Essa meta permitirá o
atendimento de mais de 46 milhões de brasileiros que antes não eram atendidos
em regiões onde há escassez ou não existem profissionais, como é o caso das
periferias de grandes cidades e municípios do interior do país.
Como não se faz saúde apenas
com profissionais, estabeleceu-se um equilíbrio nos investimentos onde o
Ministério da Saúde está investindo 15 bilhões até 2014 em hospitais e unidades
básicas de saúde, e mais 5,5 bilhões investidos conjuntamente pelos Ministérios
da Saúde e Educação, para obras de construção e reforma de unidades de
atendimento à saúde.
Até então o Brasil possuía
1,8 médicos por mil habitantes. Esse índice é menor do que em outros países,
como a Argentina (3,2), Uruguai (3,7), Portugal (3,9) e Espanha (4). Além
da carência dos profissionais, o Brasil sofre com uma distribuição desigual de
médicos nas regiões - 22 estados possuem número de médicos abaixo da média
nacional.
E o projeto de levar médicos
para regiões carentes é apenas um aspecto de uma série de medidas estruturantes
para aprimorar a formação médica e diminuir a carência de profissionais médicos
no país.
Também foi estabelecido que
a partir de 1º janeiro de 2015, os alunos que ingressarem na graduação do curso
de Medicina deverão atuar por um período de dois anos em unidades básicas e na
urgência e emergência do SUS.
O chamado “2º ciclo de
Medicina” vai permitir ao estudante trabalhar em contato direto com a
população, ideia inspirada nos modelos que já acontecem em países como
Inglaterra e Suécia, onde os alunos precisam passar por um período de
treinamento em serviço, com um registro provisório, para depois exercer a profissão com o registro definitivo.
A medida valerá para os alunos da rede pública e privada e não dispensa o
estágio obrigatório, em regime de internato, que continuará sendo desenvolvido
no 1º ciclo com carga horária total de 7.200 horas.
Serão abertas 11,5 mil vagas
nos cursos de medicina no país até 2017 e 12 mil vagas para formação de
especialistas até 2020. Desse total, 2.415 novas vagas de graduação já foram
criadas e serão implantadas até o fim de 2014 com foco nas áreas que mais
precisam de profissionais e que possuem a estrutura adequada para a formação
médica.
Na oportunidade de elaboração
e execução do Mais Médicos, Alexandre
Padilha foi o responsável pelo Programa e era o Ministro da Saúde do Governo Dilma, agora ele
está como coordenador de caravana pelo interior paulista para conhecer
mais sobre os desafios que ainda temos que superar nas regiões do Estado de São
Paulo. A caravana iniciou no dia 07 de fevereiro de 2014 na cidade de
Igarapava, seguiu para São Joaquim da Barra e no dia 08 esteve em Ribeirão
Preto, onde Padilha, juntamente com deputados federais e estaduais, o senador Eduardo Suplicy e dirigentes, pôde ouvir as
pessoas e autoridades do interior, e debater com elas sobre os desafios e
oportunidades de cada região.
Como Ministro da Saúde,
Padilha deu vultosa e benéfica contribuição para o sistema de saúde brasileiro,
fazendo com que mais pessoas, das mais distantes e distintas regiões do Brasil possam
ser atendidas por médicos no SUS, e ser atendidas com mais qualidade nas
estruturas dos órgãos de saúde. E conhecendo mais das pessoas e das regiões, e
de mais perto, a probabilidade de Padilha trazer novas contribuições para
projetos de governo, é ainda maior. Por
isso a receptividade aqui em Ribeirão foi com espírito de renovação das forças
para que a vontade de mudar seja maior que as amarras que estão atravancando as
engrenagens do estado mais rico da federação.
Raquel Montero
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