Jornal Tribuna, em março de 2012.
A força do argumento e não o argumento da força. Foi assim
que fomos tentando fazer com que a CPI da COHAB, instalada em novembro de 2011,
tivesse uma vida útil. Primeiro foram os esforços para instaurá-la, diante da
resistência dos vereadores da base governista. Após conseguirmos instaurá-la,
mediante mobilizações sociais que organizamos, nos esforçamos para que de fato
a CPI apurasse a denúncia de suposto esquema de fraude
no sorteio de casas populares promovido
pela Prefeita Dárcy Vera. Ai nos deparamos com mais obstáculos ainda. Chegaram
ao absurdo de dizer que a CPI não podia quebrar o sigilo de dados telefônicos e
bancário das pessoas investigadas. E para contestar tal afirmação enviei e-mail
para a imprensa informando de tal possibilidade com base na lei, em juristas e
jurisprudências, o que fez com que a imprensa indagasse os vereadores membros
da CPI, e assim, os mesmos se retrataram admitindo tal possibilidade. Protestamos
quando a CPI só ficou com membros da base governista, não tendo mais nenhum
vereador de oposição a compondo. Protestamos para que a CPI ouvisse as
testemunhas indicadas pelos vereadores de oposição, e que não estavam sendo
ouvidas pelos vereadores da base governista. Foi uma série de contestações para
que a CPI caminhasse. E foi satisfatório ver ela caminhar tendo que dar
resposta à essas contestações e mostrando ainda mais para a
população sua resistência em não querer caminhar.
Raquel Montero
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