Raquel Montero

Raquel Montero

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Entrevista ao jornal A Cidade

   Na edição de ontem hoje do jornal A Cidade, entrevista que dei contra o golpe, disfarçadamente chamado de impeachment.



11 motivos para não ter impeachment

Movimento pró-Dilma fala em respeito ao resultado das urnas e afirma que presidente não cometeu crime de responsabilidade
    • ACidade ON
    •  
    •  
    • Monize Zampieri
José Cruz/Agência Brasil
A presidente Dilma Rousseff (PT) (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
O processo de impeachment não é e não pode ser político, sustentam especialistas. Um pedido de impeachment só pode existir se houver a existência de pressupostos jurídicos previamente estabelecidos na legislação.
“Qualquer pessoa que tenha o mínimo de conhecimento jurídico sabe que a presidente Dilma em nenhum momento praticou qualquer conduta que configure crime de responsabilidade. Diante da ausência de fundamentos, não há impeachment, nesta circunstância é golpe de estado”, diz a advogada Raquel Montero.
O sociólogo e cientista político Fábio Pacano também aponta falta de legitimidade para o processo. “Considero o governo Dilma muito ruim, mas o impeachment não é justo, principalmente pela questão da legitimidade. O voto popular, por mais errado que seja, tem de ser respeitado. Não me parece justo uma presidente ser julgada por uma corja de corruptos sem que hajam provas contra ela”, opina.
Em último caso, Pacano defende nova eleição para troca geral do governo.

11 motivos para não ter impeachment

Falta de dolo em
atos suspeitos
Apoiadores do governo entendem que, para serem enquadrados como crime de responsabilidade, os atos praticados por Dilma precisariam ser dolosos e com o objetivo claro de atentar contra a Constituição Federal. Neste caso, a suposta omissão da presidente, face a suspeita de irregularidades, não poderia levá-la ao impeachment.
Royalties para
a educação
A presidente Dilma Rousseff defendeu e conseguiu que 75% dos royalties do petróleo e 50% do chamado Fundo Social do Pré-Sal fossem destinados à educação. Para apoiadores do atual governo, Dilma garantiu centenas de bilhões a um setor essencial para o futuro do País.
Reprovação das contas
não é crime
Defensores da presidente Dilma Rousseff afirmam que, mesmo que o Congresso Nacional reprove as contas do governo, como recomendou o TCU (Tribunal de Contas da União), não há motivo suficiente para um processo de impeachment. O TCU é considerado somente um órgão consultivo, e a reprovação das contas ainda não ocorreu no Legislativo.
Dilma foi eleita
democraticamente
Para apoiadores do governo, Dilma deve ser mantida na presidência por ter sido eleita democraticamente nas eleições de 2010 e reeleita em 2014. Na recondução, a presidente teve 51,64% dos votos válidos – 54,5 milhões de votos. O segundo colocado, Aécio Neves (PSDB), teve 48,36% dos votos válidos – 51 milhões. O ex-presidente Lula foi o principal cabo eleitoral de Dilma. 
Brasil sem Miséria beneficia milhões no País
A implantação ou a continuidade de projetos sociais, como PAC, Bolsa Família, Mais Médicos, Prouni, Pronatec e Minha Casa, Minha Vida é suficiente, aos olhos de apoiadores, para que Dilma continue. As gestões petistas teriam tirado o Brasil do Mapa da Fome e reduzido à pobreza por meio do Plano Brasil Sem Miséria.
Mandatos
independentes
Apoiadores de Dilma defendem que os dois mandatos são independentes, embasados em diferentes eleições, e que não pode haver impeachment durante o segundo mandato por crime de responsabilidade – como no caso das pedaladas fiscais – praticado no primeiro. O ato não seria uma punição, mas uma garantia de que, diante de crimes, o mandatário pode perder o cargo. 
Lei anticorrupção
regulamentada
Com o objetivo de punir empresas envolvidas em corrupção, a Lei Anticorrupção foi regulamentada por Dilma em 2015. Para aliados, a presidente combate a corrupção ao transformar em crime o caixa 2 e a lavagem de dinheiro, além de prever confisco e devolução de bens obtidos ilicitamente. 
Contas de 2015 ainda
não foram julgadas
O TCU ainda não analisou representação do Ministério Público de Contas que afirma que o Governo Dilma também realizou pedaladas fiscais em 2015 – após a reeleição da presidente. O argumento é considerado frágil por apoiadores da presidente para abrir um processo de impeachment.
Marco Civil
da Internet 
Criado por lei, em 2014, o Marco Civil regula o uso da Internet no Brasil, por meio da previsão de princípios, garantias, direitos e deveres para quem usa a rede, assim como a determinação de diretrizes para a atuação do Estado. Para os apoiadores do governo, Dilma colocou o País na liderança dos esforços pela liberdade de expressão e pelo combate à espionagem indiscriminada.
Lei da Transparência foi sancionada por Dilma
Denominada Lei da Transparência, a Lei de Acesso à Informação (LAI) foi sancionada pela presidente Dilma com o objetivo de regulamentar o direito constitucional do cidadão ao acesso a informações produzidas ou detidas pelo governo. Apoiadores lembram que Dilma também criou o Portal da Transparência
Comissão da
Verdade
Para aliados, Dilma não deve sofrer impeachment por ter tirado do papel a Comissão da Verdade, cujo objetivo é apurar graves violações de direitos humanos ocorridos durante a ditadura. Até mesmo a ONU (Organização das Nações Unidas) elogiou a proposta de investigar e apurar a verdade sobre o que ocorreu naquela época. Dilma, que chegou a ser torturada na ditadura, não teria cedido à pressão e resistência de antigos torturadores e supostos assassinos. 





