Raquel Montero

Raquel Montero

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Defensor Público Jairo Salvador fala sobre o massacre em Pinheirinho




Por Raquel Bencsik Montero

O Defensor Público Jairo Salvador, que atua na comarca de São José dos Campos, e que atuou na defesa dos moradores do Pinheirinho participou de audiência na Assembléia Legislativa de São Paulo para tratar do massacre que ocorreu na desocupação do Pinheirinho.

Explicou ele, pormenorizadamente, os acontecimentos processuais que a imprensa pode não ter entendido ou não quis reproduzir, mas agora, com seu depoimento, passaram a ser divulgados, sem censura ditatorial.

A liminar que determinou a reintegração de posse tem dois recursos no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) para serem julgados ha muito tempo e a até agora o TJSP não se manifestou (?).

Quando foi pedida liminar para reintegração de posse, em 2005, o juiz deferiu a medida, contudo, esse mesmo juiz foi, logo depois, declarado incompetente pela segunda instância, oportunidade em que o processo retornou para primeira instância e o juiz de primeira instância, agora competente, indeferiu o pedido de liminar de reintegração de posse.

Daí, dentro do nosso ordenamento jurídico, somente com fato novo demonstrado em novo pedido de Naji Nahas nova liminar poderia ser requerida ao Judiciário. No entanto, sem novo pedido de Naji Nahas a juíza da 6º Vara Cível do forum estadual de São José dos Campos, decidiu, por “conta própria”, rever a decisão do juiz anterior, também da primeira instância, e, deferiu a liminar de reintegração de posse em 22 de janeiro de 2.012. Isso é uma aberração!

Há ainda uma decisão de um juiz de primeira instância, da Vara da Fazenda Pública de São José dos Campos, proibindo a demolição das casas que estavam no Pinheirinho. A ação que pretendia a demolição das casas foi julgada totalmente improcedente, sendo confirmada a improcedência na segunda instância, onde o desembargador que a analisou determinou ainda que a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Guarda Municipal se abstivessem de participar da desocupação. Essa ordem está valendo, não foi cassada! Não foi nem objeto de recurso!

Também, houve recursos do autor que chegaram até o Superior Tribunal de Justiça, tendo sido, todos eles, indeferidos.

Assim, perdendo dentro da legalidade, Naji Nahas usou o subterfúgio da ilegalidade e imoralidade para conseguir a reintegração de posse, e com a ajuda inescrupulosa de muitos, conseguiu.

Dentro de todo o desrespeito praticado em Pinheirinho, destaca-se, como esperança, a atitude do Defensor Público Jairo Salvador, que sem temer represálias a seu cargo público, que para muitos seria motivo para abstenção de princípios éticos, defendeu com nobreza e coragem os direitos das pessoas e dos animais que foram covardemente feridos na desocupação, não se submetendo a qualquer ordem que teve como sustentáculo a tirania e não a lei e a ética.

Fica aqui meu singelo reconhecimento ao trabalho desse advogado público.

Esse é o autêntico Defensor Público, membro de uma entidade que tem por missão institucional a defesa dos desfavorecidos, fragilizados e, amiúde, esquecidos. 

Descarte e reciclagem de lixo eletrônico


Por Raquel Bencsik Montero 

Boa notícia!
 O descarte e reciclagem de lixo eletrônico em Ribeirão Preto pode ser feito no Centro de Informática da USP.  Todas as informações a respeito estão no link : http://www.cirp.usp.br/?pg=lixoEletronico   .
 
 O vídeo do link explica resumidamente todo o processo.
 
 O material que pode ser consertado é doado à entidades sociais e o que não pode vai para a devida reciclagem.
 
 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Ato "SOMOS TODOS PINHEIRINHO"

 Pessoal, em razão de alguns acontecimentos em paralelo ao ato "SOMOS TODOS PINHEIRINHO", que fariam com que a atenção fosse desviada, foi prorrogada a data da manifestação no centro de Ribeirão. Assim que for definida essa data, será avisado.

