Na Avenida Costábile Romano,
esquina com a rotatória da Unaerp, em Ribeirão Preto, tem um posto de
combustível Petrobrás-BR, onde eu abastecia o carro. Abastecia. Não abasteço
mais.
Não abasteço mais desde que vi como os funcionários do posto têm
que fazer a lavagem de carros nesse posto. Eles fazem isso num local sem
proteção contra exposição ao sol e chuva. O que foi feito pelo posto para
tentar inibir a exposição ao sol e a chuva foi uma pseudo cobertura no estilo
tenda, que tem só um tecido por cima e as laterais são todas abertas, e, ainda
assim, o tecido da tenda não cobre toda a parte de cima do local, que contém
aberturas.
Quando vi isso, vi também o funcionário que estava fazendo a
lavagem ter que parar a lavagem porque começou a chover, e como a chuva demorou
em passar, o funcionário, constrangido em deixar o cliente ficar esperando,
terminou a lavagem durante a chuva mesmo. Quando acabou a lavagem o funcionário
estava com o uniforme molhado.
Perguntei ao funcionário se ele tinha outra roupa ou uniforme
para colocar em substituição ao que ficou molhado. Ele disse que não, ou seja,
o funcionário ia continuar trabalhando com o uniforme molhado até ir embora.
Nessa mesma oportunidade vi que o braço desse mesmo funcionário estava queimado
de sol, e com marcas que se encaixavam direitinho onde terminava o uniforme
dele no corpo, e foi quando perguntei também se o posto fornecia protetor solar
e óculos solar.
Solicitei conversar com o gerente do posto que estivesse
trabalhando naquele momento. Fui apresentada para o gerente de nome Luciano.
Relatei essas circunstâncias para ele e minha indignação e lamento pelas
condições deficientes de trabalho que um posto de combustível proporciona a
seus trabalhadores. Expressei como essa situação é ofensiva à saúde dos
trabalhadores e tão desnecessária, tendo em vista que com investimentos ínfimos
ela poderia ser tão melhor, além de tal imagem depreciar o posto ao dar margem
ao pensamento de que o posto parece não valorizar os trabalhadores que tem ao
não proporcionar as melhores condições possíveis a seus trabalhadores.
E quando falei de "melhores condições possíveis de trabalho
a seus trabalhadores" tentei fazê-lo refletir o quão feio se apresenta um
posto de combustível que não acha possível proporcionar a seus trabalhadores um
local coberto, sem exposição a sol e chuva, para lavagem de carros.
Por fim, disse ao gerente Luciano que eu voltaria a passar pelo
posto para ver se algo mudou nesse sentido, e que se em um mês eu não visse
mudança eu faria uma reclamação no Ministério do Trabalho.
O tempo passou, mais três meses vieram e nada mudou naquele
situação. Assim sendo, fiz o registro ontem no Ministério do Trabalho, e, ato
contínuo, voltei ao posto para mostrar ao gerente o protocolo do registro e
para dizer que naquele posto eu não consumo mais, porque não concordo com
condições de trabalho que o posto proporciona a quem trabalha para ele.
Raquel Montero
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