sexta-feira, 15 de abril de 2016

Ei, isso é golpe!




Impeachment não é e não pode ser um processo político. Em outras palavras significa dizer que o impeachment não pode se dar por diferenças de opiniões, ideológicas ou político partidárias.


Impeachment é um processo jurídico-político, o que importa em dizer que o pedido de impeachment, por conseguinte, o processo de impeachment e o desfecho que ele pode levar, que é a cassação do mandato de um Chefe do Executivo, de todas as instâncias - federal, estadual ou municipal - mas neste texto vou me ater tão somente à esfera federal, que é a que nos interessa neste momento, enfim, só pode levar à cassação do mandato de um Chefe do Executivo, no caso, Presidente da República, que também é o Chefe de Estado e Chefe de Governo no Presidencialismo, que é o sistema em que vivemos, se houver a existência dos pressupostos jurídicos previamente estabelecidos na legislação como fundamentos para autorizar o desencadeamento válido e legítimo de um processo de impeachment.


Portanto, somente havendo a existência e configuração dos pressupostos jurídicos previamente estabelecidos na legislação pode ocorrer a análise da conveniência da permanência ou não do Chefe do Executivo no mandato que lhe foi outorgado. Por outro lado, se não houver a existência desses pressupostos jurídicos, o impeachment não pode acontecer.


Toda doutrina e jurisprudência são claras e inequívocas sobre isso.


No Brasil os pressupostos jurídicos aludidos estão estabelecidos, nada mais nada menos do que em nossa lei maior, na Constituição Federal (CF) (artigo 85). Esses pressupostos são chamados pela CF de crimes de responsabilidade.


Esses crimes de responsabilidade definem condutas que uma vez praticadas pelo(a) Presidente da República, pode ensejar pedido de impeachment. O texto da CF também é claro e inequívoco na definição dessas condutas que chamou de crimes de responsabilidade.


Pois bem, fazendo uma comparação do texto da CF com o exercício do mandato da Presidenta Dilma verifica-se de maneira clara, flagrante, que, em nenhum momento do exercício do mandato da Presidenta ela praticou quaisquer ou qualquer das condutas previstas como crimes de responsabilidade. Repito, em nenhum momento.


