições para que o condenado saia do presídio com muito mais chances de reincidir em práticas delituosas. Isso é algo lógico. Não tem como esperar melhora se não se proporciona condições para tanto. Essa lógica, porém, que subjaz a esse sistema tão grotesco, não é a lógica que interessa a muitos e sendo assim, ela é deturpada de maneira a construir um outro culpado, e é nesse momento que nasce o “monstro” do condenado. Este acaba sendo o culpado sozinho pela existência da criminalidade. A família, a sociedade, o Poder Público, estão, nessa ótica vil e dissimulada, “alheias” a esse problema.

A impunidade que há no Brasil está nos altos escalões, e nos nefastos comportamentos do Poder Público, em propiciar e permitir tantas aberrações no sistema, que comumente tem origens na falta de investimentos na educação, na ausência de empregos, exploração do trabalho, patrocínio ao consumo desenfreado e desvinculado de valores, padrões midiáticos que embotam. Isso são crimes contra a vida, os valores, a administração da justiça...

Saindo desses “altos escalões” não há tanta impunidade como divulga a imprensa. Tem dúvida? Visite um presídio então.

Nessa conjuntura, tem-se terreno para a indignação. Indignação que busca a correta aplicação dos postulados legais e morais. Indignação também que é dominada por vários outros sentimentos, dentre eles, a compaixão. Compaixão que faz pensar alguns e lembrar a outros que um indivíduo que se tornou preso, não deixou, por isso, de ser gente, e, como tal, tem direito a uma nova chance. Chance que talvez ele nunca tenha recebido de sua família, da sociedade, do Poder Público.

Nessa sintonia nascem algumas idéias, como foi o caso da meditação nos presídios. A meditação, inclusive, nas experiências que se irá demonstrar, alcançou, com êxito, o objetivo ressocializador da pena.

Em Nova Lima, município próximo a Belo Horizonte, existe um projeto conhecido como APAC que se destina a recuperação de presos. O projeto se baseia em dez princípios: participação da comunidade, recuperação, ajuda, trabalho, religião, assistência jurídica, assistência a saúde, valorização humana, família, trabalho voluntário e mérito.

É um projeto modelo, onde os próprios presos têm a chave da prisão. A disciplina é rigorosa. Têm horário para tudo, trabalham muito e a disciplina é tal que se perderem 5 pontos em 1 mês, o detento é expulso, sem direito a retorno. Para se ter uma idéia, se falar palavrão, perde 1 ponto, se o armário com coisas pessoais estiver levemente desarrumado, perde-se outro ponto. Esse estatuto foi feito pelos próprios presos. O índice de fugas é baixíssimo, porque se fugir não tem direito a retorno. A comida é ótima. Eles têm marcenaria e padaria que fornece pães para as escolas. Todos os funcionários do presídio são voluntários, inclusive a diretora.

Há quatro anos, o CIYMA (Centro Integrado de Yoga, Meditação e Ayurveda) mantém o projeto Yoga e Meditação na Febem no Internato Feminino da Mooca, em São Paulo. Diariamente um grupo de voluntárias visita a unidade e comprova que a prática meditativa leva à melhora do rendimento escolar das internas e a uma postura mais positiva e esperançosa em relação ao futuro.

O monge Dada Maheshvarananda e alguns voluntários da Ananda Marga – organização sócio-espiritual fundada em 1955, na Índia, e estabelecida em mais de 150 países – trabalharam durante dois anos com prisioneiros portadores de AIDS na antiga Casa de Detenção do Carandiru, em São Paulo, e outros quatro na penitenciária José Maria Alckmin, em Ribeirão das Neves, Minas Gerais. O papel do monge e dos voluntários era incentivar os presos a usarem seu tempo de pena para sua transformação pessoal, por meio da meditação. Segundo Dada Maheshvarananda, muitos foram sinceros e alguns realmente mudaram.

No sistema prisional do Rio Grande do Norte, a prática de yoga e meditação nos presídios vêm sendo desenvolvida no Projeto Mente Livre, coordenado pelo professor José Hermógenes de Andrade Filho, 85 anos, natural de Natal, que há mais de 44 anos mora e ministra aulas de yoga no Rio de Janeiro.

