É mais um momento de luta, mas é também um
momento de comemoração. Comemoração porque somos muitos e muitas nos unindo em
torno da defesa de um mesmo projeto, caminhando juntos e juntas por um mesmo
caminho.
Passamos por um inverno bem frio, com defesa
de ditadura e tortura. Quantas coisas tristes e lastimáveis ouvimos daquele que
semeia o ódio por onde passa. Quanto retrocesso pulsa nele.
Mas a primavera veio. Ela sempre vem. E a
nossa primavera de 2.018 trouxe uma multidão de mulheres, de homens, lgbti+,
sem terra, quilombolas, jovens, pessoas idosas, que tem um projeto para o
Brasil, que tem um projeto para o povo brasileiro, que liberta o povo
brasileiro da discriminação, da opressão, do racismo, do fascismo, do machismo,
porque não haverá liberdade para o povo brasileiro se não garantirmos liberdade
para todas as pessoas, se não respeitarmos toda a diversidade. E que linda
diversidade temos!
Não existirá projeto de desenvolvimento para
o Brasil, nem efetivo desenvolvimento, se todas as pessoas, todas as
diferenças, não estiverem na parte central desse projeto.
Não existirá projeto de desenvolvimento para
o Brasil sem a desvalorização do trabalho da mulher, que faz com que mulheres
recebam menos que os homens apesar de prestarem o mesmo trabalho, a mesma
função. Não teremos desenvolvimento se não acabarmos com a discriminação que
faz com que 50% das mulheres que tiram licença-maternidade nesse país não
consigam retornar ao mercado de trabalho simplesmente porque se tornaram mães.
Discriminações que #elenão defende.
Não existirá projeto de desenvolvimento para
o Brasil, se não revogarmos a Emenda Constitucional 95, que cortou por 20 anos
investimentos para as áreas sociais do Brasil, da saúde, da educação e da
assistência social. Não cortou dinheiro para pagar os bancos, as financeiras e
a dívida pública, mas cortou investimentos para as áreas sociais. Emenda que
#elenão defendeu e votou a favor.
Não existirá projeto de desenvolvimento para
o Brasil se não revogarmos a reforma trabalhista, que precarizou ainda mais as
condições de trabalho e permitiu que trabalhadores e trabalhadoras passassem a
ganhar menos de um salário mínimo por mês. Reforma que #elenão defendeu e votou
a favor.
Nós temos que olhar para esses homens e
mulheres que querem votar no #elenão para dizer que não é possível que o
sentimento pautado por um partido seja maior que o amor à nossa democracia, à
nossa liberdade, ao direito do povo brasileiro viver livre num país soberano.
Não podemos permitir que o antipetismo de
algumas pessoas seja maior que o próprio amor, o amor que deve existir entre as
pessoas e que não acha certo nem normal que exista discriminação, racismo, fascismo,
machismo, tortura, xenofobia, ditadura. O amor que troca armas por livros. O
amor que rechaça opressão.
Tirem suas armas e seu ódio do caminho que nós
vamos passar com um professor, com uma mulher, com amor, com esperança e eleger
o primeiro professor presidente do Brasil.
Onde querem ódio, que sejamos amor.
Raquel Montero
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