Os pedidos de impeachment feitos contra a Presidenta, e, notadamente, o que está em andamento e análise na Câmara dos Deputados, foi fundamentado na edição de seis decretos que abriram créditos adicionais no orçamento da União, e no inadimplemento da União com o Banco do Brasil em virtude do atraso no pagamento de subvenções econômicas, o que se chama esse último motivo de "pedaladas fiscais". Essas condutas, de forma alguma, caracterizam crimes de responsabilidade.


Os seis decretos sequer já foram analisados pelo Tribunal de Contas da União para dizer se são legais ou não.


Portanto, se não há a existência dos pressupostos jurídicos que fundamentam o pedido de impeachment, não há fundamento legal, jurídico e constitucional para o impeachment, de maneira que ele não pode acontecer, sequer pode ser chamado de impeachment o que está ocorrendo na Câmara dos Deputados, porque impeachment, se preenchido seus pressupostos jurídicos, tem base legal, é válido e legítimo, por outro lado, se não ocorrer seus pressupostos jurídicos qualquer tentativa ou insistência em cassar o mandato da Presidenta é ilegítima, inválida e nula, é um golpe e não um impeachment, porque golpe vem exatamente da ausência de fundamento legal e jurídico.


É exatamente o que está acontecendo no Brasil neste momento, um golpe de Estado.


E não é um golpe contra a Presidenta Dilma, é um golpe a tudo que ela representa. E ela representa uma eleição legitimamente realizada em 2014, que a elegeu Presidenta do Brasil. Ela representa o voto dos milhões de brasileiros e brasileiras que foram nas urnas depositar seu voto e escolheram Dilma como a Presidenta do Brasil. Foram mais de 54 milhões de brasileiros que a escolheram como Presidenta do Brasil. Ela representa a soberania popular, uma vez que o voto é expressão do poder do povo, e a mesma CF que estabelece o impeachment também estabelece que todo o poder emana do povo, e esse poder tem que ser respeitado sempre. Ela representa a democracia porque o voto se dá através do exercício da democracia.


É contra tudo isso que os golpistas querem dar um golpe. Um golpe ao povo brasileiro e aos seus valores mais caros; a democracia e a soberania popular.


Em resumo o que está acontecendo hoje no Brasil é uma tentativa de golpe para cassar o mandato da Presidenta da República para tentar impor de maneira ilegítima (toda imposição numa democracia é ilegítima) uma vontade que não foi conseguida de maneira legítima e democrática nas urnas em 2014. É exatamente isso que está acontecendo no Brasil agora.



Raquel Montero

CENTRO ACADÊMICO DE DIREITO DA USP FAZ ATO HISTÓRICO PELA DEMOCRACIA

NOTÍCIAS
MOVIMENTOS

CENTRO ACADÊMICO DE DIREITO DA USP FAZ ATO HISTÓRICO PELA DEMOCRACIA

 / Por Agência Rede PT Ribeirão
Centro Acadêmico de Direito da USP faz ato histórico pela democracia
Evento ocorreu em 11 de abril e reuniu estudantes e professores e representantes da sociedade civil que defendem a democracia e o Estado de Direito
Na noite de 11 de abril, durante cerca de duas horas, o Centro Acadêmico Antonio Junqueira de Azevedo (CAAJA), dos estudantes de Direito da Universidade de São Paulo (USP), de Ribeirão Preto, promoveu um dos maiores atos pela democracia em Ribeirão Preto neste ano. O auditório estava lotado, com 400 a 450 pessoas, e os jovens defenderam a democracia e o Estado de Direito no País, já que o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff será votado em 17 de abril e isso representaria um golpe contra a democracia no Brasil.