Entre as muitas histórias de transformação espiritual que o professor Hermógenes já colhe com este trabalho, está a de Luiz Henrique Gusson Coelho, um dos detentos da Penitenciária de Parnamirim. A vida antes e depois da meditação de Gusson Coelho, que hoje atua ao lado do professor Hermógenes na coordenação do projeto, inspirou o fotógrafo Marcelo Buainain na produção do documentário “Do Lodo ao Lótus”, título que faz uma bela alusão à simbologia da flor de lótus, que como os presidiários, encontram sua chance de desabrochar mesmo em águas turvas e lodosas.

Um pouco mais do trabalho desenvolvido pelo Prof. Hermógenes pode ser visto no endereço: http://www.youtube.com/watch?v=EIG8mfpJFjI

Em Nova Délhi, existe o Complexo Penitenciário de Tihar, que abriga 13 mil detentos, o dobro de sua capacidade oficial e 60% mais gente do que o Carandiru, em São Paulo, chegou a ter. Mas desse inferno surgiu um foco de paz: Tihar criou um programa de meditação voluntária, do qual os presos podem participar em busca de tranquilidade e elevação espiritual. A cada duas semanas, uma ala de um pavilhão é reservada para os retiros, que duram 10 dias e não são nada fáceis. Os presos devem ficar completamente em silêncio e meditar por 8 horas diárias, absolutamente parados, sem mexer nenhum músculo do corpo. É a Vipassana (termo que significa "visão interior"), uma prática milenar do budismo, e um dos tipos de meditação mais difíceis que existem. Cada detento pode fazer o retiro a cada 3 meses, e a maioria dos que começam não para mais.

"A Vipassana nos ajuda a ver as coisas como são. Por isso, acaba ajudando os presos a enxergar a detenção como uma etapa, uma jornada para se tornarem pessoas melhores e verdadeiramente livres", afirma o professor de meditação Satya Narayan Goenka, que teve a idéia de instituir a prática na cadeia. Segundo ele, os presos se tornaram mais calmos, a penitenciária passou a registrar menos incidentes violentos, e a reincidência criminal dos que são soltos também diminuiu. No Brasil, um grupo de praticantes tentam convencer, desde 2008, o governo a implantar a Vipassana nos presídios.

O documentário Tempo de Espera, Tempo de Vipassana (“Doing Time, Doing Vipassana” – India/Israel, 50min), relata essa experiência ocorrida no Presídio de Tihar, Nova Déli, e em diversas prisões da Índia. O documentário demonstra como a prática da meditação silenciosa e da auto-observação pode auxiliar a uma melhor compreensão de si mesmo e da realidade ao seu redor, melhorando a qualidade de nossas vidas e de todos que convivem conosco (vencedor dos Prêmios Golden Spire – Festival Internacional de Cinema de San Francisco, 1998 e Prêmio Finalista Festival de Cinema de Nova York, 1998).

A técnica acabou por levar ao quase aniquilamento da reincidência, corrupção e uso de drogas nos presídios onde está funcionando. Em razão do sucesso imediato, foi estendida aos funcionários do estabelecimento e proporcionou a proliferação de cursos periódicos em uma área especialmente criada para reflexão. A transformação modelar da prisão Tihar, nos últimos 13 anos da experiência, acabou fazendo-a referência para outros presídios indianos.

Alguns países da América Latina, como Argentina, Chile e Uruguai também estão inovando no tratamento de seus presidiários. Com a ajuda de mestres espirituais, várias penitenciárias estão promovendo métodos de meditação e auto-ajuda, para acalmar os presos.

Para os responsáveis pelos presídios o projeto deu mais certo do que o esperado. Eles dizem que desde que começaram as aulas espirituais, os internos se sentem mais tranquilos. Já não brigam com os companheiros, não se incomodam tanto em conviver com outros presos e não têm as reações de antes. Sentem-se mais descansados e estão bem menos agressivos.

Em Buenos Aires, por exemplo, onde começou a idéia, 360 presos em 13 penitenciárias estão praticando meditação. Cada grupo possui no máximo quarenta presos. As aulas duram duas horas, uma vez por semana. Eles praticam técnicas e ensinamentos aprendidos, para, na aula seguinte, liderados pelo instrutor, relatar ao grupo os efeitos que sentiram e os dramas que enfrentam.

