Raquel Montero

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quinta-feira, 3 de julho de 2014

Ribeirão Preto lança mais de 20 candidatos às urnas

Ribeirão Preto lança mais de 20 candidatos às urnas

Dos postulantes divulgados oito concorrerão a federal e 13 a estadual

30/06/2014 - 23:35
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Com 430,1 mil eleitores, Ribeirão Preto tem mais de 20 candidatos a deputado nas eleições de outubro. 
Um dia após o fim das convenções partidárias, as legendas dão início à divulgação dos nomes que disputarão uma cadeira na Assembleia Legislativa ou na Câmara dos Deputados.
Dos 21 nomes já anunciados no município, três buscarão a reeleição, nove tentarão alçar novos voos e outros nove estreiam ou insistem na briga pelos votos dos eleitores de Ribeirão Preto e região.
Dentre os nove candidatos que tentarão “subir de degrau” estão oito vereadores e um deputado. Após três mandatos na Assembleia, Baleia Rossi (PMDB) concorrerá pela primeira vez a uma cadeira de federal.
A mudança provocará uma briga entre os maiores caciques da política local: Baleia e Duarte Nogueira (PSDB), que buscará à reeleição pela segunda vez. Como ambos dirigem a executiva estadual de seus respectivos partidos, o duelo deve ultrapassar os limites das cidades da região.
Vereadores
Já entre os oito vereadores candidatos, dois são novatos - Ricardo Silva (PDT) e Rodrigo Simões (PP) exercem hoje o primeiro mandato - e seis são veteranos.
Já o vereador Léo Oliveira (PMDB), que foi deputado estadual por dois mandatos consecutivos, é a maior “preocupação” de Rafael Silva (PDT) e Welson Gasparini (PSDB), que tentarão mais uma reeleição.
O peemedebista, que tem um programa de TV, teve mais de 87,6 mil votos nas eleições de 2010 ficando como primeiro suplente na Câmara dos Deputados.
Porém, desta vez, Léo disputará uma vaga de estadual para favorecer Baleia na briga para federal.
Baleia e Nogueira, no entanto, já têm como “dor de cabeça” da candidatura de Ricardo, que foi o vereador mais votado em Ribeirão, nas eleições de 2012.
O pedetista ainda fará dobradinha com o pai, o deputado Rafael Silva, que está na Assembleia há cinco mandatos e que tem forte trabalho na região junto a entidades assistenciais.
Dentre os candidatos que não ocupam cargo político estão advogados, empresários, psicóloga, professor e juiz aposentado.
João Gandini (PSB) e Emilson Roveri (PSOL) concorreram à Prefeitura de Ribeirão Preto nas urnas de 2012, mas foram derrotados no primeiro turno. Na época, Gandini estava no PT.
Infográficos / A Cidade

Dárcy se livra de gesso e de saia justa
O PSD de Gilberto Kassab foi o último partido político a promover convenção partidária - a reunião ocorreu na tarde desta segunda-feira (30).
Entretanto, a demora resultou em alívio para a prefeita Dárcy Vera (PSD) que pela primeira vez estará livre de gesso e de saia justa.
Ao fechar aliança com o PMDB de Baleia Rossi, que tem como candidato ao Governo do Estado o empresário Paulo Skaf, o PSD deixará de dividir palanque com o PSDB de Duarte Nogueira, que lançou candidatura do governador Geraldo Alckmin à reeleição.
Crítica a gestão Alckmin, Dárcy poderá fazer campanha contra os tucanos no Estado e ainda, sem nenhum constrangimento, a favor da presidente Dilma Rousseff (PT), que buscará à reeleição em outubro.
O apoio à Dilma foi acordado em 2012, quando o PT apoiou Dárcy no segundo turno das urnas municipais.
Sem perder tempo, a prefeita divulgou nota ácida nesta segunda: “Está na hora de o Estado de São Paulo inovar”.
Renovação é uma cartada
Boa parte dos candidatos que estreiam na disputa ou dos que tentam alçar novo voo está afinada no discurso da “renovação”.
Maurício Lodi (PV), por exemplo, diz ter decidido disputar pela primeira vez diante do descontentamento com a maior parte dos atuais políticos do país.
Outra parcela desses postulantes ainda está alinhada na crítica aos candidatos que, em tese, não têm chance de serem eleitos.
É o caso de Léo Oliveira (PMDB), que avalia que esses candidatos prestam um desserviço à sociedade, já que com a grande divisão de votos poucos são eleitos.
Segundo o cientista político Maximiliano Martin Vicente, muitos partidos obrigam seus quadros a concorrer para colocarem a sigla em evidência ou ajudarem os principais nomes.
Porém, para Vicente, há principalmente o caso dos que se candidatam pensando em eleições futuras, como a vereança em 2016.
PSDB e PT dão início a guerra no Estado de SP
A campanha só é permitida pela Justiça Eleitoral, a partir do próximo domingo, dia 6 de julho. Entretanto, PSDB e PT já deram início à “guerra” pelos votos no Estado de São Paulo.
Nesta segunda, o PT Estadual divulgou nota anunciando que moveria uma representação contra o PSDB e o governador Geraldo Alckmin por propaganda antecipada. A campanha do tucano teria colocado no ar site do candidato, segundo a acusação.
Já o PSDB Estadual divulgou nota domingo, frisando ter sido surpreendido com cartazes colocados na convenção estadual do PTB, que uniam a imagem de Aécio Neves - candidato tucano à presidência - à slogan semelhante ao do governo federal: “País rico é País sem pobreza.” A nota ainda destacou o respeito do PSDB à Legislação Eleitoral.

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