“Foi um ato importante, a favor da democracia e do Estado de Direito e convidamos professores e palestrantes da sociedade civil que são contrários ao que estamos vendo no cenário político atual”, disse o secretário do Centro Acadêmico, Lucas Vieira Carvalho. O evento enfocou o aspecto jurídico da questão e os participantes destacaram as deficiências jurídicas do que está acontecendo nas discussões do Congresso Nacional. “A questão política está se sobressaindo sobre a jurídica”, comentou Carvalho, enfatizando que os alunos da Faculdade de Direito da USP tinham mesmo que se posicionar sobre o assunto.
Secretário do Centro Acadêmico, Lucas Vieira Carvalho

“Ribeirão Preto é uma cidade com opiniões mais conservadoras, mas reunimos boa parte da sociedade que congrega com as nossas opiniões, sobre o que está acontecendo”, acrescenta Carvalho. E sobre o processo de impeachment, destacou: “Infelizmente estamos vendo o golpe sendo sustentado pelos meios jurídicos.” Não existe previsão de outro ato dos alunos para os próximos dias, mas o tema poderá voltar a estar em pauta.

Carvalho lembrou que quatro professores de Direito participaram, com falas pontuais ao aspecto jurídico, além de alguns alunos. “Maurício, do 5º ano, falou que muitas pautas estão paradas no Congresso e são ignoradas desde que começou o jogo político”, citou o secretário do CAAJA. “Um juiz da Vara do Trabalho, Marcos Porto, apresentou uma carta em que se declara contrário ao que está ocorrendo e que é subscrita por mais de 200 juízes do trabalho”, emenda Carvalho. Representantes de movimentos sociais também participaram do ato promovido pelos estudantes de Direito da USP.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

2012... ...panelaços contra o aumento abusivo no subsídio dos vereadores




Em março de 2012, sem muita divulgação e debate com a população, os vereadores de Ribeirão aumentaram seus subsídios em 39,8%. Toda a cidade ficou indignada e da indignação de muitos nasceram ações. Daquele fato muitas pessoas se juntaram para protestar na Câmara contra o aumento e pedir sua revogação. Nasceu um movimento em torno do fato e nas divulgações dos protestos que organizávamos passávamos a pedir que as pessoas levassem suas panelas para fazermos um panelaço na Câmara de Vereadores. Assim foi criado o Movimento Panelaço. Pessoas que se uniram para protestarem juntas contra o aumento abusivo praticado pelos vereadores em seus próprios subsídios. Em toda a sessão da Câmara, terça e quinta, estávamos lá, buscando a revogação do abuso. Lotávamos o plenário da Câmara com pessoas, faixas, apitos, cartolinas e nariz de palhaço e, acima de tudo, com a força da cidadania. Era a unidade de propósitos que criou uma voz muito forte, ecoando até mesmo pela região, contribuindo para que outros panelaços nascessem em outras cidades para protestar contra o mesmo fato praticado em outras cidades. Vivemos a sinergia cantada por Chico Science, "a gente se organizando podia desorganizar". Nos organizamos de maneira muito coesa e respeitosa, e por assim ser, muito bonita, para desorganizar o sistema arbitrário imposto por alguns.



sexta-feira, 8 de abril de 2016

Lei Maria da Penha, 10 anos depois

Abaixo, depoimento que dei ao Blog do Galeno sobre a Lei Maria da Penha;