Aqui, em Ribeirão Preto, no fórum sobre “Saúde no Sistema Prisional”, ocorrido em 2011 na 12º Subseção da Seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OABRP), em conversa com o Diretor da Penitenciária masculina de Serra Azul e respectivos agentes penitenciários dos presídios 01 e 02 de Serra Azul, bem como com a Diretora da Penitenciária feminina de Rib., a idéia foi muito bem recebida.

Diante da boa receptividade da idéia, das experiências positivas que já ocorreram e vêm ocorrendo com a aplicação da meditação em presídios, da necessidade de alternativas à política criminal e dos efeitos benéficos da meditação que, inclusive, proporcionam os fins almejados pela pena e pela medida sócio-educativa, notadamente a ressocialização do infrator, procurou-se criar um projeto para aplicar a meditação nos estabelecimentos penais de Ribeirão Preto.

Seguiu-se na divulgação da idéia e captação de voluntários (http://www.oabrp.org.br/jornal/edicoes_det.php?cid=15&id=114   http://acervo.folha.com.br/fsp/2011/08/15/15).

Concomitantemente surgiram os voluntários e a solicitação do projeto.

A solicitação do projeto veio do anterior diretor da Fundação Casa de Ribeirão Preto (antiga FEBEM), senhor Roberto Carlos Damásio, que solicitou-me que levasse o projeto para a Fundação Casa. Levamos e o aplicamos, inicialmente aos funcionários da Fundação e, após, aos adolescentes.

E assim iniciou-se o pioneiro “Projeto Meditação” em Ribeirão Preto pretendo proporcionar um estado espiritual de elevação em que o preso e o adolescente infrator tenham condições para melhorar a si mesmo e na sua relação com os outros. Esse é o objetivo do projeto. Esse é o objetivo a que se propõe a meditação, e, assim sendo, atinge-se ao próprio objetivo da pena e da medida sócio-educativa, isto é, a ressocialização do infrator.

Começamos assim, um passo de cada vez e na caminhada seguimos, quiçá, transformando a meditação em instrumento de política pública criminal. Torço para isso.

 Interessados que queiram mais informações ou que queiram participar desse projeto aqui em Ribeirão pode entrar em contato pelo telefone 16-3013-9636, ou, pelo e-mail raquelbencsik@ig.com.br.


         Raquel Bencsik Montero

sábado, 9 de junho de 2012

Meu nome é MEDO


MEU NOME É MEDO


Meu propósito é dominar corações e mentes. Incutir em cada um o medo do outro. Medo de lhe estender a mão, tocar em cumprimento a pele impregnada de bactérias nocivas.
Medo de abrir a porta e receber um intruso ansioso por solidariedade e apoio. Com certeza ele quer arrancar-lhe algum dinheiro ou bem. Pior: quer o seu afeto. Melhor não ceder ao apelo sedutor. Evite o sofrimento, tenha medo de amar.
Quero todos com medo da comunidade, do vizinho, do colega de trabalho. Medo do trânsito caótico, das rodovias assassinas, dos guardas que intimidam e achacam. Medo da rua e do mundo.
Convém trancar-se em casa, fazer-se prisioneiro da fragilidade e da desconfiança. Reforce a segurança das portas com chaves e ferrolhos; cubra as janelas de grades; espalhe alarmes e eletrônicos por todos os cantos.
Faça seu prédio ou condomínio uma penitenciária de luxo, repleta de controles e vigilantes, e na qual o clima de hostilidade reinante desperte, em cada visitante, uma ojeriza ao prazer da amizade.
Tema o Estado e seus tentáculos burocráticos, os pesados impostos que lhe cobra, as forças policiais e os serviços de informação e espionagem. Quem garante que seu telefone não está grampeado? Suas mensagens eletrônicas não são captadas por terceiros?
O mais prudente é evitar ser transparente, sincero, bem humorado. Sua atitude pode ser interpretada como irreverência ou mesmo ameaça ao sistema.
Fuja de quem não se compara a você em classe, renda, cultura e cor da pele; dos olhos invejosos, da cobiça, do abraço de quem pretende enfiar-lhe a faca pelas costas.
Tenha medo da velhice. Ela é prenúncio da morte. Abomine o crescimento aritmético de sua idade. Jamais empregue o termo “velho”; quando muito, admita “idoso”.
Tema a gordura que lhe estufa as carnes, a ruga a despontar no rosto, a celulite na perna, o fio branco no cabelo. É horrível perder a juventude, a esbeltez, o corpo desejado!
Tenha medo da mais terrível inimiga: a morte. Ela se insinua quando você fica doente. Saiba que ninguém está interessado em sua saúde. Em seu bolso, sim. Basta adoecer para verificar como haverão de humilhá-lo os serviços médicos e os planos de saúde.
Não se mova! Por que viajar, abandonar o conforto doméstico e se arriscar num acidente de ônibus, navio ou avião? Nunca se sabe quando, onde e como os terroristas atacarão. Quem diria que numa bucólica ilha da pacífica Noruega o terror provocaria um genocídio?
Meu nome é medo. Acolha-me em sua vida! Sei que perderá a liberdade, a alegria de viver, o prazer de ser feliz. Mas darei a você o que mais anseia: segurança!
Em meus braços, você estará tão seguro quanto um defunto em seu caixão, a quem ninguém jamais poderá infligir nenhum mal, nem mesmo amedrontá-lo.