  Aproveito para dizer que a manifestação na Câmara Municipal rendeu uma moção de repúdio ao massacre em Pinheirinho, feita pelo vereador André Luiz (PCdoB) e outra feita pelo vereador Jorge Parada (PT), que não só foram lidas na tribuna como serão encaminhadas ao Executivo municipal e aos governos estadual e federal.

  Raquel

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Manifestos de repúdio ao massacre em Pinheirinho

Dia – 09/02/2012, às 18hrs - Ato na Câmara Municipal de Ribeirão Preto para que os vereadores locais votem moção de repúdio ao massacre em Pinheirinho






terça-feira, 7 de fevereiro de 2012


COMITÊ DE SOLIDARIEDADE AO PINHEIRINHO - INFORMES E CONVITE

No dia 02/02/12, realizamos uma reunião, na subsede da Apeoesp de Ribeirão Preto, para discutir ações de apoio aos moradores do Pinheirinho, em São José dos Campos e a denúncia do autoritarismo e truculência do governo.. Estiveram presentes entidades sindicais, estudantil, partidos políticos, representantes do vereador do PT, do PCdo B e entidades do movimento popular: A saber: PT, PCB, PSOL, PCdo B e PSTU, CUT, CTB, CSP-CONLUTAS, MST, Sindicato dos Servidores Municipais, ADUSP, OAB, CIVITAS, Sindicato dos quimicos-RP, Sindsaúde , APEOESP, UJS/UEE, Associação dos moradores do Aeroporto, Favela da Família, Favela Porto Seguro.A partir deste conjunto de entidades formou-se o Comitê de Solidariedade ao Pinheirinho que tomou algumas iniciativas, entre elas a realização de um Ato Público, no Centro de Ribeirão, neste sábado, dia 11/02/12. Ficou marcada uma nova Reunião para finalizar os encaminhamentos, que ocorrerá nesta terça-feira, dia 07/02/12, às 19h00, na subsede da APEOESP, à Rua Dr. Loyola, 445, Vila Tibério. Para a referida reunião, contamos com a sua presença. Essa luta é de todos. Desde já, agradecemos.
Contato pelos telefones: 16- 81215089, Fátima e
                                        16- 97522228, Mauro Inácio
Atenciosamente
Rib. Preto, 06 de fevereiro de 2012
Fátima Fernandes – CSP-CONLUTAS


Encaminhamentos da Reunião do dia 02/02/12:
1-Moção de solidariedade aos moradores do Pinheirinho e repúdio à ação da Juíza, da PM e do governo do estado, votada pela câmara municipal.
2-Manifestação do Comitê de Solidariedade na Câmara Municipal na quinta-feira (05/02), quando deverá ser votada moção.
3-Publicação em jornal da cidade de informe publicitário contendo um Manifesto assinado por entidades e personalidades da cidade contra a repressão e criminalização da pobreza e dos movimentos e em apoio às famílias do Pinheirinho
4-Ato Público na Esplanada do Teatro PedroII, centro de Ribeirão Preto.
5- Próxima reunião do Comitê de Solidariedade, dia 07/02/12, terça-feira, às 19h00, na subsede da APEOESP, Rua Dr. Loyola, 445.
Obs. A próxima reunião deverá ser maior que a primeira, pois aqueles que não puderam comparecer naquela ocasião, justificaram, reiteraram o seu apoio à iniciativa e comprometeram-se a estarem presentes na próxima.
Fátima Fernandes  


Pessoal, está aberto o convite para demais entidades, ong´s, associações e sindicatos que quiserem assinar ao manifesto.  Assim, por gentileza, repassem o e-mail para os respectivos coletivos de que participem ou que queiram dar ciência. 

  Qto mais coletivos aderirem, mais chamaremos a atenção. E nas manifestações públicas que ocorrerão, na Câmara Municipal e no centro de Ribeirão, será imprescindível a presença de cada um que não concorda com o massacre que ocorreu em Pinheirinho. 

