CENTRO ACADÊMICO DE DIREITO DA USP FAZ ATO HISTÓRICO PELA DEMOCRACIA

 / Por Agência Rede PT Ribeirão
Centro Acadêmico de Direito da USP faz ato histórico pela democracia
Evento ocorreu em 11 de abril e reuniu estudantes e professores e representantes da sociedade civil que defendem a democracia e o Estado de Direito
Na noite de 11 de abril, durante cerca de duas horas, o Centro Acadêmico Antonio Junqueira de Azevedo (CAAJA), dos estudantes de Direito da Universidade de São Paulo (USP), de Ribeirão Preto, promoveu um dos maiores atos pela democracia em Ribeirão Preto neste ano. O auditório estava lotado, com 400 a 450 pessoas, e os jovens defenderam a democracia e o Estado de Direito no País, já que o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff será votado em 17 de abril e isso representaria um golpe contra a democracia no Brasil.

“Foi um ato importante, a favor da democracia e do Estado de Direito e convidamos professores e palestrantes da sociedade civil que são contrários ao que estamos vendo no cenário político atual”, disse o secretário do Centro Acadêmico, Lucas Vieira Carvalho. O evento enfocou o aspecto jurídico da questão e os participantes destacaram as deficiências jurídicas do que está acontecendo nas discussões do Congresso Nacional. “A questão política está se sobressaindo sobre a jurídica”, comentou Carvalho, enfatizando que os alunos da Faculdade de Direito da USP tinham mesmo que se posicionar sobre o assunto.
Secretário do Centro Acadêmico, Lucas Vieira Carvalho

“Ribeirão Preto é uma cidade com opiniões mais conservadoras, mas reunimos boa parte da sociedade que congrega com as nossas opiniões, sobre o que está acontecendo”, acrescenta Carvalho. E sobre o processo de impeachment, destacou: “Infelizmente estamos vendo o golpe sendo sustentado pelos meios jurídicos.” Não existe previsão de outro ato dos alunos para os próximos dias, mas o tema poderá voltar a estar em pauta.

Carvalho lembrou que quatro professores de Direito participaram, com falas pontuais ao aspecto jurídico, além de alguns alunos. “Maurício, do 5º ano, falou que muitas pautas estão paradas no Congresso e são ignoradas desde que começou o jogo político”, citou o secretário do CAAJA. “Um juiz da Vara do Trabalho, Marcos Porto, apresentou uma carta em que se declara contrário ao que está ocorrendo e que é subscrita por mais de 200 juízes do trabalho”, emenda Carvalho. Representantes de movimentos sociais também participaram do ato promovido pelos estudantes de Direito da USP.