Frei Betto

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Repercussão do Panelaço de ontem, 05/06/2012 na Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto


Vídeos:

http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/jornal-da-eptv/videos/t/edicoes/v/camara-de-ribeirao-preto-aprova-22-vereadores-para-proxima-legislatura/1980463/




Jornal "Gazeta de Ribeirão" em 06/06/2012:






Jornal "A Cidade" em 06/06/2012:











Jornal "Tribuna" em 06/06/2012:









06/06/2012 - 06h30

Câmara de Ribeirão Preto (SP) aprova 22 

vereadores para 2013


DE RIBEIRÃO PRETO

Em sessão extraordinária relâmpago, a Câmara de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) aprovou na noite desta terça-feira (5) a redução de 27 para 22 cadeiras a partir do ano que vem.
A rapidez na votação, que contou com 17 votos favoráveis e três faltas, aconteceu no momento em que o Movimento Panelaço se preparava para entrar no plenário.
A sessão ordinária desta terça da Câmara começou às 18h e durou aproximadamente 25 minutos. Em menos de cinco minutos, a sessão extraordinária foi aberta e a votação, concluída.
Desta vez, os vereadores não foram os únicos "alvos" dos protestos do Panelaço.
Cerca de 50 integrantes do movimento protestaram também contra a Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
A alegação é que as entidades usaram as 31 mil assinaturas colhidas em abaixo-assinado contra o aumento de cadeiras e fizeram um acordo com o Legislativo.
"O que aconteceu foi traição. O abaixo-assinado era contra o aumento de vereadores, seja de sete ou dois. Nós lamentamos o desfecho da campanha que as entidades promoveram", afirmou a advogada Raquel Bencsick Monteiro, uma das integrantes do movimento.
Depois da votação, o presidente da Câmara, Cícero Gomes da Silva (PMDB), informou que os parlamentares iriam aguardar os representantes das entidades para uma assinatura simbólica da redução de vereadores.
Nenhum representante, no entanto, apareceu na Câmara. A Folha procurou os representantes das entidades, mas ninguém foi encontrado na noite de ontem para comentar o assunto.
A redução de 27 para 22 vereadores foi acertada após reuniões entre as entidades e a Câmara, no mês passado.
Agora, o Panelaço encabeça nova campanha: a não reeleição de nenhum dos atuais vereadores.
No próximo sábado (9), haverá manifestação nas ruas da região central com panfletagem, de acordo com Raquel.



06/06/2012 06h00 - Atualizado em 06/06/2012 06h00

Câmara dribla protesto e cria mais duas 

vagas em Ribeirão Preto, SP

Projeto foi votado minutos antes de manifestantes tomarem plenário.
Votação desagradou população, que pedia 20 vereadores para 2013.