   É preciso demonstrar ao Poder Público nossa indignação e repúdio à maneira com que se tratou a questão  da favela nesse caso, substituindo políticas públicas por violência e desrespeito à dignidade. As cenas falam por si; http://youtu.be/LhKYgNpcllw 
  
   Somando esforços e energia podemos fazer muito mais, como foi a hipótese do manifesto sobre a desocupação da Favela da Família em Ribeirão, em 05/07/11. Depois desse manifesto não houve mais desocupação de favela em Ribeirão sem que antes houvesse moradia para levar as pessoas e o juiz que proferiu a liminar para aquela desocupação não faz mais parte do Conselho de Moradia.

  Então, participem!

  Raquel Bencsik Montero

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Repercussão do artigo; "CPI da COHAB; esperamos mais ação"


Jornal "A Tribuna", publicou parte dos comentários do artigo "CPI da COHAB; esperamos mais ação" em 02/02/2012.



Jornal "Gazeta de Ribeirão", em 02/02/2012:







quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

CPI da COHAB; esperamos mais ação.


Acerca da decisão do juiz do forum estadual da comarca de Ribeirão Preto, Sylvio Ribeiro de Souza Neto, em negar o pedido de quebra dos sigilos bancário e telefônico de Marta Mobiglia e Maria Rosa Lopes Ferreira (acusadas de estelionato no suposto esquema de desvio de casas populares em Ribeirão Preto), feitos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COHAB, estamos esperando ação da CPI.
Isso porque diante do indeferimento do juiz diante do pedido de quebra dos sigilos bancário e telefônico das investigadas mencionadas, a CPI não tem que desistir do pedido, a não ser que queria desistir, mas não é o que queremos que faça.
Um pedido feito ao juiz, pode ser, mediante justificativa, negado ou autorizado pelo juiz e, da decisão do juiz, por sua vez, pode-se recorrer, como é a hipótese em questão.
É totalmente passível, na situação em questão, que a CPI da COHAB impetre um mandado de segurança da decisão do juiz que negou o pedido de quebra de sigilo das comunicações telefônicas das investigadas feito pela CPI da COHAB.
E ainda, além da possibilidade da CPI da COHAB recorrer da decisão de indeferimento, ela mesma pode decretar a quebra de registros telefônicos pretéritos das acusadas, ou seja, registros de com quem as investigadas falaram durante determinado período pretérito.
Uma situação é a quebra do sigilo das comunicações telefônicas, que é a chamada interceptação telefônica. Essa quebra só o juiz pode decretar. Outra situação é a quebra do sigilo dos dados telefônicos, que se refere aos registros de com quem a pessoa investigada falou por telefone. Essa quebra a própria CPI, e no caso, a CPI da COHAB pode decretar.
Como já decidiu o Supremo Tribunal Federal no julgamento do mandado de segurança 23.452/RJ, a quebra do sigilo bancário, fiscal e de dados telefônicos constitui poder inerente à competência investigatória das CPI´s, tendo em vista que esses atos derivam dos poderes de investigação que foram conferidos pela própria Constituição Federal às comissões parlamentares de inquérito e, na sequência, conferidos também pela Constituição Estadual de São Paulo e pela Lei Orgânica de Ribeirão Preto.  
Contudo, para que a CPI possa decretar, legitimamente e por autoridade própria, a quebra do sigilo de dados telefônicos das pessoas investigadas, ela deve demonstrar, a partir de meros indícios, a existência concreta de causa provável que legitime essa medida excepcional, justificando a necessidade da efetivação da medida, sem prejuízo de posterior controle jurisdicional dos atos em questão. E nesse sentido, dada as circunstâncias que propiciaram a própria criação da CPI (denúncias de suposto estelionato na COHAB e de suposta participação da prefeita Darcy Vera no esquema) fica óbvia a existência de causa que legitime a medida excepcional, ou seja, a quebra do sigilo dos dados telefônicos das investigadas, ou será que algum vereador considera que denúncia de suposto estelionato na COHAB e de suposta participação da prefeita Darcy Vera no esquema não são causas legítimas para a investigação?
Assim, pode e deve, a CPI da COHAB impetrar um mandado de segurança para recorrer da decisão do juiz que negou a quebra do sigilo das comunicações telefônicas das investigadas e, ao mesmo tempo, decretar (a própria CPI da COHAB) a quebra do sigilo dos dados telefônicos das investigadas.
Isso otimizaria o trabalho da CPI da COHAB e atenderia ao interesse público, notadamente,  nesse caso, de transparência e publicidade de informações que se espera dos trabalhos dos agentes públicos.
E a quebra do sigilo dos dados telefônicos não é uma medida menor que a quebra do sigilo das comunicações telefônicas, mas sim, uma informação adicional. E todas as informações adicionais, são bem vindas. Não é importante saber com quem as investigadas falaram sobre determinado período de tempo pretérito?  
Por óbvio que essa é uma informação importante e é justamente essa informação que a quebra do sigilo de dados telefônicos pode trazer, se a CPI da COHAB assim decretar.
E no que se refere a quebra do sigilo bancário das investigadas, a CPI  da COHAB, como já dito acima, pode ela mesma decretar essa quebra, então além de não ter perdido nada com o indeferimento do juiz (salvo, tempo), ela nem tinha que ter feito o pedido de quebra do sigilo bancário ao juiz, eis que ela mesma pode decretar essa quebra.
Eis as ações que esperamos da CPI da COHAB.
Raquel Bencsik Montero


