Foto: Reprodução/Agência Brasil
Durante todo o século XX e início do século XXI as lutas
pela igualdade de gênero, étnico-racial e pelo respeito à diversidade têm sido
constantes. Todavia, o predomínio de atitudes discriminatórias, em todas as
sociedades, ainda é uma realidade tão persistente quanto naturalizada.
O Brasil tem conquistado importantes resultados nesses
temas, dentre os quais destaco;
- no Estado de São Paulo, lei estadual que pune
administrativamente a homofobia (em 2001);
- a União possibilitou cirurgia para mudança de sexo pelo
Sistema Único de Saúde (SUS) (em 2008);
- jurisprudências favoráveis a adoção por homossexuais;
- direito ao nome social por travestis e transexuais
(2010);
- inclusão do companheiro na declaração de imposto de renda
como dependente, após parecer favorável da Procuradoria Geral da Fazenda
Nacional (2010);
- decreto federal passou a garantir o direito de casais homossexuais
receberem pensão do INSS pela morte de seu companheiro(a) (2010);
- reconhecimento da união estável para casais homossexuais
(2011);
- registro em cartório de união estável entre casais
homossexuais (2011);
- nome do cônjuge de casal homossexual na identidade
militar após o Ministro da Defesa intervir na Marinha (2012);
- licença maternidade a pai adotivo de casal homossexual,
concedida pelo INSS (2012);
- crime de homofobia que tramita no Congresso Nacional;
- casamento civil entre homossexuais e conversão de união
estável entre homossexuais em casamento por resolução do Conselho Nacional de
Justiça (2013).
No entanto, há ainda muito a ser conquistado e melhorado.
As discriminações de gênero, étnico-racial e por orientação sexual, são
produzidas e reproduzidas em todos os espaços da vida social brasileira.
Só leis não bastam para transformar mentalidades e aperfeiçoar
culturas, é preciso ações que promovam a
discussão desses temas, motivem a reflexão individual e coletiva e contribuam
para a superação e eliminação de qualquer tratamento preconceituoso.
Intervenções que propiciem debates que, por sua vez, promovam reflexão são
fundamentais para ampliar a compreensão e fortalecer a ação de combate à
discriminação e ao preconceito.
Precisamos, portanto, ir além da promoção de uma atitude
apenas tolerante para com a diferença. Precisamos fazer com que as pessoas
entendam o caráter vital da diferença.
È com as diferenças que nos completamos, assim como um grande
quebra-cabeça, onde cada peça complementa outra e todas juntas formam um todo
harmônico.
Raquel Montero
Nenhum comentário:
Postar um comentário