Rodolfo TiengoDo G1 Ribeirão e Franca
Comente agora
Os vereadores de Ribeirão Preto (SP) realizaram uma "votação relâmpago" nesta terça-feira (5) para aprovar o aumento de duas vagas na Câmara a partir de 2013. Ao votar a emenda que muda a Lei Orgânica do Município nos primeiros minutos da sessão extraordinária, os parlamentares se anteciparam ao grupo que organizava um protesto do lado de fora da Casa.
Minutos depois, quando o grupo de manifestantes ocupou as galerias com cartazes e apitos, os legisladores já não estavam no plenário.Após ser aprovado em primeira discussão na semana passada, o texto que aumenta de 20 para 22 o número de vereadores recebeu 17 votos favoráveis. Na mesma noite, os parlamentares ainda realizaram a sessão ordinária, tudo antes das 18h30 - horário habitual do início das votações.
Manifestantes ainda permaneceram por duas horas na Câmara, até que o vereador Giló (PR) retornou à mesa e, sob vaias, encerrou oficialmente a sessão.
Protesto
Os participantes do movimento alegaram que eram favoráveis à fixação das atuais 20 cadeiras, número defendido em uma petição popular que obteve 31 mil assinaturas contra uma decisão tomada em 2010 pela Câmara de aumentar para 27 o número de vagas no Legislativo. O abaixo-assinado resultou na redução do número inicialmente proposto, mas ainda assim não agradou à população.
“Viemos para repudiar, porque fizeram um acordo que nós não pedimos. Isso é traição", disse a aposentada Sandra Maria Vilela, 59 anos, que fantasiada de palhaço integrou o panelaço.
Emenda que fixa 22 vereadores a partir de 2013 foi aprovada minutos antes de manifestantes entrarem na Câmara. (Foto: Rodolfo Tiengo/ G1)Emenda que fixa 22 vereadores foi aprovada antes
de protesto na Câmara. (Foto: Rodolfo Tiengo/ G1)
Outro lado
A justificativa dada pelo vereador André Luiz da Silva (PC do B) sobre a pressa para encerrar as votações previstas nas sessões ordinária e extraordinária foi a falta de assuntos polêmicos na pauta. Segundo ele, a fixação no número de vereadores para 2013 já tinha sido discutida em outras sessões.
EmendaAntes de entrar em vigor, a emenda precisa ser publicada no Diário Oficial do Município até 10 de junho, quando começam as convenções partidárias para definição das candidaturas e coligações para as eleições de outubro.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Panelaço hoje na Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto

Ficou indignado com o que disse o vereador Maurílio Romano (PP)? Ficou indignado com o alto índice de inconstitucionalidade das leis feitas pelos nossos vereadores? Ficou indignado com o aumento no subsídio dos vereadores? Ficou indignado com o aumento no número de vereadores? Ficou indignado com o resultado da CPI da COHAB? Ficou indignado com o resultado da CPI do asfalto? Ficou indignado com onúmero de comissionados na Câmara? Ficou indignado com a quantidade de leis municipais para nomes de ruas? Ficou indignado com a lei de uso, ocupação e parcelamento do solo? 
Então vá hoje na Câmara de Vereadores para manifestar sua indignação ao comportamento de nossos vereadores, mostre que está insatisfeito e quer mudança.

Mostre que você tem voz e vez. Só indignação sem ação, é demagogia sem construção!

PROTESTE! DIVULGUE! AJA! COMPAREÇA! HOJE, CÂMARA, ÁS 18HRS!

Raquel Bencsik Montero


5 de Junho de 2012 às 13:54

‘Panelaço’ deve voltar à Câmara de RP

Vereadores votam hoje o texto final da emenda que fixa o número de cadeiras para a próxima legislatura

Texto: Marcelo Fontes/ Foto: Alfredo Risk


A sessão extraordinária que vai definir o número de vereadores para a próxima Legislatura promete ser ‘quente’. O movimento ‘Panelaço, que ficou conhecido por pressionar a Câmara de Ribeirão Preto pelo aumento dos subsídios, prometeu, através do site de relacionamentos Facebook, que vai comparecer a votação, marcada para esta terça-feira, 5 de junho.

A extraordinária, que vai acontecer imediatamente após a sessão ordinária, será apenas para a votação da redação final da emenda à Lei Orgânica do Município (LOM) que fixa em 22 o número de vagas para a próxima legislatura – a matéria foi aprovada em primeira discussão no dia 24 de maio.

O ‘Panelaço’ queria a manutenção das 20 vagas da atual legislatura e por isso vai promover a manifestação. ‘‘Não legitimamos o acordo de 22 vereadores’’, diz o movimento, via Facebook.

Caso – A Câmara de Ribeirão Preto já tinha definido que a próxima legislatura teria 27 parlamentares – número máximo permitido para cidades com até 750 mil habitantes. Mas manifestações populares e entidades pediram a reabertura do diálogo.