Lei Maria da Penha, 10 anos depois

Tão só a existência da Lei Maria da Penha não vai fazer com que as agressões às mulheres acabem. É preciso que cada um de nós, como cidadãos e autoridades, façamos a nossa parte na denúncia e no apoio
07/04/2016
Em 2013, foi concluída e entregue à Presidenta Dilma a pesquisa do Senado com a série histórica sobre violência doméstica e familiar contra a mulher. A pesquisa revela que, apesar de os últimos anos terem apresentado mudanças positivas, há um longo caminho a seguir no combate à violência contra as mulheres.
Com a pesquisa foi possível estimar que 700 mil brasileiras continuam sofrendo agressões, principalmente de seus companheiros, e que 13 milhões e 500 mil de nossas mulheres, correspondentes a 19% da população feminina acima de 16 anos, já foram vítimas de algum tipo de agressão.
Este ano comemoramos 10 anos da lei conhecida como Maria da Penha. E apesar da proteção trazida pela lei em suas normas, 63% das entrevistadas na pesquisa avaliam que a violência contra as mulheres tem aumentado. O que, talvez, não represente uma contradição, tendo em vista que com as normas protetivas trazidas pela lei, as mulheres que outrora já sofriam violência doméstica e familiar mas não denunciavam, passaram a denunciar com o respaldo da Lei Maria da Penha, ou seja, a violência que sempre existiu só que não era denunciada.
Contudo, o medo ainda é grande inibidor das denúncias de agressões. Na sequência, vem a dependência financeira, mais presente, salienta-se, entre mulheres de melhor condição financeira.
Durante os anos que trabalhei na Defensoria Pública de São Paulo, na regional de Ribeirão Preto, presenciei e atendi algumas das mulheres que integram esses números. Testemunhei que a dificuldade maior sempre foi a denúncia e o que fazer depois dela, principalmente diante da baixa condição financeira das mulheres que lá atendi. O segundo grande desafio, após o primeiro que foi a denúncia, era fazer com que a Lei Maria da Penha fosse cumprida pelas delegacias de polícia com a tomada das providências para proteger a mulher e na maioria das vezes, também os filhos.
Nesses atendimentos era necessário antes de tudo transmitir o apoio emocional que essas mulheres estão precisando numa situação tão delicada e torturante. Agir com o coração e transmitir apoio era como dar voz e força para a mulher registrar a denúncia.
Tão só a existência da Lei Maria da Penha não vai fazer com que as agressões às mulheres acabem. É preciso que cada um de nós, como cidadãos e autoridades, façamos a nossa parte na denúncia e no apoio. É dever da sociedade banir com a agressão doméstica e familiar contra a mulher. Reconhecer as agressões, muitas vezes veladas, e denunciá-las, é a única maneira de superá-las.

Raquel Montero


Advogada e membro do Coletivo de Mulheres para a Moradia. Escreve no Blog do Galeno Ribeirão a cada 15 dias.



quinta-feira, 7 de abril de 2016

2012... ...manifestações sobre o massacre em Pinheirinho



Foi em um domingo. As quase 6.000 mil pessoas que moravam na favela conhecida como "Pinheirinho" em São José dos Campos (SP), diferente de outros dias, amanheceram sob as trevas, sem nenhum exagero. Naquele dia uma liminar de reintegração de posse foi cumprida para retirar 6.000 mil pessoas de uma terra.  Havia possibilidade de se resolver a questão de maneira pacífica e consensual, que, inclusive, atenderia ao direito de todos os envolvidos, porém, o governo municipal e estadual optaram pela violência e truculência.

E assim a reintegração de posse ocorreu em total afronta à várias leis, inclusive à nossa lei maior, a Constituição Federal. O Judiciário, desrespeitando a lei e anteriores decisões judiciais favoráveis às famílias do Pinheirinho, determinou a reintegração de posse com o uso da Polícia Militar para o que fosse necessário. O que aconteceu ali foram situações deploráveis de violência, injustiça e desrespeito.

Desde então, pelo Brasil, e cito aqui Ribeirão também, pessoas se uniram e se articularam para que violências como a de "Pinheirinho" nunca mais aconteçam em favela alguma.  Aqui em Ribeirão fizemos manifestações na rua (http://youtu.be/r_hSDMFefbs), publicamos na imprensa um manifesto e conseguimos  com que os vereadores aprovassem uma moção de repúdio ao ato que foi enviada ao Governador Geraldo Alckmin.


Raquel Montero