Sábado, 28 de Janeiro de 2012 - 16h28

Justiça nega solicitação da CPI para quebra de sigilos

Na reta final e sem provas, CPI da Cohab aguarda apenas cópia do sistema de câmeras da Caixa Econômica


A Justiça negou o pedido feito pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Cohab para quebrar os sigilos bancário e telefônico de Marta Mobiglia e Maria Rosa Lopes Ferreira - acusadas de estelionato no suposto esquema de desvio de casas populares em Ribeirão Preto.
No entendimento do juiz Sylvio Ribeiro de Souza Neto, responsável pelo inquérito policial, que corre em segredo de Justiça, o objetivo da CPI é analisar, acompanhar e obter informações sobre o suposto esquema para atuar na esfera administrativa e não na investigação criminal.
"É inviável admitir a Câmara como partícipe nessa investigação criminal, não vejo legitimidade. No inquérito em curso, em que estão atuando o Ministério Público e a Delegacia de Polícia, a CPI não pode obter dados sigilosos. Em sua manifestação, o MP teve o mesmo entendimento", disse o magistrado.
Para ele, a divulgação da decisão sobre o pedido da CPI não diz respeito à investigação criminal, portanto, não conflita com a determinação de segredo de Justiça.
Entretanto, no despacho, discorrido em três folhas, o juiz afirma que a CPI pode promover uma ação na esfera cível para tentar a quebra dos sigilos. "A Câmara tem legitimidade para querer a quebra dos sigilos, mas não na órbita criminal. Eles podem solicitar que o advogado da Câmara faça uma petição para que outro juiz avalie a justificativa", ponderou.
Surpresa
O indeferimento surpreendeu o presidente da CPI, Walter Gomes (PR). Porém, ele nega que a derrota possa provocar o encerramento dos trabalhos da comissão de inquérito. "Não estava sabendo [da decisão], levarei ao conhecimento dos demais membros na reunião de segunda. Seguimos pelo qual considerei o caminho mais correto, mas, se todos concordarem, tentaremos outras vias, como solicitar a quebra [de sigilos] direto à Telefônica ao Banco Central", disse.
Para Samuel Zanferdini (PMDB), sem provas, a CPI caminha para a reta final. "Fizemos a nossa parte, a maior expectativa para obtenção de provas era a quebra de sigilos, pela qual conflitaríamos as declarações de ligação e veríamos onde ficava o dinheiro arrecadado. Mas não custa tentar outras vias", ressaltou.