Pressionada, a Câmara achou uma fórmula matemática para propor 22 cadeiras – o número máximo de habitantes (750 mil) foi dividido pelo teto de vagas (27). Depois, multiplica-se o quociente (27,8) pelo número de vereadores escolhido (22). O produto (611,8 mil) precisa coincidir com o total de habitantes de Ribeirão Preto (612 mil).

Impasse – O maior impasse em torno medida é o parágrafo 4º do artigo 6º da Lei Orgânica do Município (LOM), que coloca como prazo máximo para alterar o número de vagas um ano antes da eleição (no caso, 7 de outubro de 2011).

Do dia da primeira votação (24 de maio), houve muita discussão e no final, os vereadores decidiram não altera a LOM e modificaram apenas o ‘caput’ na emenda, trocando o número 27 pelo 22. ‘‘Não podemos suprimir o parágrafo porque ficamos sem regras para definir as vagas das legislaturas seguintes’’, explicou Marcelo Palinkas (PSD), presidente da Comissão de Justiça, à época.






05/06/2012 09h08 - Atualizado em 05/06/2012 09h38

Grupo confirma no Facebook protesto 

na Câmara de Ribeirão Preto

Panelaço será durante sessão que decide aumento de vereadores.
Legislativo faz última votação para ampliar de 20 para 22 parlamentares.

Leandro MataDo G1 Ribeirão e Franca
Comente agora
Movimento do Panelaço faz campanha "Não reeleja" em Ribeirão Preto, SP (Foto: Reprodução EPTV)Movimento do Panelaço faz campanha "Não reeleja" em Ribeirão Preto, SP (Foto: Reprodução EPTV)
O Movimento do Panelaço, que surgiu por meio de redes sociais para protestar contra os vereadores de Ribeirão Preto (SP) confirmou, em sua página no Facebook, mais um protesto na Câmara da cidade na noite desta terça-feira (5). A manifestação é para mostrar que o grupo está descontente com a proposta que será votada de aumentar de 20 para 22 parlamentares a partir da próxima legislatura, em 2013 – o que já foi aprovado pela Casa em primeira discussão.
Panelaço confirma protesto durante sessão contra aumento de vereadores em Ribeirão. (Foto: Reprodução)Panelaço confirma protesto durante sessão contra
aumento de vereadores. (Foto: Reprodução)
O integrante do movimento Jonas Paschoalick diz que o grupo ficou insatisfeito com o acordo firmado entre vereadores e entidades de classe da cidade - Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Comercial e Industrial da cidade (Acirp) e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) - para fixar em 22 parlamentares a partir do ano que vem.

“Vamos só para demonstrar nossa posição, que é contrária. Eles (as entidades de classe) não tem propriedade para fazer este acordo com nossas assinaturas. Não foi só o acordo, depois (da decisão entre entidades e parlamentares) teve uma homenagem, uma rasgação de seda tanto da parte dos vereadores para as entidades quanto da parte das entidades para os vereadores”, afirmou Paschoalick.
Em dezembro de 2010 os vereadores de Ribeirão Preto aprovaram aumentar de 20 para 27 o número de cadeiras na Casa. Desde então, as entidades começaram uma campanha contra o aumento. A ação recolheu 31 mil assinaturas pedindo que o número de cadeiras não passasse das atuais 20.
No mês passado os representantes da OAB, Acirp e Ciesp entregaram o abaixo-assinado na Câmara e se reuniram com os vereadores. No encontro ficou acordado fixar em 22 o número de parlamentares para a próxima legislatura.
Panelaço
O Movimento do Panelaço surgiu para protestar contra o aumento salarial aprovado pelos vereadores de Ribeirão Preto em março. Após sofrer oito protestos do grupo durante sessões, a Câmara da cidade recuou e aprovou em abril um reajuste salarial de 17,93% para a próxima legislatura, em 2013, quando os ordenados passarão de R$ 9,2 mil mensais para R$ 10,95 mil. O aumento é menor do que os cerca de 40% fixados inicialmente, que fariam os vencimentos saltarem para R$ 12,9 mil.
No sábado (2) o grupo voltou a protestar, dessa vez em frente à esplanada do Theatro Pedro II, no Centro da cidade, onde também acontecia a 12ª Feira do Livro. Cerca de 50 membros fizeram planfetagem e estamparam camisetas com a marca da campanha “Não reeleja”, uma alusão pela não reeleição dos atuais 20 parlamentares.