A
mensagem que quero deixar às minhas iguais neste dia 08 de março, é que o dia
da mulher é todo dia e que o lugar da mulher é onde ela queira estar.
Que
o resgate histórico que os novos tempos estão buscando fazer sobre a
discriminação sofrida pela mulher seja cada vez mais forte, aguerrido e incansável,
do contrário as transformações sociais que queremos ter para uma sociedade mais
justa e mais pacífica, não ocorrerão, porque só com igualdade de fato teremos
igualdade em direitos.
Temos omissões e ações
discriminatórias que fazem com que desde os primórdios até hoje, sejamos
consideradas menos em grau de importância nos diferentes trabalhos, e,
notadamente, em cargos de direção. E com isso nossa participação nesses cargos
ainda é muito pequena e muito menor que de homens, muito embora sejamos mais no
total da população brasileira. A realidade comprova isso, inclusive, os
mandatos eletivos; há apenas dois anos a primeira mulher ocupou espaço na Mesa
Diretora da Câmara dos Deputados; dos 513 parlamentares na Câmara dos
Deputados, somente 46 são deputadas; dos 81 parlamentares no Senado, somente 08
são senadoras; em Ribeirão Preto, dos 22 parlamentares, somente 02 são
vereadoras, Dilma é a primeira Presidenta da República, a Prefeita Dárcy Vera é
a primeira Prefeita de Ribeirão Preto.
Todavia,
quando a disputa ou escolha para um cargo se dá, realmente, por critério de
melhor técnica ou conhecimento, as mulheres, lideram a ocupação nos cargos de
trabalho, exemplo enfático disso ocorre nos concursos públicos.
Em casa, no
trabalho, nos relacionamentos, temos que ocupar o espaço que é da mulher, nem
melhor, nem pior que o do homem, um espaço igual. Todos nós somos uma
individualidade, que coexiste coletivamente sem ter poder e direito de anular o
outro, portanto, a mulher não é substituível, ela é parte da sociedade e a sua
diferença com o homem traz a complementação necessária para que possamos viver
em harmonia em todos os aspectos.
A igualdade
de fato também trará o respeito que está faltando nas relações, e assim não
veremos mais a violência praticada contra a mulher. A cada 05 minutos uma
mulher é espancada no Brasil. Em 70% dos casos o marido ou namorado que bateu
ou matou. Quase 70% das mulheres que procuram atendimento na rede pública de
saúde para curar ferimentos foram agredidas dentro de casa. Toda essa
violência também é resultado da discriminação. Discriminação que temos que
destruir para que tenhamos respeito, igualdade.
Somos todos partícipes da
mesma sociedade, e, desse modo, todos nós colheremos os frutos produzidos
socialmente, sejam eles doces ou amargos. A agressão à uma mulher não é só a
agressão à uma mulher, é a agressão à todo o gênero feminino, aos filhos e às
gerações futuras que geradas com violência terão grande probabilidade de também
reproduzirem violência.
Nenhuma
discriminação pode ter efeito maior do que a vontade por igualdade. As
discriminações que já vi, me deixaram, num primeiro momento, catatônica, após,
me deixaram refletindo, depois, a reflexão me trouxe a indignação e com ela o
ideal de fazer uma outra história. Uma história em que, mulher e homem,
tenham sempre as mesmas chances de serem protagonistas, e que as minhas iguais
sempre reivindiquem pela garantia dessa igualdade.
Raquel
Montero
Nenhum comentário:
Postar um comentário