Raquel Montero

Raquel Montero

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Ato em defesa da democracia e de Lula




Enquanto a decisão parcial do judiciário era tomada no Tribunal Regional Federal da 4º Região de Porto Alegre, sobre o processo sem provas contra o ex-presidente Lula nesta quarta-feira (24), multidões se reuniam em todas as capitais de todos os estados, e, principalmente, em Porto Alegre. Em São Paulo uma multidão se reuniu na Praça da República, no centro da capital. Eu também fui para lá.

Pessoas das mais diferentes profissões, estudantes, militantes de movimentos sociais e de sindicatos, representantes de diversos partidos políticos e pessoas que defendem a democracia compareceram em peso.

Estiveram presentes lideranças do PT, como a presidenta do partido, Gleisi Hoffmann, a senadora Fátima Bezerra, o senador Lindbergh Farias, a deputada Maria do Rosário, os deputados Paulo PimentaPaulo TeixeiraZeca DirceuReginaldo LopesJosé GuimarãesArlindo ChinagliaNilto Tatto, o vereador Eduardo Suplicy, entre outras lideranças de outros partidos.

Foram mais de 50 mil pessoas, lotando a região central da cidade. A divulgação da decisão de manter a condenação do ex-presidente nem de perto abalou os manifestantes, que estavam firmes no apoio a Lula. Após o ato na Praça da República fizemos uma passeata pelas ruas da capital.

O ex-presidente foi o último a falar na Praça da República, antes do ato seguir rumo à Avenida Paulista, onde terminou de maneira pacífica.
Ele começou afirmando que o ato era primeiramente em defesa da soberania nacional. “Eu nunca tive nenhuma ilusão com a decisão do Moro. Nem com a decisão dos desembargadores. Porque houve um pacto entre a imprensa e o poder judiciário para acabar com o PT”.
“Eles não suportavam mais o aumento da escolaridade. Eles não suportavam um programa que mandava 100 mil jovens para o exterior. Eles não suportavam mais o aumentos dos créditos para ajudar os mais pobres a comprar casa”, afirmou o ex-presidente.
A senadora e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que pela manhã participou do ato em Porto Alegre, foi até São Paulo e afirmou aos manifestantes que a Constituição tem sido rasgada e desrespeitada. “Porque a constituição foi um marco na história do Brasil e nela dizia que a democracia seria decidida no voto popular direto. Os direitos de defesa, direitos humanos, isso tudo não está valendo desde o impeachment.”

Gleisi citou a volta do Brasil ao Mapa da Fome e os cortes em programas sociais, afirmando que “essa gente não tem nenhum respeito ao povo brasileiro, governa para uma elite que tem dinheiro. Essa é uma sentença corporativa, de proteção de Sérgio Moro. Eles disseram que a gente deu tom político ao processo. Quem deu foram eles.”

“Estamos num momento histórico deste país”, ressaltou a presidenta do PT. “Eu acho que só temos um caminho: reagir firmemente, defender a democracia e defender o Lula. Nós não aceitamos esta sentença. É uma sentença com visão de classe. A coisa mais importante que temos na nossa democracia é o voto popular, e eles querem impedir o voto.”
“É impedir que milhões de brasileiras e brasileiros tenham o direito de votar em quem eles já mostraram que querem como presidente. Três desembargadores não podem decidir sobre a vida deste país. Se eles levantarem o tom nós vamos levantar. Se eles trucaram nós vamos aceitar, mas vamos para cima. Este país não é uma republiqueta de bananas."

Raquel Montero

Com as informações; site do PT nacional (www.pt.org.br)



Fotos: Ricardo Stuckert



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